Muito se fala em falta de profissionais na área de TI, até posso concordar, mas se olharmos mais atentamente podemos perceber que não é bem assim. Profissionais com conhecimento até tem, o maior problema são os profissionais que estão além disso e é o que o mercado procura.
Vou ser mais claro…
O mercado está ai para todos, sejamos graduados ou não, certificados ou não, talvez até autodidatas – por que não?
Se levarmos em consideração a quantidade de profissionais que possuem conhecimento técnico já temos uma multidão, se incluirmos os iniciantes então, esse número aumenta bruscamente. Se tem algo que falta é espaço nas empresas para desenvolverem profissionais iniciantes, o que, ao meu ponto de vista, é um excelente investimento se souberem filtrar bem na contratação desse pessoal.
Portanto, ao meu ver, o que falta para o mercado são verdadeiros profissionais, que dominam além da teoria ou da técnica.
Grandes empresas, agências ou o que for estão procurando perfis de profissionais que não só dominam o conteúdo técnico, mas que também possuem qualidades extracurriculares como, por exemplo, ética, flexibilidade, disponibilidade, conhecimento administrativo e até mesmo – equilíbrio emocional.
Recentemente estava na concorrência de um projeto de desenvolvimento de um sistema que daria suporte a pesquisas realizadas para empresas clientes de uma organização que entrou em contato comigo, clientes grandes, com ações realizadas para multinacionais. O responsável pelo projeto e eu ficamos mais de três horas discutindo possibilidades e também ele me treinando a visão de como entender qual era o trabalho realizado por eles para essas outras empresas. Feito isso, tínhamos em mente um sistema além do que ele imaginava ser possível, que reduziria o seu trabalho em no mínimo 60%, dando então um leque de opções para fazer desse projeto mais rentável do que seria anteriormente com outras propostas. Até ai, ótimo, porém, precisava encontrar os profissionais certos para desenvolver isso. Como o orçamento era baixo para um sistema complexo, valeria apena optar por freelancer, uma agência sairia mais caro e normalmente se tem uma dificuldade em questão de hierarquia de comando e ética com consultores e gerentes de projetos – como eu, não são todas – diga-se de passagem. Por questões de flexibilidade, rapidez e custos comecei a buscar profissionais com conhecimentos avançados em PHP. Era tudo o que eu precisava, alguém competente para realizar esse projeto. Estava certo de que encontraria alguém disponível da minha lista de contatos, porém, não foi como imaginava – todos estavam com agendas cheias, então, fui para o plano B: buscar profissionais na internet – claro que o crivo é maior.
Recebi alguns e-mails com Currículos, portfólios e tudo o que interessa, até mesmo aquilo que não interessa – cheguei a imaginar que seria fácil, porém, não foi.
Consegui garimpar até chegar a 3 profissionais para o projeto, mas precisava decidir por 1, no final restaram 0! Mas o que me fez excluir todos? O fato da falta de atendimento e empreendedorismo.
Não consegui encontrar em nenhum a esperteza e a criatividade empreendedora para fazer o pequeno teste que eu propus, um teste tão simples que até não desenvolvedor conseguiria, bastava ter lógica e o mínimo de conhecimento, não precisava sequer desenvolver nada para mostrar aptidão.
Tive casos de pessoas emocionalmente desequilibradas, pessimamente educadas, outros inflexíveis, outros que não conseguiam entender o projeto, outros com valores absurdos que não são praticados nem por grandes desenvolvedores, outros, outros e mais outros tantos que nem ao menos respondiam os e-mails no mesmo dia – prova de desorganização e desrespeito com o cliente.
Por essa experiência, que não é a primeira, o meu ponto de vista é: pessoas com conhecimento técnico não faltam, o que falta são profissionais! Quando digo profissionais estou levando a entender que o pacote de qualidades completo é o que faz o profissional: ética, flexibilidade, equilíbrio emocional e outras características cada vez mais valiosas e igualmente raras.
Se você está entrando nesse mercado aproveite para desenvolver não só conhecimento técnico, mas também toda a competência social e comercial possível, afinal, isso é ser profissional.
33 Comentários
Simplesmente perfeito!
Eu já estou cansado de ouvir essa mesma conversa de falta de mão de obra especializada, a culpa é sempre do profissional o cara se forma, aprende línguas estrangeiras, tira certificação, agora tem que ter perfil empreendedor, etc, etc, etc, e o salário nem compensa tanto esforço e investimento.
É por isso que muita gente hoje prefere estudar para ser funcionário público, estuda por um período, passa e vai ter salário e condições dignas de trabalho, não virar um zumbi para atingir as metas.
O título deveria ser: Está faltando mão de obra ou as empresas estão querendo demais.
Olá a todos, obrigado pela leitura completa do artigo…
Marcos Melo, realmente eu tenho que concordar com você na questão de que ‘as vezes’ as empresas querem muito mais do que proporcionam, eu mesmo já vivi isso na pele… Porém existe um outro lado, o setor público não tem espaço para todos, portanto de uma forma ou outra temos que nos adaptar, eu por exemplo não dou valor como o mercado para somente profissionais graduados, pós, mestrados e o ‘escambal’, dou valor e tenho interesse em profissionais de qualidade, inteligentes, competentes e qualificados, esforçados, isso não vem junto com uma graduação ou pós, na verdade vejo muitos péssimos profissionais com todos esses títulos e com altos salários – incrível, mas é a nossa realidade.
Infelizmente não temos como fazer muita coisa quando o assunto é esse, a não ser empreender, e é por isso que valorizo o profissional que empreende internamente, esse se não está contente ali vai e abre sua própria empresa, ou vai ‘empreender’ em outro lugar e ser valorizado, não é fácil encontrar boas empresas, bons gestores – bom no sentido de perceber o valor do profissional, porém também tem a questão da localização, existem salários diversos para os mesmos cargos em locais diferentes, capitais normalmente pagam mais, porém cobram mais do profissional também, enfim, é tanta coisa relacionada a isso e nunca vai mudar – você pode abrir sua empresa e tentar gerenciar de uma forma distinta, já que viveu isso na pele quem sabe tenha bom senso de não tornar a vida de outro profissional tão ruim quanto… Eu fiz isso, do momento que sai da empresa que trabalhava para abrir meu negócio eu parei um tempo para refletir que tipo de gestor deveria ser, a primeira abordagem foi – O que eu recebia de tratamento, atenção ou disponibilidade que eu gosto e o que não gosto?
Percebi ao fazer as perguntas chaves que o que mais me incomodava era o fato de exigirem um trabalho a ser feito sem se quer ter documentação, orientação e organização, ou seja, o profissional tinha que se virar para cumprir prazos sem ter um norte, muitas vezes na gestão de projetos você acaba tendo que voltar alguns passos porque o norte não foi definido e isso atropela o andamento do projeto e o prazo vai pro ralo. Tudo o que eu não gostava eu me monitoro para não fazer igual, porém eu confesso que seria muito mais fácil jogar a batata quente na mão de quem contrato, porque isso está na velha questão – Se eu pago, que se vire… Porém, já que vivi isso, prefiro ter bom senso e fazer diferente… Cabe a nós, empreendedores, pequenos, médios, grandes, não importa, o que importa é que temos a oportunidade de fazer diferente. Essa é uma bela forma de reter talentos.
Mas voltando ao ”exigir muito”, depende do grau, se a empresa norteia o profissional, e se ele é profissonal, certamente não terá barreiras e não será cobrar além da conta.
Abraço,
Eu concordo com o Marcelo. Infelizmente, fora de SP as oportunidades de trabalho com salários decente são escassas. Apesar de eu ter curso superior, entendo alguns amigos que também trabalham com TI e dizem que não vale a pena passar 4 anos em uma faculdade (muitas vezes paga) para ganhar 500 reais a mais. A nossa área exige estudo constante, conhecimentos gerais (programador NUNCA é só programador: Faz análise de requisitos, modelagem uml, modelagem de banco de dados, interface de usuário com JS, CSS e HTML, relatórios em SQL, treinamento de usuários, suporte técnico ao sistema, etc) e saber apenas uma linguagem/framework não basta, já que nem sempre se adequam às necessidades do projeto e do cliente. Em pesquisa recente, foi mostrado que a área de informática é a segunda mais estressante do mundo, perdendo apenas para medicina. Há a necessidade de uma compensação por isso, e ela sempre será financeira. Folgas remuneradas para gastar as horas extras (o conhecido banco de horas) todos já sabem que quase nunca acontecem, pois as empresas costumeiramente trabalham com menos gente do que precisam. Essas horas extras são quase sempre pagas quando o profissional se desliga da empresa.
