As alternativas são diversas, mas proponho concentrarmos esta análise em duas opções que possuem maiores fatias do mercado nacional:
- Magento, que é a plataforma de e-commerce open source mais utilizada no mundo.
- Plataformas proprietárias, que são softwares desenvolvidos por agências ou empresas especializadas e não possuem seu código-fonte aberto ao grande público.
Qual é a melhor opção? Já trabalhei com ambas e posso afirmar que se alguém já te respondeu esta pergunta de bate-pronto sem ao menos analisar as variáveis abaixo, a chance de erro é significativa. Entenda:
1. Equipe
Magento possui uma grande possibilidade e liberdade de implementação, a quantidade de módulos (pagos e gratuitos) é enorme, além do apoio da maior comunidade de e-commerce do mundo. Mas quanto maiores forem as possibilidades, maior o risco se a equipe não possuir o conhecimento técnico adequado. Quando falamos em conhecimento técnico, entende-se noções de HTML, design gráfico, SEO e os principais, vontade, curiosidade e capacidade de aprender. A instalação de um módulo de forma equivocada pode ser algo irreversível, já que nem sempre a restauração do backup é uma opção. Se este não é o perfil de sua equipe, considere investir em uma plataforma proprietária que, aliada a uma boa qualidade de atendimento da empresa responsável, pode ser a melhor escolha.
2. Vulnerabilidades
Existe um mito que o Magento, por ser open source, é uma plataforma mais vulnerável que as demais. A grande realidade é que todo e-commerce, se ainda não foi, será alvo de tentativas de ataques. O diferencial neste caso será a qualificação da empresa que irá monitorar seu servidor, do time de TI que desenvolveu sua integração com operadoras e bancos, além das atualizações constantes no core da sua plataforma. A qualidade da sua própria equipe também é importante, já que muitas vulnerabilidades são causadas por descuidos dos que possuem acesso à administração da loja. Não pense que a contratação de selos “mágicos” que o mercado oferece irá blindar totalmente seu e-commerce, em muitos casos eles apenas servem de enfeite para o rodapé do site.
3. Hospedagem
É impressionante o que um hosting configurado pensando em uma plataforma específica pode fazer no desempenho de uma loja. Neste sentido o Magento possui um programa de Hosting Partners, que são servidores certificados. No Brasil ainda não temos nenhuma opção certificada, e mesmo com o dólar acima dos R$ 3,00, quando o assunto é performance, o resultado obtido em empresas como Nexcess e MageMojo, por exemplo, é surpreendente. Já as plataformas proprietárias possuem uma maior quantidade de opções de hospedagens nacionais, mas nem sempre os servidores são configurados de forma a extrair o melhor de cada ambiente. Evidentemente este mercado evolui a cada dia, além de haver sempre exceções.
4. Agência Digital
Tão importante quanto equipe, hospedagem e tratamento de vulnerabilidades é a escolha de um parceiro adequado ao momento da sua empresa. Existem agências para cada etapa do grau de maturidade do seu negócio. Pelo Magento ser uma plataforma open source, o número de agências “especializadas” é grande. Neste caso é importante avaliar a qualificação do time de TI e claro, o portfólio da agência. Com as empresas que possuem plataforma própria, é importante estar atento ao quão consolidado o software está, quantos clientes utilizam a mesma solução e qual é a curva de aprendizado para sua equipe aprender a trabalhar com o sistema. Em ambos os casos, é fundamental a transparência na relação cliente/ fornecedor. Informe-se sobre como a agência enxerga os pontos que abordamos. Estabeleça e negocie as “regras do jogo” previamente, entenda as suas limitações com relação a plataforma.
Toda a plataforma de e-commerce possui pontos fortes e fracos. Entenda primeiro sua realidade atual para depois entender em qual realidade você se encaixa. Acredite, são universos totalmente distintos, o melhor para um determinado lojista nem sempre é o melhor pra você.