Há alguns dias a prefeitura de São Paulo divulgou uma iniciativa que acabou chamando minha atenção. Em breve, a cidade contará com 120 pontos de acesso gratuito à rede Wi-Fi. O investimento pretende atingir as áreas onde há maior concentração de pessoas. Serão praças, terminais rodoviários, parques e, principalmente, pontos turísticos. Além disso, o projeto estima alcançar 190 mil usuários por mês.
Acredito que esse tipo de ação mostra o quanto a internet e a tecnologia móvel vem sendo incorporada no cotidiano de uma população, seja aqui no Brasil como em outros países. É um tema amplo que envolve não só questões tecnológicas, mas socioeconômicas e culturais, sem esquecer que estão relacionadas com a inclusão digital, a popularização da internet e de como a tecnologia pode ser um bem comum.
E é interessante perceber os reflexos dessas modificações através da internet. Se pensarmos em Brasil, o número de conexões cresceu consideravelmente em seis anos, segundo estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De 2005 a 2011, o acesso à web cresceu 143,8% entre os habitantes.
Segundo pesquisa feita pela consultoria IDC, em 2017, o total de conexões por banda larga fixa e móvel no país chegará a 42,61 milhões. No ano passado, esses números foram de 25,82 milhões de acessos. E de acordo com o instituto de pesquisa norte-americano ComScore, estamos em quinto lugar no ranking mundial de participação na internet, perdendo apenas para China, Estados Unidos, Japão e Índia. E tudo indica que, em breve, estaremos entre os três primeiros.
Outro dado que merece ser citado é o da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que divulgou que o número de celulares ultrapassou o número total de habitantes no Brasil, representando mais de 264 milhões de aparelhos.
Diante desses números positivos do setor, as empresas de telefonia móvel e fixa também estão vislumbrando ótimas chances de negócio. Impulsionadas pela presença cada vez maior de smartphones e tablets entre os brasileiros, a expectativa é que a contratação por serviços de banda larga fixa, 3G e da entrada recente do 4G, aumente e muito o número de acessos.
É visível que estamos presenciando transformações nas tecnologias, no mercado de trabalho, na educação, no consumo e, sobretudo no aumento da renda. O desafio da inclusão digital é grande, ainda mais quando temos realidades sociais e econômicas tão distintas. Por mais que tenhamos essa disparidade, a ampliação do acesso à web é uma tendência irreversível que já é bem-vinda para o desenvolvimento do país.
Na década de 90, os primeiros passos da internet no Brasil foram lentos, mas com o tempo ganharam força. Deixou de ser um privilégio das universidades e de órgãos governamentais para chegar a população. Hoje conseguimos fazer inúmeras tarefas pela web como pagar contas pelo computador ou celular, falar com pessoas que estão do outro lado do mundo, fazer reuniões por videoconferência, ter notícias em poucos segundos, escutar música e até estudar.
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Parabéns pelo artigo, muito bom.