Outro ponto a ser citado é: Se as empresas não estão achando profissionais próximos aos seus escritórios, que tal começar a procurar por gente em outras cidades? Nos EUA, as empresas costumam pagar a mudança do funcionário e ainda dar um auxílio bem generoso para que ele se mude para a cidade onde está o escritório. Na cabeça do empresariado brasileiro isso seria loucura, ok. Mas… Por que não trabalho remoto? Se uma empresa em São Paulo não consegue achar na mesma cidade o profissional que ela necessita, que tal procurá-lo em Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Goiânia ou outra cidade qualquer? Tendo uma conexão de internet e um computador com as ferramentas necessárias (coisa que todo profissional de TI tem), o código é feito em casa, o commit é feito via VPN e todos ficam satisfeitos. Há redução de custos de ambos os lados (empresa com escritório menor, menos água, luz, telefone, café, etc) e do profissional (não tem que pagar estacionamento ou transporte público, almoça em casa, etc). Fora a redução de stress no trânsito.
A 37signals, consultoria internacional de TI, explica bem essa questão de trabalho remoto e de como eles obtiveram sucesso nisso, até mesmo citando quais ferramentas eles utilizam: http://37signals.com/svn/posts/3064-stop-whining-and-start-hiring-remote-workers
Olá Luiz,
Concordo com seu texto mas também concordo o Marcos.
Acho que o problema de encontrar profisionais se agrava com o “freela”.
Eu não conheço NINGUÉM que vive de freela, os bons profissionais estão trabalhando e quando aceitam fazer algum trabalho fora do horário é no seu tempo livre. E sabemos que todo projeto dá problemas e precisa de atenção especial em muitos pontos. Lembrando que um projeto nada mais é que “o que o cliente espera” VS “O que o desenvolvedor acha que é”, e muitas vezes isso não é correspondido por uma ou por ambas as partes.
Concordo com o Marcos quando ele diz que as empresas querem pagar pouco e querem um profissional que faça de tudo. “ISSO NON ECZISTE”! 🙂
Espero que essa mentalidade das empresas mude pois o mercado tem sim profissionais capacitados.
A melhor frase pra citar esse problema do seu post é: “‘You get what you pay for”.
Abraços,
Pedro
Ótimo artigo, muito obrigado.
Concordo que falta profissionais…na verdade faltam pessoas com um mínimo de curiosidade e empenho no mercado de TI. Agora o outro lado da moeda é que as empresas querem um Steve Jobs, Ritchie ou Bill Gates pelo preço de um estagiário…
Mercado de trabalho de TI em Recife, exemplo:
Analista de sistemas PLENO
CONHECIMENTOS NECESSÁRIOS:
– Linguagem de programação: PL-SQL e SQL ANSI;
– Banco de Dados: Oracle;
– Metodologias: ITIL, SCRUM, PMBOK e RUP;
– Análise e Especificação de Requisitos;
– ERP (Enterprise Resource Planning);
– Crystal Reports.
Salário: R$2.500,00
Um dia desses tinha empresa procurando gente com certificação PMP querendo pagar 2000 reais.
O que falta é empresa com vergonha na cara, isso sim.
Olá novamente galera,
Obrigado pela leitura e os comentários… Isso tudo deixa o texto mais rico, mais informativo…
Vamos lá…
Joerison Silva, obrigado a você pela leitura.
André – Exatamente é ai que entra o ponto da nossa discussão que o Marcos Melo abordou. As empresas sempre serão assim, a cultura do brasileiro é a cultura sanguessuga, ou seja, quando você está no topo da cadeia de um determinado grupo você quer que todos te sirvam e que de você não seja cobrado muito, a maioria dos gestores, empresas, no Brasil são assim, para mudar um pouco desse ar de TI vamos pegar um caso fora dessa área e que mostra sobre essa cultura – O Varejo em lojas físicas… Temos também profissionais formados e profissionais não formados, temos gênios em vendas como também não gênios, como em qualquer outra área, porém o lucro de uma empresa tradicional de varejo é muito alto e os salários são baixos (mesmo comissionado – afinal a comissão é por acrescimo de venda e no final quem realmente ganha com isso e muito mais é a empresa), aqui nesse exemplo entra o que o Pedro comenta – Freela… Em todas as áreas onde a sanidade bate existe os Freela, nomeados assim ou não, voltando ao Varejo o que vemos é muitos bons vendedores saindo dessas empresas e encontrando produtos variados para formar uma micro distribuidora, ele compra, revende, entrega, atende a troca e faz todo o processo que antes uma empresa precisava fazer, como eu atendo diversos mercados e a primeira reunião que faço eu peço que o gestor da empresa abra tudo o que é possível para que eu conheça a empresa por completo, assim acabo vendo muitas coisas de vários mercados. Agora para não perder a linha, quando vemos um Freela até ficamos revoltados, outros não, porém eu sou contra quem começa como freela sem ter tido uma experiência real no mercado de trabalho, para assim adquirir conhecimento, estratégia comercial, organizacional, documental, enfim, se até as empresas pecam nisso imagina um ‘profissional’ que se lança assim no mercado, é impossível dar certo e só suja o mercado, mas infelizmente é sempre assim, porém conheço freelas que são ótimos na determinada área de atuação, muitas vezes eu contrato freela para completar equipes comigo, só que eu não me atenho a portfólio – até isso é comprado facilmente hoje em dia, eu faço um teste de lógica, coloco um job real, que aparenta ser complexo, mas não é, assim aguardo a solução teórica, como um planejamento sobre o caso, normalmente 90% complicam mais ainda o teste, poucos conseguem ver a simplicidade e colocá-la no papel de forma escrita e organizada, são esses que eu pego… Infelizmente o mercado é cheio de armadilhas, as vezes temos que aceitar para nos manter, empresas também passam as suas – temos que levantar o chapéu para quem sabe gerenciar uma empresa, falo de empresas não exploradoras… Agora vem outro problema, e se todas as empresas decidirem elevar os salários? As pequenas caem, porque profissionais de qualidade vão correr para grandes centros (como já acontece), não se tem tanto trabalho assim no mercado, na verdade muitas empresas trabalhando sustentadas na recompra, ou seja, o cliente que paga mês a mês um serviço extra, é a forma de manter-se, outros tentam evangelizar o mercado corporativo mostrando as novidades e tendências, eu mesmo faço isso em todas as reuniões, tento não falar de ‘códigos’ do mercado, linguagem técnica, mas sim, falar da empresa do cliente tentando faze-lo perceber-se dentro de um mundo tecnologico, de um mundo conectado e mesmo assim muitas vezes a coisa não anda, para no caminho e eu fico com todos esses custos na mão, é importante ver as várias situações antes de levantar bandeiras. Outra coisa, trabalho em home-office, eu estou digitando esse texto em meu home-office, todos os meus parceiros de trabalho são de home-office também, eu vivo assim pelo simples convite a comodidade de ter mais tempo para estudar mais e trabalhar mais, não porque posso relaxar mais, pelo contrário, você trabalha mais – isso para quem tem prazer no que faz. Eu sou completamente a favor de profissionais (que podem em suas áreas) trabalharem em casa, porque não? Não existe motivos para algumas áreas, porém volto a cultura brasileira que é sanguessuga, as empresas em geral vão querer não pagar as contas de água, de luz, o equipamento, um sistema de segurança específico para os dados, não vão querer pagar um bom salário já que esse profissional tem mais comodidade que outros, enfim, voltamos ao ponto ZERO… É complexo tudo isso, eu sinceramente, ligando meu modo justiceiro (risos – salve os Geeks), gostaria de ver os profissionais TOP de mercado largando as empresas e abrindo as próprias, a concorrência seria absurda, o mercado migraria para o modelo de cuidar dos clientes de carteira e não de sair tentando pegar tudo que tem pela frente e depois não dar conta, os profissionais seriam mais valorizados, pelo fato da concorrência estar ali do lado, pronta para contratar… Mas é um mundo incomum, o brasileiro, mesmo aquele que possui o mínimo de cultura tem o lado comodista, ao contrário de nós conversando aqui, falando sobre os problemas, tem aqueles que param e se contentam e isso é o que causa tudo isso que estamos aqui abordando, do momento que o povo se move a coisa também tende a mover-se, cabe a nós fazer algumas mudanças, não acham?
Luiz, eu ADORARIA abrir minha própria empresa. Tenho esse “espírito empreendedor” que tu tanto dizes faltar na maioria dos profissionais, tenho muitas idéias que poderiam ser aplicadas dentro de uma empresa e tenho até idéias de sistemas para a internet nas quais estou trabalhando atualmente e espero colocar online o mais rápido possível. Mas para abrir uma empresa efetivamente(uma consultoria, por exemplo), me faltam duas coisas essenciais: 1) Dinheiro. 2) Clientes.
E eu creio que se houvesse um boom de empresas de desenvolvimento como tu dizes, novamente quem ia ganhar seriam os que oferecessem o serviço mais barato. E nesse caso, é capaz de muitas empresas começarem a utilizar os serviços de empresas indianas, por serem muito mais baratas. Fora os outros problemas, como a falta de profissionais (cada um ia querer ter a sua empresa) e o acúmulo de funções ia continuar existindo, com a diferença que o programador seria também gerente de projeto agora.
