Profissões de TI entre as 200 melhores e piores de 2013

O site CareerCast.com apresentou nesta semana os resultados de uma pesquisa que está sendo bastante comentada. A mesma apresenta um ranking com as 200 melhores e piores profissões disponíveis no mercado em 2013.

Apesar da lista considerar somente informações dos Estados Unidos, ela pode ser usada como uma base mundial, pois se está em alta nos EUA, provavelmente está ou estará em alta em outros países.

A pesquisa, que usou dados do Centro de Estatísticas do Trabalho e outras agências do governo americano, é baseada em quatro critérios: ambiente de trabalho, renda, estresse e perspectivas de contratação. <Saiba mais sobre a metodologia aplicada (em inglês)>

No ranking estão algumas profissões de TI. Vamos abordar, de uma forma geral, cada uma delas e incluir uma comparação de rendimentos anuais de profissionais americanos contra brasileiros.

3° – Engenheiro de Software

Dentre as profissões da área de TI mais promissoras, está a de Engenheiro de Software. Com a constante demanda por produtos de software cada vez mais sofisticados e de qualidade, o Engenheiro de Software entra em cena com seu conhecimento científico e experiência para aplicar modelos, documentações, técnicas e ferramentas da ciência da computação para a produção destes softwares, além, claro, de associar ao desenvolvimento o trabalho de gestão de processos, qualidade e equipes. De acordo com a pesquisa, nos EUA a renda média anual deste profissional gira em torno de $90 mil. No Brasil, eu estimo que gire em torno de R$ 60 mil / ano.

Se você está pensando em atuar na área de Engenharia de Software, não perca tempo e especialize-se! Aplicativos para smartphones e computação em nuvem, por exemplo, são duas áreas em franca expansão por aqui (e no mundo!), e as empresas necessitam de engenheiros capazes de atender esta demanda cada vez mais crescente.

10° – Analista de Sistemas

Não menos importante que um Engenheiro de Software, o Analista de Sistemas atua no levantamento de requisitos, análise, especificação, projeto, programação, testes, homologação, implantação e acompanhamento dos sistemas. Esta a cargo deste profissional compreender as necessidades/problemas do mundo real para então projetar soluções no mundo digital. De acordo com a pesquisa, nos EUA a renda média anual gira em torno de $80 mil, já no Brasil, eu estimo aproximadamente R$ 40 mil / ano.

No mesmo embalo do Engenheiro de Software, a profissão de Analista de Sistemas será cada vez mais requisitada para atender as demandas de software que estão por vir.

24° – Desenvolvedor Web

Mesmo estando abaixo das profissões citadas acima, pelo menos nos EUA, o profissional de Desenvolvimento Web tem uma renda média anual de $78 mil. Aqui no Brasil, minha estimativa é de no máximo R$ 40 mil. Segundo consta na pesquisa, este profissional atua na criação e manutenção de layout, navegação e interatividade de intranet e páginas na Internet, ou seja, trocando em miúdos é o profissional que trabalha com HTML, CSS, Javascript, arquitetura da informação, padrões web – nada de programação muito avançada.

38° – Programador de Computador

Segundo a pesquisa, a profissão de programador tem um índice de estresse bem baixo, o que não concordo. Geralmente são prazos curtos, pressão por qualidade e cada vez mais exigências de conhecimento, logo, o estresse é grande! Bom, nos EUA a média de renda anual de um programador chega a $73 mil, já em terras tupiniquins, pelo que acompanho no PTI e pela Internet afora, a renda anual gira em torno de R$ 30 mil. Lógico que existem os que ganham mais, mas muitos estão no patamar dos R$ 1.5 a R$ 2.5 mil.

Nas duas últimas posições citadas acima não há muito o que falar. Se há evolução nas áreas de engenharia e análise, estas profissões evoluem também. Só vale ressaltar que programador, atualmente, não é mais um mero programador de linguagem única. É necessário ter lógica impecável para rápida resolução de problemas, conhecer várias linguagens (nem que seja um pouco de cada e foco em uma / duas), gostar de lidar com regras de negócio, ter espírito de equipe, e outros.

Deixando um pouco de lado as que estão no TOP 50, acima das 100 primeiras posições temos o Técnico de Serviços de Informática (formata PC, instala drivers, troca peças e outros), em 113° lugar. Apesar de ser uma profissão essencial para “girar a roda da informática”, é um mercado bastante “prostituído”, logo, a renda por aqui não ultrapassa os R$ 30 mil anuais. Já nos EUA a média anual fica em $36 mil.

Bom, na lista não consta nenhuma profissão envolvendo infraestrutura, governança ou até mesmo segurança, o que é bem estranho. Atualmente profissionais destas áreas da TI possuem bons rendimentos e são cada vez mais requisitados por conta das mudanças quase que diárias na área de tecnologia e do crescente volume de dados das corporações.

É bom deixar claro que esta é apenas “mais uma lista”, que tem pontos dentro da realidade e outros nem tanto.

Pra você que atua numa das áreas acima, como está seu conhecimento x rendimento médio anual? O que achou da tal pesquisa?

A lista oficial, iniciando da melhor até a pior das 200 profissões, está disponível em http://www.careercast.com/jobs-rated/best-worst-jobs-2013.

