Copa e Olimpíadas: as chances de ouro do Brasil

Se o fato de sediar uma COPA do MUNDO de FUTEBOL já é um grande feito, que traz inúmeros investimentos e perspectivas grandiosas, imagine a oportunidade de ter, além disso, as OLIMPÍADAS. Pois bem, este é o cenário do BRASIL.

As chances para todo o país são promissoras em diversos âmbitos: infraestutura básica, Tecnologia da Informação, moradia, transportes e muito mais. A tendência é que tudo melhore com o advento de tais eventos, não é? Deveria ser, mas (desculpem pelo termo) estamos no BRASIL, conhecido pelas suas falcatruas e mamatas políticas para favorecer poucos e, por consequência, desviar investimentos que são para o bem público. Está lançado o problema.

O poder público deve ser o primeiro a pensar na magnitude e nas chances reais do BRASIL emergir muito melhor do que entrou após a COPA e as OLIMPÍADAS. A capacidade administrativa, o bom senso político e as lideranças serão postas à prova, pois muito deve ser feito para criar a estrutura mínima capaz de suportar tamanhos eventos. Mas, e como começar?

1° – Que o poder público cumpra seu papel e zele pelos investimentos, fazendo com que eles cheguem 100% de cumprimento dos objetivos gerados. Criar órgãos de controle e transparência dos gastos é o mínimo para que tudo ande conforme planejado;

2° – Planejamento correto levará ao sucesso. Se este item não for cumprido, os eventos estão fadados ao fracasso. Por que a máquina pública (em sua maioria) não anda bem, enquanto empresas privadas crescem a passos largos? A palavra mágica é planejamento.

3° – Lideranças que façam acontecer. Este item é a “cereja do bolo”. Essencial em qualquer conquista.

Onde os distribuidores de T.I. e os revendedores de tecnologia entram nesse cenário? Em várias questões, mas principalmente no que tange a parte técnica, seja em produtos, suporte ou serviços. É neste nível da cadeia de fornecimento que está concentrada as mentes e braços com habilidade para suprir as novas demandas advindas dos eventos esportivos.

É impossível pensar que um mero fornecedor de produtos “comoditizados” (notebooks, impressoras etc..) seja capaz de fornecer o que for necessário para projetos mais complexos. Esse é um movimento importante, pois distribuidores e revendedores estão indo para um caminho que não pode (pelo menos neste momento) ser trilhado por grandes varejistas, que têm por fim gerar volumes e não atender projetos e especificações mais complexas que demandem tempo, relacionamento e conhecimento. Esse é o papel do revendedor. E onde está o distribuidor neste contexto? Este deve fornecer os produtos, o crédito e a entrega para que todo o ciclo possa se completar e atender o cliente.

Se distribuidores e revendedores não estiverem indo por este caminho, talvez vejamos uma derrocada de muitos em breve, causando um encolhimento no mercado. Por outro lado, se estes investirem em treinamentos, produtos e tudo mais que possa desenvolver e capacitar suas equipes de forma a antever e suprir com soluções corretas as necessidades vindouras do mercado, orientando suas ações aos clientes e assim abraçar mais oportunidades de negócio, o sucesso é certo.

As perspectivas são as melhores possíveis, mas a consciência é a vontade de todos, tanto o setor público quanto o privado, mesmo da população. Todos têm papel fundamental para o sucesso. É preciso que cada um cumpra perfeitamente seu papel para colhermos os melhores resultados em curto prazo. Não há país na história que não deu passos largos rumo ao desenvolvimento após tais acontecimentos. Todos esperamos realmente que o BRASIL seja mais um caso de sucesso. Nestes jogos, só o ouro nos interessa.

Autor: Bruno Coelho é Gerente de Marketing da AGIS, uma das principais distribuidoras de TI e Telecom do país.

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