Exatamente Bruno,
Ai entra o X da questão, as empresas se matariam, outros países que tem custos menores levariam as melhores contas e todo mundo sairia perdendo, no final das contas os que antes eram empregados e hoje são empreendedores, arriscaram tudo acabam por se matar em uma guerra de egos, no final nem se quer os R$3.000,00 mensais que tinha e reclamava tanto ele tem mais… É isso que eu gostaria de enfatizar, não sou favorável a exploração, porém tem muitos que reclamam de barriga vazia, outros tantos que vivem no Youtube durante o trabalho e rendem somente o que lhe é devido, nunca faz mais do que o necessário, nunca tem iniciativa, por fim fica anos no mesmo lugar e depois reclama quando o amigo do lado que rala acaba tendo a promoção e vai para R$4.000,00, dai ele se sente desvalorizado, – “Ah não pode ser verdade, o fulano não tem o conhecimento que eu tenho e ganha R$1.000,00 todo mês a mais que eu, no final do ano ele tem R$12.000,00 para viajar e eu não tenho isso porque me mato pra pagar as contas, isso é injusto…”.
Não digo que seja a realidade dos que estão comentando o post, pelo contrário, quero crer que nem perto disso, porém eu lhes garanto, pelo pouco tempo que tenho porém pela intensidade das minhas experiências – no mínimo 70% dos ‘profissionais” estão nesse patamar de reclama e nada faz, exige e nada produz, tem ciúmes de quem realmente trabalha, porém trabalhar não quer… Enfim, depois reclamam que o mercado não valoriza… Realmente, existe empresas que querer sugar e em troca nada dão ao funcionário, porém ai é outra questão, entramos na questão Ética… O que complica o caso…
Bruno, espero que o Dinheiro e os Clientes você consiga, é muito valioso tentar empreender, você cresce muito mais acelerado como profissional, na verdade quando o dinheiro não é muito ai que cresce muito mais, porque você acaba tendo que trabalhar 12 a 16 horas por dia, fazendo de tudo e quando percebe você é a alma da empresa que você mesmo criou, quantos que tem todo dinheiro necessário e sobra ainda e montam empresas, dão lucro, crescem, porém ele não é a alma da empresa, a empresa tendo ele ou não, se quer faz diferença, é apenas o cara que fatura… Eu sinceramente quero faturar, e muito se possível, porém em primeiro lugar ser a alma da empresa, a empresa realmente precisar de mim, se inspirar em mim, isso tudo é muito gratificante. Força meu amigo, já já você estará nessa batalha – e quando chegar lembre-se – temos que valorizar os funcionários, são eles o maior patrimônio da empresa, clientes vem e vão, porém só são atendidos se temos bons funcionários, sem os funcionários temos os primeiros clientes, o resto não teremos, sem funcionários decentes temos contratos e muitos apelos no procon, na justiça e por ai vai, com bons funcionários isso não acontece… Tudo está em torno de quem trabalha e não de quem paga, o mercado tenta desnortear isso para romantizar a compra, porém a realidade crua e nua é essa… Vamos fazer a diferença.
Olá Paulo, obrigado pela leitura…
Sim, exploradores sempre existem em tudo quanto é canto, na verdade é o que mais tem…
Agora fica a pergunta – Ser menos produtivo no trabalho resolve o problema?
Infelizmente muitos estão se rendendo ao descaso, fazendo pouco de seu próprio valor, ou seja, conhecimento. Temos apenas esse produto em mãos para trabalhar e fazer dinheiro, não está bom, ok, continue trabalhando muito bem até conseguir uma colocação melhor, se não vier considere a possibilidade de fazer uns freela e depois juntar clientes e Eba! Vou empreender…
Não estou dizendo que muitas empresas não estejam erradas em abusar do profissional, pelo contrário, se eu pudesse existiriam leis contra isso e tudo seria tabelado com um mínimo, mas não temos como tabelar qualidade profissional e ai caímos na armadilha de Diplomas, o que não certifica qualidade profissional, muito menos em nossa área que vive em constante mudança… É complexo, até ao abordar esse tema tentei levar com todo o cuidado possível porém sem deixar de ser honesto com o que penso, talvez foi o artigo mais comentado que tive até o momento, porém é válida essa troca de idéias, faz com que o artigo fique completo, abrangendo todas as possibilidades…
Obrigado por participarem tanto.
Olá boa noite ..
Bom eu estou começando agora nessa area de TI. Sou estagiário em programação mainframe em uma consultoria e pelo que li da materia e os comentários devo me preparar bem pelo que vem pela frente.
Queria dar os parabéns para o autor Luiz Castro, uma ótima materia, sempre tento ler bastante coisa sobre o que acontece dentro das empresas relacionadas a TI. Pelo que ja li posso ver que em sua grande maioria tem os mesmos problemas.
Mas vamos nossa parte.
”Ética, flexibilidade, disponibilidade, conhecimento administrativo e até mesmo – equilíbrio emocional”
Como você avalia a pessoa pra ver se ela tem todas essas qualidades? No minimo 3 ela vai ter . O que fazer quando a empresa não da o devido valor ao profissional , a demissão , montar a própria empresa , ser freela ou continuar até que mereça o reconhecimento de suas conquistas?
Ola Luiz Castro Jr, li seu post e achei interessante a visão de quem esta no outro lado da mesa no momento da entrevista, o problema não é a falta de profissionais e sim entender como um profissional de T.I reage a determinadas cituações vamos por partes.
1- Bons profissionais de T.I geralmente são apaixonados pelo que fazem.
2- São seres que tem uma extrema facilidade em trabalhar com calculos, logica,planilhas etc.
3- Não tem nenhuma aptidão para esse negocio de dinamicas de grupo etc pois só se sente a vontade em frente a um PC .
4- Geralmente são pessoas timidas, de cara fechada e pouca conversa o que pode passar uma impressão de uma pessoa mal educada ou desinteressada ao que lhe esta sendo apresentado.
5- Detestam o padrão Homens de Preto imposto na decada de 80 pela IBM para profissionais de T.I redem mais quando são deixados a vontade pois ja tem uma logica de ação programada sabem o que tem que fazer e como fazer.
As partes acima citadas é um exemplo para mostrar que o problema não são os profissionais mais sim os metodos utilizados para a seleção de profissionais nesta area.
É comum ver anuncios de vagas para desenvolvedores tendo como requisitos EX: HTML,CSS,ASP,C#,PHP,SQL,ORACLE, + COBOL ?
Ai que esta o problema as empresas não conhecem nem as tecnologias que utilizam e não existem profissionais proeficiente em varias tecnologias por isso muitos acabam conhecendo um pouco de cada tecnologia e se especializando em nada!
A verdade mais clara é que os maiores e melhores sistemas que conheço começaram a ser desenvolvidos em um pc velho,em cima de uma mesa velha em um ambiente totalmente diferente dos propostos pelas regras dos homens de preto, pois na verdade para um apaixonado pelo que faz ser livre é o que os prende e o que os motiva. Ja vi muita gente dizendo que não precisava nem ser remunerado pelo que faz pois faz porque gosta.
O que se passa hoje é que empresas para ganhar o contrato do cliente oferecem valores baixos e a um tempo inviavel para que algo com qualidade seja realmente entregue ao cliente e quando vão a campo contratar querem pagar pouco e cobrar muito para que as suas metas sejam atingidas.
Concluindo quer ter bons profissionais em seu time? então esqueça dinamicas e perguntas excessivas teste de programação no papel? esquece! , na hora do teste coloque um Pc na frente dele e passe alguma tarefa para ele realizar diga a ele para ele mesmo instalar suas proprias ferramentas você ira ver quem é bom profissional e quem não é em 30 linhas de codigo voce ira ver o que realmente interessa saber de um desenvolvedor tipo se tem boa logica se tem conhecimento das convenções da linguagem utilizada e do tempo gasto para desenvolver pois na verdade um desenvolvedor não precisa entender um projeto inteiro precisa somente saber codificar o que lhe é passado, e entender a parte que ele desenvolveu e quem deverá se encarregar de entender o projeto inteiro é quem o desenvolveu.
Olá Adalberto Olegario,
Não tenho dúvidas quanto a quem faz com paixão… Na verdade quem encontra como trabalho aquilo que gosta de fazer no fim nunca trabalha, somente se diverte… Não é por menos que eu passo horas e horas na frente de um computador e se quer me sinto cansado, pelo contrário, ansioso pelo dia que vem, ansioso por aprender mais e mais da área de gestão de projetos e outros…
Sobre testes, sim, também concordo com você, existe um teste que sempre faço – pessoalmente ou por e-mail, teste simples, um caso real que apenas requer que o profissional pense de forma lógica, afinal de contas o que – no meu ponto de vista – o que é mais raro encontrar é pessoas com boa lógica, eficazes em perceber o problema e encontrar soluções criativas e simples… É muito comum você encontrar 10 pessoas para pegar o simples e complicar, porém é raro encontrar 1 para simplificar as coisas. Acho essa uma das características mais importantes em um profissional, outra é a capacidade de expor idéias fechadas a termos técnicos de uma forma leiga – eis ai o complicado se tornando simples, pessoas com essa dinâmica são incríveis de conviver, podem ter o perfil fechado ou não, são incríveis.