Redação PTI

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4 Comentários

rui
1

brincadeira… $2.500 não chega a quatro vezes o salário mínimo….
lembro-me que em certa época cheguei a ganhar 10 salários…
pra onde vamos ?

Alexei D D Campos
3

Tenho muito o que dizer, então, pulem para as partes que acharem importantes:
Tenho dois pontos a considerar:
1- Segurança não entrou na lista por três motivos:
a) Não existe de fato segurança. Não estou falando somente de engenharia social, quando o indivíduo é levado a dar o e-mail/senha por iniciativa própria ou ainda pelo simples clique de uma “foto/video” que na verdade lhe trás um vírus. A grande maioria das máquinas do mundo usa o Windows – ao contrário de países como os EUA e a parte “rica” da Europa que usam MACintosh, um sistema muito mais eficiente e seguro por natureza – que por motivos de arquitetura e em minha opinião pessoal, incompetência da Microsoft, que nunca de fato desenvolveu nada e sim roubou ou comprou de outras empresas – pesquisem por “piratas da informática” e títulos semelhantes – são vulneráveis por natureza. Não estou levando em conta que o Windows visa atender a um grande número de plataformas e padrões de computação? NÃO! A arquitetura UNIX que originou o LINUX venho muito antes do Windows e ainda sim já era muito mais seguro e antigo que o mesmo!
B) Muito conhecimento. A segurança teria que tratar das redes de computadores, e dessa maneira levar em conta o conhecimento base das mesmas: o modelo OSI/ISO, que na verdade nunca foi adotado e ninguém nunca dominou-o por completo. Além dele, temos a pilha TCP/IP, que é o padrão das redes e da nossa INTERNET. Digo quase o mesmo: Ninguém conhece de fato o protocolo por completo. Um dos motivos é a tendência dos programadores se distanciarem cada vez mais da raíz, o código de Máquina e por que não o velhíssimo Assembly; para não ser xingado, vou falar em pelo menos uma linguagem C (Não vale C++ ou C#!) para digitar menos código e ter “produtividade”. Essa tarefa ficou a cargo do nosso querido SO, e no nosso caso, do Windows, que possui muitos problemas. Sem contar que agora tivemos uma atualização gradual do IP, que antes era o IPv4 e agora teremos o IPv6 para mudar nosso paradigma, principalmente para os desenvolvedores.
C) Muito bem. Usuário “destreinado” para não sair clicando em qualquer lugar e não dar a sua senha para ninguém e sempre clicar “sair” em lugares públicos. Desenvolvedores que não tem conhecimento real e profundo de como as redes, e principalmente, a INTERNET funciona em suas bases, o que torna segurança inexistente. Pois bem, temos ainda dois fatos: usamos antivírus que consomem quase todos os recursos da máquina, que necessita de estar sempre atualizado, exige conexão plena à INTERNET, e mesmo assim não pegam a grande parte dos vírus, pois a cada dia são criadas centenas, se não mais, de variações de um mesmo vírus e inclusive existem ferramentas para geração automática de vírus. Sem contar SPAMs, Phishing, Cavalos de Tróia, Worms, dentre outros problemas.
2- Muitas pessoas confundem TI – em inglês IT – e informática e ainda misturam eletrotécnica na jogada. IS – Information Systems – Sistemas de Informação – é uma área que abrange IT – Information Technology – Tecnologia da informação – e BM – Bussiness Management – Gerência de Negócios.
Bem, resumindo:
Informação: é algo extraído de dados, ou seja, constata-se um ou mais dados, que podem ser fatos ou ações – por exemplo, maçãs caindo – e deles se extraí uma informação, algo útil para alguém ou algo e que mais tarde será um dado para uma nova geração de informação – por exemplo, a fórmula da gravitação universal.
Tecnologia:
Computação, Informática, Elétrica, Eletroeletrônica, Química, Física, Biologia – engraçado, biologia? – Medicia, enfim, Tecnologia pode ser classificado como campo que possui conhecimentos técnicos;
Conhecimento Técnico ou técnica
Conjunto de passos ou uma “lógica” para se chegar em um ou mais objetivos, cujos resultados já foram pelo menos em grande parte estudados e previstos, e que em geral, pertence a uma casta da sociedade. Apesar de hoje termos INTERNET, muito do que as pessoas chamam de conhecimento ou técnica não é de fato, porque a mesma permite qualquer um postar qualquer coisa sem rigor e qualidade, e quando se tem uma maçã podre, a tendência é a podridão proliferar-se. É a velha história de passar a mão na cabeça e não dizer que se está errado.
IT (ou TI):
CRIA sistemas, desde a percepção de um problema, seja ele de negócios, de um mercado consumidor, ou inclusive necessidades de pesquisa. Não necessariamente usa-se de computação ou informática.
Informática:
É Informação Automática, ou seja, o USO de ferramentas para geração de informação por meio de uso de mecanismos automáticos, em geral equipamentos eletrônicos, de preferência programáveis, que é justamente a definição correta de computador.

Alexei D D Campos
4

A parte da eletrônica/eletrotécnica é que muita gente vai consertar um computador, e não sabe que quem faz técnica em infomática ou Ti ou algo similar não aprende eletrônica, ou seja, mexer com circuitos, resistores, etc. Isso é competência de alguém da eletrônica/eletrotécnica, com alguma especialização em computadores.

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