Terapeuta britânico afirma que jogar videogame por duas horas produz o mesmo ‘barato’ que inalar uma carreira de cocaína.
A polêmica entrevista de Steve Pope foi concedida ao jornal inglês The Evening Post.
Segundo ele, está havendo um grande aumento no número de jovens viciados em videogame – este, aliás, seria o vício que mais cresce naquele país.
Uma das explicações apresentadas pelo terapeuta é a de que as pessoas cada vez mais usam os games para escapar do mundo real e acabam viciadas na adrenalina que a atividade libera.
O comportamento que alguns jovens apresentam poderia então ser comparado ao uso da droga, como pular refeições, matar aula e até mesmo roubar dos pais para conseguir comprar mais jogos. Pope cita casos extremos de jovens que atende, como o de um garoto de 14 anos que jogou por 24 horas sem parar e apresentou sinais de desidratação. Quando os pais tentaram tirar o game dele, ele se tornou agressivo e ameaçou se jogar da janela.
Pope diz que atende pelo menos duas crianças por semana que jogam excessivamente – e que mais de duas horas por dia no game produzem o “barato” equivalente a usar uma carreira de cocaína.
Os efeitos seriam tão visíveis que algumas equipes esportivas já estariam se preocupando e proibindo atletas de jogar antes das partidas. Isso porque, nas palavras de Pope, os jogos causariam um “barato natural” que levaria a um desbalanceamento químico no organismo e, consequentemente, diminuiriam a performance em campo.
Pope cita como exemplo a equipe de futebol Fleetwood Town, na qual ele trabalha como psicoterapueta: lá, os dirigentes proibiram os atletas de usar qualquer game pelo menos 24 horas antes de um jogo.