Discordo que profissionais de TI sejam normalmente fechados, na verdade acho que já passou essa época, hoje vivemos em um ambiente tão tecnológico que quase não percebemos quando saímos do on-line e voltamos para off-line ou o inverso, tudo está tão igual que se quer percebemos… Tem sua grande vantagem pelo fato de que os ‘nerds’, como nós debatendo o assunto, não são vistos mais – pelo menos em minha experiência – como sendo um tipinho estranho, pelo contrário, somos admirados e até invejados por grande parte das outras áreas profissionais. Temos hoje uma vida social muito mais ativa do que antes, temos hoje espaço para debater ideias, on-line ou off-line, coisa que antes não era frequente, hoje podemos dizer o que achamos e somos ouvidos não como seres repugnantes ou ETs, mas sim como a nata intelectual, pessoas de um nível superior de inteligência, cultura e competência… Realmente hoje, o Nerd, foge do modelo tradicional, não mudamos, mas o mundo mudou a forma que nos enxergava, aprendeu a precisar de nós, e a reconhecer a dependência… Quer um exemplo bobo? Na sua família você vê o Nerd, ou o cara inteligente sempre que alguém tem algum problema a resolver, pode não ser nem da área profissional dele, porém é o telefone do Nerd que toca para sempre que possível resolver problemas de terceiros… Isso é a diferença que temos hoje em questões sociais, antes não tínhamos contatos, hoje somos procurados, por fim não cabe mais aquela careta feia, de poucos amigos e desligado que se tinha antes, quase que uma fortaleza para não magoar-se pelo julgar de terceiros, hoje o nerd é uma das culturas de maior auto-estima… Portanto eu discordo neste ponto.
Volto a concordar que realmente, empresas tendem a querer muito e pagar pouco… Mas estou falando como profissional e não como empreendedor – temos também profissionais querendo muito sem produzir muito… Volto ao exemplo real que é constantemente visto nas empresas, profissionais ‘viajando’ longos minutos nos vídeos de Youtube, não sou contra o lazer para aumentar a produtividade, porém só para esse fim é que é justo no acordo entre empresa e colaborador, sempre fui assim, sendo empregado ou não meu pensamento ético foi sempre o mesmo, isso veio sempre como marca em todos os lugares que passei. O que é meu é meu, o que não é não é. O tempo que sou pago é para produzir, posso relaxar, porém é para garantir que irei produzir, não sou pago para matar tempo, o tempo é o meu produto, o meu conhecimento é o meu produto, do momento que o negligencio eu o estou desvalorizando e não cabe a mim posteriormente fazer qualquer queixa sobre tal fato… Novamente, lembrando que não estou dizendo que aqui tenham profissionais assim, pelo contrário, porém temos que concordar, todos conhecemos pessoas do estilo – Não produzo mais acho que tenho grande valor…
Agora a discussão entra para questões éticas profissionais… Deixo aberto aqui, qualquer coisa podemos enriquecer mais e mais esse conteúdo.
Obrigado a todos…
Olá Alexandre Manoel e Lucas,
Alexandre, obrigado pela leitura, parabéns por essa consciência em buscar informações sobre a sua área, isso de fato faz diferença quando bem aplicado no dia-a-dia. Sucesso pra você.
Lucas, as suas perguntas foram:
”Como você avalia a pessoa pra ver se ela tem todas essas qualidades? No mínimo 3 ela vai ter . O que fazer quando a empresa não da o devido valor ao profissional , a demissão , montar a própria empresa , ser freela ou continuar até que mereça o reconhecimento de suas conquistas?”
É difícil responder, pois cada empresa tem seu ponto crítico de avaliação, cada avaliador tem que mesclar os seus critérios com os da empresa e por consequência vem a margem de risco de tentar encontrar formas de saber se o profissional entrevistado está mentindo ou não…
Creio que as empresas estão (algumas, outras nem começaram) se adaptando a uma nova realidade onde, por exemplo, o equilíbrio emocional conta para um ambiente mais produtivo. Veja que ainda é tabu o uso de Redes Sociais no trabalho, sim em áreas como TI ainda existem isso, pelo menos no Brasil, onde o povo ainda não tem uma cultura organizacional e ética equilibrada, infelizmente onde impera a desordem tem obrigatoriamente impor regras, sou totalmente favorável a isso, se não tem como levar uma vida profissional no dia-a-dia de forma tranquila e leve tem-se então que se acostumar com as regras e se adaptar a elas.
Sobre – “No mínimo 3 ela vai ter”… Sinceramente? Creio que não, vou colocar em ordem de raridade essas caracteristicas…
– Ética
– Equilíbrio emocional
– Conhecimento administrativo
– Flexibilidade
– Disponibilidade
Normalmente faltam ética e equilíbrio emocional, são as coisas mais raras de serem encontradas em qualquer mercado, conhecimento administrativo é outra coisa difícil de se ver, temos pessoas boas no que fazem mais não tem organização profissional nenhuma o que impede o crescimento e amadurecimento desse profissional. Flexibilidade, essa aqui é também rara em profissionais de TI, uma coisa complexa é o ego (por isso equilíbrio emocional é importante, também), por exemplo, duas propostas ou soluções para um caso, eu opto pela proposta do João e não pela do Paulo, porém o Paulo não tem flexibilidade, acha-se o dono da verdade e que só ele tem conhecimento, que ele é uma jóia rara, que ele é um talento, enfim, o coitado deve ter lido muito livro de auto-ajuda ao invés de livro técnico e criou uma capa fajuta de ”grande pessoa”, ”auto-estima” e por ai vai… Dias depois o Paulo está criando casos ainda pelo fato de não ter sua proposta escolhida, até que alguém tem que massagear o ego ou mandá-lo embora, como o custo é alto para mandar um profissional embora acabamos vendo as empresas massageando ego e criando cobras que futuramente vão dar o bote, infelizmente esse é o mercado, temos algumas figuras negativas. Logo vem a disponibilidade, isso não é tão raro de se ver no profissional TI, quando se ama o que se faz ninguém precisa pedir para fazer hora extra se for o caso, normalmente o profissional chega a levar serviço pra casa (quando permitido), porém o brasileiro é um povo, infelizmente, um tanto malandro, é capaz de matar o horário de trabalho com ”vídeos de youtube”, porém não podem se quer ficar 1 hora a mais para concluir a apresentação de um projeto ou para discutir idéias, enfim, é tudo muito complexo, porém uma coisa é fato, com ética quase tudo se resolve – ainda falta coragem e verba para as empresas mandarem para rua esses profissionais e valorizarem os bons profissionais. As vezes um pé no traseiro é uma boa forma de acordar para a vida profissional.
Agora aproveito para entrar na segunda parte da pergunta:
” O que fazer quando a empresa não da o devido valor ao profissional , a demissão , montar a própria empresa , ser freela ou continuar até que mereça o reconhecimento de suas conquistas?”
Minha trajetória foi contraria a tudo isso, eu estava em uma empresa onde o salário era ótimo, se quer era formado e mesmo assim era valorizado, aprendi muitas coisas e logo estava satisfeito, mas ocorreu um grande problema, por questões pessoais o gestor da empresa teve problemas administrativos e financeiros, logo o salário da equipe que supervisionava estava atrasado, logo me vi no dilema de abrir mão do meu salário para que um ou outro pudesse receber, logo tinha que lembrar que meu filho acabará de nascer, juntando tudo isso comecei a trabalhar o dobro, fiz um acordo ético – “Já que me pediram para demitir a equipe então que me permitam trabalhar o dobro e não receber por isso para que eles recebam em até 3 meses, depois eu começo a receber todo o dinheiro que me é devido…”, a proposta foi aceita e toda minha equipe foi paga devidamente, porém eu tive que demitir, passaram-se os 3 meses e chega a minha vez de sair do sufoco, porém nada, pelo contrário acabei pagando para trabalhar.
Essa é uma situação parecida com a reclamação de baixos salários, você sempre esta no dilema, sair ou não sair?
Eu acabei saindo, cheguei para o diretor da empresa e disse – “Estou indo embora, depois volto para acertar o que estamos pendentes.” Eu não tinha outra escolha, meu filho já tinha nascido, estava com alguns meses de vida e eu passei 3 meses penando, a falta de consideração da empresa ao profissional me deixaram com muita indignação. Eu tinha que sair, apesar de ter tido bons salários, apesar de ter sido valorizado no início e apesar de ter aprendido muitas das coisas que uso até hoje eu não podia me dar ao luxo de ser tratado de forma desonesta, afinal de contas uma das poucas coisas que um profissional não pode perder é a ética, a honra. Tentei conversar e quando descobri que aquela situação foi consequência de um problema conjugal do diretor da empresa ai eu disse – ”Tchau, não posso trabalhar onde uma empresa esta alicerçada em sentimentalismo.”. Tomei rumo, porém e agora? Tenho experiência, porém não sou formado, tinha um ótimo salário, porém não se paga tanto assim em outras empresas… O que fazer?
