4 habilidades essenciais de um profissional de excelência. Quais delas você tem?

Você provavelmente deve ter ouvido falar das habilidades do profissional do futuro, definidas pela ONU, há alguns anos no que se referenciava a Quarta Revolução Industrial de 2020.

Mas, o que ninguém podia imaginar era que algo muito maior do que a Quarta Revolução ocorreria nesse ano: a pandemia da Covid-19 que quebrou os paradigmas das empresas e da sociedade no geral com as medidas sanitárias de segurança.

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1. Nesse ano, mais do que nunca, a primeira habilidade se faz fundamental para a sobrevivência de todos nós, a Adaptabilidade

Quem aqui não viveu pela primeira vez a modalidade home office? Embora ela seja uma realidade bem antes da pandemia em muitas empresas, eu mesma comecei a trabalhar nesse formato em 2008!

Passei, desde então, por algumas empresas onde fui pioneira nessa modalidade, não foi nada fácil, precisei negociar muito com os empregadores a fim de que entendessem que estar fisicamente na empresa ou remotamente em minha casa não influenciava na qualidade dos meus resultados.

E quem diria que em 2020 estaríamos (quase) todos nós trabalhando em um home office coercitivo para resguardar as nossas vidas e das outras pessoas? Triste forma de se adaptar, pelo viés da dor. Quantas empresas hoje, após mais de dez meses nesse esquema, perceberam que o desempenho não caiu e em alguns casos até aumentou. Adotando em definitivo essa modalidade (o que tem um lado bom e outro ruim: como a crise imobiliária dos imóveis comerciais.)

O home office vivido em 2020 é claro que não é o mesmo que comecei a atuar em 2008. Hoje vivemos uma imposição da vida, não é uma escolha do profissional, da empresa, é a lei da sobrevivência. Mas, em ambos os cenários, a necessidade de aprender a se adaptar é fundamental para manter o desempenho, o emprego e a saúde.

Adaptar-se não é conformar-se e nem se resignar diante os problemas da vida. Não é uma atitude de compressão, pelo contrário, é uma atitude de expansão do modo de existir, de pensar de atuar na vida.

É encarar a vida com olhos de principiantes. Se permitir aprender e crescer com o NOVO, aprender a apreciar a novidade que a vida nos impõe e não resistir à mudança.

Parar de brigar pela manutenção do status quo, aceitando de forma positiva e assumindo a grande verdade da vida de que querer controlar tudo é uma grande ilusão e promoção de sofrimento.

Desapegar e estar ciente de que na vida tudo muda – independente da nossa vontade – nos leva a ter uma mentalidade de crescimento contínuo e nos ajuda a encarar as mudanças com menos dor e mais sabedoria.

2. A próxima habilidade também se faz ainda mais necessária nesse cenário pandêmico no qual estamos, trata-se da Inteligência Emocional

Ao contrário do que muitos pensam, desenvolver inteligência emocional não exige que você se interne em um mosteiro a fim de tornar-se um monge. Nada disso, a verdadeira inteligência emocional se dá na vida real, no meio do caos, nos perrengues cotidianos mesmo.

E não tem mistério e nada de esotérico, ter inteligência emocional é sobre a capacidade de reconhecer as suas próprias emoções e responder as circunstâncias da vida de forma salutar, consciente e sem sofrimento.

Também diz muito sobre a sua capacidade de compreender os sentimentos das outras pessoas, percebendo que muitas vezes uma pessoa reage de determinada forma por ela estar passando por alguma dificuldade e não porque deseja criar um problema com/para você. (O que já diminui absurdamente os conflitos interpessoais nas empresas.)

3. Outra habilidade essencial a todo profissional de excelência é a Criatividade

Eu não sei se você pensa desse jeito, mas eu achava que a criatividade é uma coisa enigmática, cósmica, um dom que somente pessoas escolhidas por uma energia astral eram afortunadas.

Bom, eu pensava essas coisas até conhecer o Murilo Gun – um professor de criatividade e futurista. Pesquisando sobre criatividade no Google encontrei um vídeo dele e curti logo o sotaque nordestino e já fiquei por lá vendo vários outros em que ele fala sobre criatividade.

Murilo ensina de forma prática, divertida e sem firulas que criatividade nada mais é do que a nossa capacidade de combinar ideias/imagens/conhecimentos a fim de resolver um problema na vida.

Portanto, todo mundo tem criatividade, o problema é que nem todo mundo usa. Quando criança a gente saí combinando tudo que conhece e olhando para a vida com curiosidade e atenção, a vida passa, a gente cresce, se torna adulto e se molda as normas, aos padrões e deixa de lado aquele olhar curioso, liga o piloto no automático e segue os dias, um após o outros, até o último chegar. Começa aí a falsa ideia de que não somos criativos.

Talvez você pode se perguntar: Por que criatividade é importante para um profissional de excelência?

E eu lhe respondo: Porque toda empresa quer alguém que consiga propor ideias e soluções de modo prático e exequível.

Então, a medida em que você estimula a sua capacidade de combinar, de fazer novos arranjos com o seu repertório que tem aí dentro da sua cabeça para inovar em sugestões e comentários que enriqueçam a empresa, você contribui para o aumento da competitividade dela (e da sua) no mercado.

4. E para encerrar temos a Resolução de Problemas Complexos como a última habilidade

Já se deram conta de quantas pessoas existem nas empresas capazes de apontar problemas, mas são raras as que conseguem indicar as soluções? Problemas complexos são aqueles nunca vistos pelas empresas que requerem um repertório amplo de vivências e conhecimentos de seus colaboradores para solucionar.

Com a complexidade e a velocidade das mudanças neste mundo contemporâneo acentuado pelo fator pandemia, conseguir enxergar soluções é fundamental para o crescimento da empresa e de seus profissionais.

Caso você seja um apontador e queira se transformar em um solucionador de problemas, indico como novos comportamentos esses:

  1. Tenha uma visão sistêmica: olhe o todo e não só as partes da situação.
  2. Escute: para lhe ajudar a ter uma visão ampla, busque escutar as partes envolvidas no problema e as suas necessidades.
    Leia mais sobre em Empatia no trabalho: aprendendo a ouvir o outro lado de todas as histórias!
  3. Use a criatividade: não precisa reinventar a roda, basta apenas usar da melhor maneira possível aquilo que está disponível e você conhece combinando ideias para resolver o problema.
    Leia um contraponto em Reinvente a roda. Quantas vezes forem necessárias!
  4. Tente e tente de novo: se a sua solução não der certo de primeira, aprenda a tentar por outra perspectiva em vez de desistir ou querer passar o abacaxi para outro.
  5. Lição Aprendida: mantenha um registro de tudo aquilo que aprender com cada problema é bem provável que um dia isso volte a acontecer.

Então, diz para mim quais dessas habilidades você já possui? Quais você ainda precisa desenvolver?

Para novas orientações confira no meu perfil @vidacomcarreira ou me adicione no Linkedin.

Até a próxima! Saúde e Sucesso 🙂

Carolina Souza

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Psicóloga (CRP 06/203773) e Especialista em Gestão de Projetos (PMP) atua há décadas no mundo empresarial. Certificada CPRE, SFC, ITIL com profunda experiência nas áreas de Engenharia de Requisitos, Análise de Processos e Desenvolvimento de Equipes de Alta Performance. Palestrante. Colunista no PTI desde 2013 sempre colaborando com artigos focados no desenvolvimento profissional dos leitores e gerentes de projetos em início de carreira.

Conecte-se com a autora em seu perfil no Linkedin e continue aprendendo sobre como crescer em sua carreira.


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