Já falei para vocês que meu primeiro contato com software livre foi no ano de 2006 com um Live CD do Ubuntu que ganhei de um amigo meu. Mas o que percebo que até agora nesses anos todos, não mudou muito foi como comercializamos produtos/serviços relacionados ao software livre.
O pessoal que está no movimento software livre está acima da média em relação aos demais usuários de informática, em relação aos conhecimentos técnicos, mas algo que vejo que ainda é falho ainda é a questão comercial, não sabemos vender nosso peixe. Não temos feeling para isso. Isso é muito prejudicial, pois temos que começar a formar além de pessoas que tenham a paixão pelo software livre, pessoas que sabem explicar numa linguagem simples como funcionam nossos aplicativos.
Ah, mais os vendedores são pernósticos, estão apenas preocupados com eles mesmos e querem nos empurrar qualquer coisa, sim, ainda existem vendedores que agem desse forma, mas os vendedores do novo milênio tem um foco totalmente diferente, que é buscar soluções ao cliente. Na venda moderna, o vendedor é o que menos fala, ouvi atentamente o cliente e depois apresenta a solução que se adequá ao bolso e a ocasião. Para mudar essa visão, sugiro que faça cursos de vendas, cursos de oratória, de teatro para amadores, pois muitas pessoas no movimentos são excelentes programadores, mas não sabem falar em público.
Muitos vão dizer que o cliente quer qualidade, claro que o cliente quer qualidade, mas temos que pensar em formas de dizer a ele que temos um produto melhor que o do concorrente e não fazemos isso da forma correta. Atacamos a Microsoft parecendo político em período de campanha, ou seja, atacando o candidato oponente e este ato não passa credibilidade para nós. O pessoal da Microsoft, Adobe, Corel e outras, sequer eles falam da gente, apenas focam em vender seus produtos (devem ter uma lábia muito boa, pois para convencer alguém a pagar R$ 550,00 por licença de software, do que usar um software que pode ser utilizado gratuitamente).
Para modificar este panorama, estava pensando em ideias de empreendimentos livres, além de realizar processos de migração, a primeira ideia seria montar uma franquia, como o Bob Blues, Contém 1 Grama, Akakia, Boticário, enfim, com produtos relacionados ao movimento (camisetas, chaveiros, mouse pad, venda de cd´s com várias versões do Linux e agregados), claro que temos isso na internet, mas além das lojas virtuais penso em montar uma cadeia de lojas, uma por estado que esteja focada na venda desse material, mesmo que não tem nada a ver com software livre, entraria em nossas lojas e levaria alguma coisa para “aquele” sobrinho aficionado em informática.
Outra ideia de empreendimento livre é criação de escolas livres, ou seja, escolas focadas totalmente em cursos de Software Livre, cursos presenciais ou na modalidade Ead (ensino à distância) ou venda de cursos em cd´s, mas juntar isso tudo num único site ou escola presencial.
Continuando, estava pensando na criação da Oficina Livre. Como será essa oficina: o empresário compra computadores usados ou aceita doações, dependendo o caso, revisa este computador, faz uma limpeza, instala aquelas versões de linux leves (como Damn Small Linux, Slax e muLinux) e os coloque para revenda, claro que, junto você pode vender um plano de assistência técnica. Falei PC´s, mas como a onda agora são os notebooks, pode ser feito a mesma coisa com eles e revendê-los com uma distribuição de Linux e vendendo o plano de assistência.
Como podemos ver, existem inúmeras possibilidades de ganhar dinheiro como software livre e não apenas lidando com migração. Claro que as possibilidades são infinitas, apenas levantei alguns pontos para o seu espírito empreendedor seja despertado e possamos cada vez mais alcançar mais usuários nas empresas e pessoas leigas.