Não tive dúvidas, fui começar do zero e aprender coisas novas, abrir mão de cargos não é fácil, o orgulho as vezes quer guiar a situação… Pensei comigo, preciso aproveitar que só tenho 20 anos e vou aprender coisas totalmente novas… Nunca trabalhei no varejo, então é pra lá que vou. Cheguei em uma empresa, meu currículo em mãos e no mesmo dia tinha entrevista. Pensei orgulhosamente ao entrar na sala, ”eis aqui seu novo gerente!”, quando falei que não tinha experiência com varejo eu recebi uma resposta – “Ótimo”. Fiquei feliz, porém a vaga era para ‘consultor de vendas’… Risos, eu aceitei… Fui chamado de maluco por alguns, porém tinha 20 anos e tempo suficiente para aproveitar e vivenciar coisas que ainda não tinha vivido, pensei somente em uma coisa – o salário sustenta meu filho? Sim, então está ótimo.
Tentei aprender de tudo um pouco e pude perceber que minha experiência de supervisão em tecnologia não era tão intensa assim, tem muito mais coisa no mundo, tecnologia não é a sustentação de tudo, as coisas são feitas com relacionamento, as coisas andam via relacionamentos e por fim acabei vendo que existes muitas coisas a serem levadas em consideração em um projeto.
Como acabei ficando fascinado com tudo que havia aprendido foi movido de uma das lojas para outra, depois, sem cargo algum, acabei por liderar uma equipe de períodos, ou seja, o pessoal que trabalhava no mesmo período que eu, essa equipe acabou por vender mais, aprender mais, tinha-se os problemas de ego porque justamente era a equipe mais fraca antes de eu entrar e reformular o pensamento deles, no fim até hoje são uma das melhores equipes que já trabalhou naquele ambiente. Depois disso tive a oportunidade de ir para o escritório da empresa trabalhar em um projeto e-commerce, pude misturar a experiência em campo com a experiência em projetos de tecnologia, por fim optei por fazer a mesma trajetória, ir do início sem atropelar o meio e chegar ao final.
Comecei no administrativo, fui para auxiliar o atendimento, supervisionei logística, atendimento, administrativo, em horas gerenciei, em outras auxiliei no projeto final, até mesmo no web designer estava eu, por fim tinha dedo meu em tudo. Quando percebi que aprendi algo novo e de valor dei ênfase em começar a alçar novas possibilidades, afinal eu queria crescer e voltar a ter o salário que tinha antes, quatro anos depois estava eu diante o direto da empresa e ele me diz – “Você está demitido.”, eu perguntei o motivo e ele respondeu – “Não vais crescer o quanto podes aqui na empresa, eu não quero te parar profissionalmente e sei que você pretende abrir seu próprio escritório de gestão de projetos e por esse motivo você vai sair da empresa, abrir seu escritório e nós seremos seu primeiro cliente de peso, estaremos lhe dando suporte, estamos disponíveis para você sempre que necessário…” Essa foi a forma mais valiosa que recebi de agradecimento por trabalho feito, foi melhor que aumento de salário.
Uma verdadeira reviravolta, e sim, hoje estou aqui, empreendendo por causa de uma escolha que fiz anos atrás em recomeçar. Por isso bato de frente e digo que sou contra egocentrismo profissional.
Isso tudo eu contei para dizer uma coisa – Não importa o que você vai fazer, se é empreender, se é pedir demissão, se é se manter até alguém lhe enxergar, o que importa é que você ame o que faz e principalmente faça com amor, dedicação, salário não é motivo para fazer mal feito, eu recebia 4 vezes menos do que na outra empresa e fazia sempre o meu melhor, o objetivo é o que conta. Eu queria aprender mais, testar mais, buscar mais, por fim, acabei tendo a melhor experiência profissional que acho que poderia ter, sair de empregado a prestador de serviços para uma empresa. Tudo por apenas uma escolha – Fazer bem feito tudo o que me vem a mão.
Posso não ter a resposta que você deseja, porém essa é minha experiência profissional.
Um forte abraço, sucesso para todos.
Bem, vou deixar meu comentário.
Li,com muita atenção conforme faço todos os dias na internet.Meu objetivo,sempre 80% do tempo livre, pesquisar sobre diversos assuntos.Desculpe,vai parecer vários erros de português.
Estudei,fiz um curso,designer de interiores.Já não sou tão nova,minha professora olhou para meu rosto na hora que entreguei a prova e disse: não sei o que voce está fazendo aqui,vou te reprovar toda vez que corrigir sua prova.Niguém escutou,somente nós duas. Me marcou muito,e eu procurava ser muito atenta nas aulas e não acontecer o pior.Fiquei transtornada,no segundo período tranquei a faculdade.Depois deste episódio comecei a me dedicar a cusinhos,fiz vários, então fiz designer de jóias e bijuterias.Tenho uma gama de cursos e procuro estar sempre bem informada sobre tudo que acontece.Não trabalho,já não preciso,sempre cito este caso e por acontecer isto,alerto a todos inclusive a meus filhos.
Nunca deixe pessoas falar mal de voce,não responda,não brigue,engula.Reaja mostranto que voce pode ser excelente.Dedicando-se a cursinhos,cursos em sua área ,seja qual for.Tenha muito conhecimento,disciplina,educação, seu linguajar é primordial,sua vestimenta influi muito,sua higiêne pessoal, tudo é muito observado,fique muito atento……Primeiro emprego,eu era muito pobre e minha avó foi pedir por mim,estava terminando o 4o. ano ginasial.Não tinha roupa,minhas colegas me diziam:
voce não tem roupa,todo dia é a mesma?Sim era a mesma todos os dias,era a melhor que eu tinha,mas estava lavada e bem passada.Então descobri um pedaço de pano de cortina,fiz uma saia nova e fui trabalhar….Poxa voce está nova,isso é pano de cortina!.Não liguei continuei o aprendizado na empresa.Aos poucos fui comprando,hoje não compro tudo que quero,mas posso comprar, muitos e muitos,sou controloda…..
SABE O QUE FALTA HOJE NAS EMPRESAS?
OPORTUNIDADE. A empresa hoje quer,isto,aquilo,mas muitas, não investe nos seus funcionários e o pior não dá chance a um candidato.Quantas pessoas excelentes estão sendo jogadas fora na entrevista,já que a exigência é muito grande.Gente, todos nós passamos por isto,ninguém nasceu sabendo,precisa lapidar,dar chance ao novato.Mas a ganância está tanta, que para os que atingem a expectativa da empresa é ótimo,mas as condições físicas do profissional?Tenho visto profissionais que chegam em casa tão saturado de tanta cobrança que esquece a família,esquece de si próprio,só tem olhos para o trabalho.Isto está certo? no meu ponto de vista não,mas tudo tem regras,limites,concordo plenamente..No mercado de trabalho tem centenas e centenas de candidatos,mas sem chances.Muitas vezes voce sabe executar muito bem o que a empresa está pedindo,mas falta diploma disto,daquilo…Empresa ajude o candidato,ensina-lhe as normas e capacita-o em cursos,um grande presente a ele,mais conhecimento e benefício para ambos,já que ele vai trabalhar de acordo com o que é pedido.
Cursos,cursos e cursinhos, são imprecindíveis para o candidadto,muitos conhecimentos, etc..
Mas muitas queixas:NÃO ME DÃO OPORTUNIDADES! Uma pessoa só pode ir em frente se lhe dão uma chance.Chance não tira pedaços de uma empresa,pelo contrário ela pode lapidar o candidato a seu nível de expectativas.Quantas pessoas formadas,gastaram suas economias na expectativa do diploma universitário.Muitos em faculdades que nem registro tinha o curso,não sabiam e se formaram.Quantos fizeram e fazem tantos cursos e nada.Quantas centenas saem dia a dia a procura no mercado,mas nada.Quantos destes não tem condições de fazer cursos de aprimoramento devido as dificuldades,estão jogados,falta a oportunidade.Investimento,lapidem estes diamantes e teremos muitos desempregados empregados.Os formados que possuem um elevado nível de informações que também batalham por um emprego na hora da entrevista.Analizem seus valores,sua conduta e continuem se aprimorando,nada que fazemos devemos desperdiçar,isto tudo em nossas vidas nos serve de lições que podemos usufruir para um patamar de conquistas….Outro ponto que cito agora.Temos várias instituições de ensino superior,mas na hora o diploma tem contado muito.Sei que muitas empresas verificam a instituição,acho uma total falta de ÉTICA o seguinte: O GOVERNO NÃO DISPONIBILIZA EDUCAÇÃO ADQUADA DE QUALIDADE EM TODOS OS NÍVEIS.São faculdades em greve atrapalhando o bom aprendizado dos estudantes e passando o tempo de formação.O MEC não tem disciplina quanto ao rigor da aprovação de cursos,abre e fecha.A qualidade das faculdades particulares sem o menor pudor em relação ao aluno.Péssimas instituições,será que os olhos estão fechados para estes problemas?O aluno estuda e fica sem o emprego: faculdade não presta,ensino precário.O que se tem de instituições de curso superior é brincadeira.Coitadinho,faz vestibular e vai estudar,outras uma mera redação,eles se iludem,estou na faculdade!Coitado, mal sabe o que lhe espera.Sei de pessoas que fazem entrevista; instituição de ensino,idade para o estágio,até 23 anos e já está velho,inglês,quem não pode estudar?Serviu de alguma coisa fazer a faculdade?
BRASIL,PAÍS QUE SE PREZA,RESPEITADO MUNDIALMENTE,ENTÃO FAÇA.QUEBRE O IMPOSSÍVEL TORNANDO-SE POSSÍVEL EM;
DAR AOS SEUS FILHOS UMA EDUCAÇÃO PÚBLICA EXCELENTE
DAR HOSPITAIS PÚBLICOS AO SEU POVO,QUE É MUITO DÍGNO
RESPEITAR MUITO SEU POVO,VOCE SOBREVIVE GRACAS A ELES,SEU POVO.
ADOTAR E RESPEITAR TODAS AS LEIS.
TODAS AS CARTEIRADAS SEREM COLOCADAS DE LADO E RESPEITAR TODOS IGUALMENTE DEPENDENDO DA CLASSE SOCIAL,LEIS E NORMAS SÃO PARA SEREM SEGUIDAS,POR TODOS.
NÃO PRECISAMOS TER POPULAÇÕES NA MISÉRIA,NOSSO PAÍS É MUITO RICO EM TUDO.MELHOR PROVA,O ESTARGEIRO FICA MAIS DE OLHO NAS NOSSAS RIQUEZAS DO QUE NÓS MESMOS,ACORDE,BRASIL!
EDUCACÃO ,SAÚDE ,PODEMOS TER DE PRIMEIRO MUNDO,TEMOS TUDO EM MÃOS.
ADOTE COM URGÊNCIA HOSPITAIS DE MUITO PORTE SUPRIDO DE TUDO PARA SUA POPULAÇÃO.
ESCOLAS,FACULDADES DE EXCELENTE QUALIDADE.
INGLÊS DESDE O PRIMEIRO ANO DE ENSINO, COM PROFESSORES ALTAMENTE GABARITADOS,QUEM SAI DO SEGUNDO GRAU NÃO SABE NADA DE INGLÊS SÓ DECOREBA,ISSO NÃO ADIANTA,O QUE É FATO,NÃO SABEMOS INGLES PARA NADA.
NÃO PRECISAMOS DE CURSINHOS CAÇA NÍQUEIS,É UMA ENROLAÇÃO ,AS PROMESSAS, TUDO FICA SÓ NAS PALAVRAS E RESULTADAO NENHUM.
COLOQUE CRUSINHOS DE EXCELENTE NÍVEL PARA SEU POVO.
SERIA MARAVILHOSO TODOS COMPETIREM IGUALMENTE,NUM CONCURSO PÚBLICO,NUMA VAGA DE EMPREGO,NUMA FACULDADE ETC… ACABARIA,COTAS,DISCRIMINACÃO,TODOS COMPETIRIAM DE IGUAL PATAMAR,AS EMPRESAS SE DEDICARIAM MELHOR JÁ QUE ESTARÃO GABARITADOS IGUALMENTE.AI SIM NOSSOS ESTUDANTES PODERIAM FAZER UMA RESERVA MAIOR E DE QUALIDADE PARA SE APERFEICOAREM E CONCORRER A UMA VAGA DE EMPREGO.
FACULDADE, PARA QUE VESTIBULAR,ENEM,ETC….FALTA DE ÉTICA! NÃO1 PRECISAVA DESTE TORMENTO,UM EXCELENTE ESTUDO E UMA PROVA DE SELEÇÃO BASEADO NAS NOTAS DO ANO,OS MELHORES ENTRARIAM,OS DE NOTAS MAIS BAIXAS ESTUDARIAM MAIS UM POUCO,MAS PARA ISTO TERIA QUE HAVER LOCAL DÍGNO PARA SEUS ESTUDANTES.
BRASIL,INVISTA NA EDUCAÇÃO,SAÚDE E SEU POVO COMEÇARÁ A SER FELIZ E VOCE LUCRAR.
PARA QUE CIDADE DA MÚSICA?DINHEIRO PARA ESCOLAS E HOSPITAIS.engraçado como aparece dinheiro para tantos supérfluos e as principais prioridades ficam de lado.NÃO SOU CONTRA A NADA, PELO CONTRÁRIO SOU MUITO A FAVOR DA CULTURA,ADORO TEATRO,AMO A NATUREZA E BRIGO POR ELA,FUTEBOL MARAVILHOSO .MAS SE UM POVO ESTÁ MORRENDO PRECISANDO DE DUAS COISAS BÁSICAS DE URGÊNCIA,POR QUÊ DEIXAR DE LADO.
Acabaria com a miséria aos poucos,claro nada se faz de um dia para outro.Violência,uma polícia muito bem paga,médicos capacitados e bem pagos,80% de honestidade,não é difícil.
UM POVO TEM QUE RESPEITAR AS LEIS,E ESTAS SEREM CUMPRIDAS ,SER EDUCADO,SER RESPEITADO,TER EDUCACÃO,PRESERVAR A NATUREZA,TER HIGIENE,NÃO JOGAR LIXO NO CHÃO,AS MULTAS SEREM APLICADAS COM RIGOR,SEJA COM QUEM FOR!
ESTOU HÁ TRES MESES TENTANDO MARCAR UMA CONSULTA GINECOLOGICA PELO PLANO PARA MINHA IRMÃ QUE É EXCEPCIONAL DE 55 ANOS,VERGONHA!
APOSENTADOS ,DEFICIENTES E ACAMADOS RECEBENDO SEUS SALÁRIOS,sem estar em filas,PAÍS DE PRIMEIRO MUNDO O CORREIO INFORMA COM UMA CARTINHA : SEU PAGAMENTO ESTÁ DISPONÍVEL, ai vai se buscar,sem ficar em fila na hora que lhe agrada.POR QUÊ MUITOS PAÍZES PODEM SER ASIIM E OUTROS NÃO.NOS TEMOS TUDO PARA SERMOS ASSIM…..UM POVO BRANCO E PRETO,SIM ,CONFORME O DICIONÁRIO E CONFORME EU APRENDI; BRANCO- PRETO – ISTO NÃO É RACISMO.UM CASAL DE COR, UM CASAL AFRO DESCENDENTE.NÃO É ASSIM .
SOU BRANCA PELA MINHA ORIGEM
ELE PRETO PELA SUA ORIGEM.
MAS MEU SANGUE É MISTURADO, ELE ,E DE TODOS SÃO VERMELHO.
VAMOS LÁ ;
RAÇA ; BRANCA, RAÇA PRETA,TEM DIFERENÇA? CLARO QUE NÃO.
CORTAMOS O DEDO, SENTIMOS DOR IGUAL.
EXTRAIMOS UM DENTE, O PROCEDIMENTO IGUAL
TEMOS UM FILHO ,O NASCIMENTO IGUAL,TANTO NATURAL QUANTO CESARIANA.
NOSSO DINHEIRO IGUAL
NOSSOS CABELOS NÃO SÃO IGUAIS,CLARO SOMOS MISTURADOS.
EU TENHO; CABELOS CLAROS E OLHOS ESVERDIADOS,MISTURA DE ITALIANO,BRASILEIRO E INDIO,meu irmãos todos cabelos pretos e morenos,isso somos filhos dos mesmos pais.BRASILEIRO,MISTURA DE TRES RAÇAS,ENTÃO NÃO HÁ ESTÁ PALHAÇADA .MEUS QUERIDOS IRMÃO EM NÓS SÓ TEM UMA DIFERENÇA,A COR DE NOSSA PELE,O RESTANTE SOMOS IGUAIS,SENTIMOS IGUAL,SOFREMOS IGUAL,INCLUSIVE A DISCRIMINAÇÃO QUER VER.
VOLTAMOS AO EMPREGO E A FACULDADE,AO COLÉGIO E AO ATENDIMENTO EM TODOS OS LOCAIS.
Emprego é exigido tudo de um candidato branco ou preto.
Olha onde quero chegar,
Não é só o negro que sofre racismo,o branco também.Se estudou em colégio público ambos conseguem passar numa prova de vestibula? NÃO!
Num hospital público são tratados igualmente?SIM!
Num caixa de supermercado,são iguais?SIM!
Na praia,são iguais?Sim!
Antigamente passei por uma situação muito constrangedora num colégio.COMO SABEM SOU BRANCA!
Queria um colégio bom para meus filhos.Fui ao colégio,primeira coisa,preeenchi uma ficha.Já tinha um problema,filhos de mãe solteira,segundo o contra-cheque do marido.Era meu marido mas não éramos casados na época….Vamos chamar se tiver vaga.Esperei,esperei,mas quando voltei ao colégio reparei que já estava em aula e não havia nehum negro.Aí pensei ,há discriminação.Não há negros,e meus filhos também não estão,somos pobres, o contra-cheque não cobre.Consegui coloca-los em outros colégios,mas num desses houve uma confusão uma mãe se doeu pelo filho,então ela falou;Sou negra mas tenho condições financeira ,a criança não tem culpa veio a estudar neste estabeleciemnto.
Anos mais tarde,meu filho fez um ano neste colégio,mas desta vez não pediram o contra-cheque,havia mudado algumas regras e lá estavam as criança negras.Talvez por estarem perdendo alunos branco de condições,então abriram para negros e brancos com menos poder aquisitivo.
MEUS CAROS,ESTUDEM,SE DE VALOR,QUAL SEJA SUA COR,APRENDAM,SE RESPEITEM E TENHAM MUITO CONTEÚDO PARA UMA VAGA DE EMPREGO,DISCRIMINAÇÃO EXISTE MUITO,TANTO FAZ SER BRANCO OU NEGRO,BASTA NÃO TER OS REQUISITOS ADOTADOS.
ENSIANANDO É QUE SE APRENDE,meu avô já falava isto.
Quer ver outra coisa que está me deixando chateada.
O RH ENTREVISTA o candidato,vamos entrar em contato,fica-se esperando com ansiedade um telefonema ou uma cartinha de sim ou não,mas a falta de respeito é tanta de algumas empresas no sentido de:
o candidato fez a entrevista para aquela vaga,avise por carta ou telefonema o porquê do sim ou do não ser aprovado,explique o porque no que lhe faltou.Assim o candidato pode se aperfeiçoar e da preoxima vez estarea bem mais preparado.Todo pessoa tem o direito de saber onde errou e onde estea deficiente para aquela vaga.
Priscila.
Bom, a grande verdade é que o mercado busca cada vez mais profissionais “faz tudo”. Além da especialização na área você tem que ser bom em outras. A empresa querendo economizar gastos com contratação de especialistas para cada área específica busca os chamados profissionais versáteis, flexiveis, que sejam psicologos e “super-heróis”. O mercado está cheio de profissionais bons em suas especializações mas a grande verdade é que ser bom em uma única função não vai garantir que consiga um trabalho onde a empresa valorize isso. Há suas exceções e sorte de quem encontre uma empresa boa. Mas o buraco é sempre mais em baixo e creio que não há falta de profissional qualificado. Há na verdade uma exploração excessiva do mercado para que cada vez mais um profissional tenha que estudar mais, se qualificar mais para ganhar menos. Todos os pontos de vista são respeitáveis mas oq ue falta mesmo são empresas bem estruturadas que dêem o valor merecido para o profissional especialista em sua área. Não adianta ser bom em tudo tem que ser melhor em algo e ser valorizado sim por isso.
Não faltam profissionais. As empresas conseguem contratar os profissionais “bons” por que não querem pagar o justo por eles.
Querem pagar salário de estagiário, terão pessoas com perfil de estagiário.
Eu modificaria o título deste post para:
“Mercado: Está faltando profissionais? Falta algo nesses profissionais? FALTA ALGO NESSAS OPORTUNIDADES/EMPRESAS?”
O post tem quase 1 ano e ainda é atual!
Hoje tenho a visão dos 2 lados da mesa. Venho desde o bom e velho operador, passador de cabos de rede, operador de backup e etc… Passei a programador, analista de sistemas, analista de negócios e cheguei à gestão que é minha melhor identidade no mercado de TI.
Infelizmente falta ética no mercado. TI é importante e ganha mais importância a cada ano que passa, mas o mercado ficou tão prostituído que se torna difícil de atuar decentemente. É igual uma piada que circula nas redes sociais, mostrando 3 tatuagens de um tigre e o desenho original. A primeira parece um gatinho infantil mas qualquer um pode pagar por ela, a segunda chega bem próxima da proposta mas alguns apenas podem pagar por ela, mas a terceira supera a proposta original, onde arranca admiração de todos mas quase ninguém está disposto a pagar. Esse é o mercado de TI.
Muitas empresas desvalorizam o trabalho e optam em pagar valores que sequer pagam nossa formação. Até mesmo no patamar executivo isso acontece (passei por isso).
Vesti a camisa da empresa e investi meu trabalho porque enxerguei potencial na proposta. Em 2 anos transformei uma TI caseira em uma referência nacional entre as operadoras de telefonia. Em 2 anos vi a pequena empresa sair de um faturamento pífio de 150 mil reais para mais de 8 milhões de reais mensais. Tudo porque a TI proporcionou uma vantagem competitiva gigantesca para alavancar o crescimento em pouco tempo. Então, quando sentamos à mesa para renovar o contrato, a diretoria da empresa, seguindo uma consultoria de RH, me dispensou porque o perfil da empresa não necessitava de um gestor de TI.
Então eu acredito que se a empresa quer um executivo que realmente faça a diferença, tem que estar atenta e investir. Nosso cenário é lamentável neste sentido. Por outro lado, nunca tive problemas em identificar bons profissionais e contratar. Consigo identificar em 1 hora de conversa e sempre me surpreendi positivamente com as pessoas que contratei.
TI tem um triângulo das bermudas que assola essa área: O técnico restart, o gerente de escrivaninha e a consultoria.
Não é animador se matar de estudar para ter um ROI de 50 anos por amor a informática, gastar quase 100000 reais num diploma para que, receber 500 reais a mais no salário? Quem quer paga, quem não quer manda email justificando, é simples.
Existem dois mundos em tecnologia da informação: o mundo das consultorias e dos cases de sucesso da Você S.A, infoexame e o mundo real, aonde tem quem resolva, que sai a campo e resolve o problema do cliente.
O mundo da você s.a vomita sua PNL para que todos tentem copiar, alega sempre a mesma história, que não tem mão de obra especializada no Brasil, se apoia em muletas verdadeiras como falar da qualidade dos cursos, economia predatória, terceirzaçãi , mas propõe inovação pouca na prática, percebam que a solução sempre é algo muito vago, espiritual…rs
O mundo real de TI se estoura pra fazer um curso, e fica tentando achar um lugar que pague o justo, e quando o trabalho dobra e o dinehiro não melhora, o que ele faz, começa a mandar seus curriculos, falta no trabalho para ir em entrevistas aonde passa mais constrangimento graças a esses profissionais de RH tacanhos que te tratam como idiota, aí quando rola um lugar melhor do que ele tem, chega no se chefe e fala adeus, culpa da situação atual ou culpa da empresa que não tem estrutura para manter um funcionário jogando junto? não é capaz de propor uma melhoria significativa pro seu cliente senão perde porque seu cliente não quer investir, então porque mexer no time que está ganhando, máquina que o técnico tem em casa e ainda não aposentou é mais rápida que as que ele mexe diariamente.
Já dizia um ditado popular: ” Pau que nasce torto nunca se endireita” , você aceitou um projeto com orçamento reduzido, bancar a mágica sacrificando o seu lucro pelo seu projeto eu duvido que você faria isso pelo amor a informática.
Muito bonitinho o discurso e particularmente gostei do texto, mas ele não se aplica ao mundo real de TI, pelo menos na minha opinião.
Concordo com o texto, realmente existem profissionais de formação duvidosa em todas as áreas. Mas ainda acredito que no campo da tecnologia isso seja menor que em outros campos, como as áreas administrativas, onde tem profissionais sobrando. Tecnologia exige dedicação e raciocínio e isso já elimina muitos pretendentes.
Mas falta muito para o Brasil ter um mercado de TI valorizado. Estou na minha segunda faculdade, e ainda assim só me aparecem oportunidades para estagiar. Aqui no interior, parece que a coisa é bem mais complicada.
Tenho pensado em ir embora do Brasil. Graças a minha dupla cidadania, tenho procurado oportunidades no exterior e assim perco cada vez mais a esperança de ficar por aqui. Hoje trabalho por conta, prestando serviços. Enquanto estou aqui levando não de clientes para pagar R$500,00 por mês para cuidar dos sistemas de controle de estoque, já recebi ofertas de emprego na Europa onde o único trabalho que teria é o de codificar o projeto já pronto, com um contrato de 3 meses recebendo 200 euros por dia.
Ai vem outra questão: muito se fala da falta de bons profissionais na área de tecnologia no Brasil, inclusive engenheiros. Mas quantos bons profissionais brasileiros estão se dando bem fora do país? Será que é porque não temos bons profissionais ou porque não valorizamos bem os profissionais que temos? Conheço gente que trabalhava como auxiliar de projetos em agências de marketing no Brasil e logo no primeiro emprego na Europa virou gerente de inovação na Zynga.
Outra coisa que me limita muito, é a idade. Entrei tarde na área de TI, após 10 anos atuando em áreas administrativas. Diziam que era dificil arrumar emprego depois dos 40, mas no meu caso sinto isso depois dos 30, mesmo com 2 faculdades (3 se contar a de administração) e vários cursos na área.
Minha ideia é terminar a faculdade atual e passar uns 10 anos trabalhado fora do Brasil. Se der vontade, volto pra cá trabalhar por conta própria. Ou infelizmente, deixar o Brasil apenas como destino das férias.
Bom artigo, concordo em partes com o texto, existe muitos mal profissionais sedo que se eles produzem alguma coisa estão empregados, hoje o mercado da emprego não oportunidades, meu caso busco vaga de Analista de Requisitos a mais de um ano não acho nada meu fim vai ser trabalhar em shopping, uma coisa não compreendo como você pode fazem um projeto sem documentação ?? para um gerente de projetos fez errado contratando programador php tentando baratear e lucrar mais o pessoal não esta mais tão burro. O que falta são empresas serias, cansei de ver empregados sem criatividade sem equilíbrio emocional, sem rotas essa qualidades que menciona mas que é amigo, parente ou de confiança do gestor ganhando bons salários.
O problema do pagamento é sempre grave, sempre dito, até já foi respondido (sem muita aceitação, claro)…
Mas, mesmo sem entrar no mérito do salário, é simplesmente ridículo querer funcionários “faz tudo” em TI. Sim, geralmente vejo isso em TI. Falaram sobre as áreas mais estressantes (TI e Medicina), mas vamos lá. Qual médico precisa ser especialista em diversas áreas? cardio que seja endócrino, que saiba um pouco de odonto, conhecimentos oftal e experiência em ortopedia? Alguém já viu anúncio de vaga assim?? NUNCA.
Mas em TI, não sei pq, as empresas se sentem no direito de querer que todo mundo saiba tudo e faça tudo, já cansei de ver vagas para ‘Analista de Suporte’ (que acho o serviço mais básico do básico) que precisa saber umas 4 linguagens, BD, requisito, auditoria, teste, inglês e espanhol, etc, etc, etc (pra ganhar 1100, mas como já disse nem entrarei mais nesta questão de valor).
Algumas vezes a empresa está querendo um ‘faz tudo’ para economizar nas contratações. Ok. Solução? Aumente o salário desse cidadão ‘faz tudo’. Ele ficará mais satisfeito e ainda assim a empresa estará economizando.
Mas o que me mata é saber que a grande maioria dessas empresas NÃO vai fazer uso de todos esses recursos. “Não tem nada que faça precisar de ORACLE na empresa, mas a bendita tá lá pedindo ao menos conhecimento!” Ou mesmo, casos em que a pessoa tem experiência, mas só por não ter pago 3 mil nas certificações, ela não ganha a vaga. Ou pior, basta PHP pra tocar o projeto, mas só pq tem um pequeno processo velharia lá em COBOL que só alguns funcionários fazem uso (não é usual, mas ainda necessário), a empresa pede que o candidato saiba tudo, sendo que isso pode ser aprendido no próprio andamento do trabalho.
Enfim, existem sim os casos de maus profissionais, mas o problema está sendo muito maior com as empresas querendo mais, mais do que precisam, mais do que podem oferecer, mais do que é possível, mais do que realmente não dá para ser ensinado, mais e mais…
/*Sinto-me uma profissional derrotada quase sempre, acho que fiz péssima escolha profissional, penso que gosto de TI como hobby pq como profissão tá difícil, sempre vejo que preciso de muito dinheiro para investir em certificações e pós e cursos e…e.. Não recebo bem para isso e não vejo muitas chances. Sempre penso em mudar meu rumo profissional por estas dificuldades que as empresas causam. Talvez essa não seja minha vida mesmo, talvez eu seja uma ótima profissional sendo desperdiçada. Jamais saberei.*/
Hoje o mercado de TI está tão prostituido que dá vergonha de trabalhar na área. Vc. é expecialista em redes, mas tem que saber programação, vc. é programador mas tem que saber infra.
Medico é assim?
Advogado é assim?
Cada um na sua praia.
E tem gente que se submete a estes salários medíocres que o mercado paga. Não falta mão de obra especializada, falta sim, vergonha na cara dos contratantes para pagar salários decentes aos profissionais e também profissionais que saibam se valorizar.
Concordo com a maioria dos comentarios, tenho 22 anos e poucos profissionais, tem o curriculo que tenho na minha idade, amo o que faço, mais ter que trabalhar o dobro(hora extra) pra conseguir ter um salario bom não é certo!
Minha duvida para o senhor Luiz é que, o que é Ingles Fluente? Voltei a 4 dias de 2 meses de intensivo no Canadá em uma das escolas mais conceituadas de Toronto, ILAC, Terminei lá nivel 1 Avançado( level 12 de 15) , uma coisa descobri não existe fluente sem morar ao menos 2 a 3 anos em um local que tenha Ingles como Primeira Lingua( e mesmo assim pode levar até 5-6 anos para conseguir se equiparar a um nativo), somente um louco morando este tempo fora do Brasil teria coragem de voltar para esse nosso Brasil.
Trabalho em area Infrade Servidores(Windows por enquanto / DNS/DHCP/RAID etc) pouco diferente da maioria(programaçao) , agora vou em busca de trabalho novamente, sou Tecnico em Eletronica, atualizando meu curriculo com certificaçao microsoft que fiz no começo do ano e com o Ingles, quero realmente ver o valor do salario que irei conseguir, sendo que ja fui convidado para ser Instrutor de Hardware Basico. Não tenho problema com pressao e dedicaçao para resolver um problema, por isso amo a area de Suporte, pois a adrenalina de um problema grande me mantem animado em estar nesta area e voce sempre aprende novas coisas cada dia. Quase 3 anos na Itautec, e reconhecimento praticamente 0, só cortar gastos como quase toda grande empresa, mesmo que isso corte a qualidade algumas vezes.
Minha grande duvida no momento é, será que realmente vale a pena fazer uma faculdade e continuar no Brasil ou desistir tudo aqui e começar em um país em que realmente valorizem o profissional de TI.
O mesmo serviço que eu fazia aqui no Brasil, no Canadá é pago 3x mais, a duvida é por que largar tudo e começar do zero novamente é sempre triste, mesmo pra mim que tenho apenas quase 5 anos de trabalho.
O que quero dizer sobre a disponibilidade é que se o profissional ficar 1 hora a mais para trocar ideias sobre o projeto, também não deve levar chamada por chegar algum dia atrasado. Ou seja o desgaste acumulado no decorrer dos anos vai se fazer mostrar.
O trabalho remoto deve ser considerado.
O profissional deve trabalhar em uma empresa privada não pensando em fazer concurso público. O que há de errado com as empresas privadas? Se o funcionário está estudando para concurso para uma vaga incerta, isso indica que para ele não vale a pena continuar na empresa privada. Isso é um empreendimento da parte dele.
Concordo com o Marcos Melo 100%. O que se procura é geralmente um faz tudo, com orçamento apertado, tempo apertado e no fim, salário pequeno. Não vale a pena, muitas vezes, investir na formação e cerificação, porque além de cara, sempre querem mais. Aqui em Maceió, muitos estão abandonando a área, fazendo concursos públicos diversos, além de procurar outras graduações, dentre elas, Direito. Por estar na mesma empresa há quase 10 anos e ter conseguido vaga em um outro contrato com salário compatível, eu estou mais satisfeito. Mas não significa garantia de nada. É triste mas é a mais pura realidade. Que o mercado deixe de ser hipócrita e fazer terrorismo. Que pode faltar mão de obra, pode sim, mas por pura incompetência de quem contrata e não dos profissionais. Hoje, muita coisa depende da TI, mas sempre somos tratados como o menino do computador. Sou técnico, bel em ciência da computação, especialista em redes, 17 anos de experiência e ainda me perguntam se sei instalar uma impressora ou formatar um computador, como se só servíssemos para isso. Fiz um orçamento esse ano e precisava de 10 mil reais para alguns cursos e certificação, mas cadê o dinheiro?
Bom, e falta também muita empresa que realmente reconhece e remunera bem o funcionário. Muito fácil ficar falando “falta gente, falta profissional” mas quer pagar 1,5 mil no PJotinha.
Não tem segredo: se você quer um profissional bom, seja lá em que área for, é bom pagar bem, é bom pagar de acordo. Não tem mágica.
Isso quando a empresa não vem com aquela: procura-se um programador Jr. E a remuneração é boa para um Jr.
Porém, o Jr procurado tem que dominar 2 linguagens, automatização de deploy, tuning de MySQL, 8 anos de PHP e etc.
Parei de ler no seguinte trecho “precisava encontrar os profissionais certos para desenvolver isso. Como o orçamento era baixo para um sistema complexo”, “comecei a buscar profissionais com conhecimentos avançados em PHP. Era tudo o que eu precisava”, sinto lhe informar, mas profissional capacitado não trabalha por esmola, pelo menos eu não trabalho!