Neste artigo compartilharei alguns dos pontos positivos e negativos ao trabalhar na TI de um órgão público. De início, ressalto que essas são minhas percepções e refletem experiências pessoais. Suas experiências, expectativas e valores podem ser completamente diferentes dos meus, portanto, faça a leitura com isso em mente. 🙂
Já passei pela Dataprev (apenas um mês), pelo Serpro (por nove meses) e estou no TRT do Ceará desde janeiro de 2010. A Dataprev e o Serpro possuem a TI como área fim, ou seja, a TI é o negócio principal da empresa. Além disso, Dataprev e Serpro são empresas públicas e a contratação é regida pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas, com carteira assinada e FGTS, como na iniciativa privada). No TRT, a TI é uma área meio da organização, ou seja, ainda que estratégica, a TI serve como um meio para o “negócio” principal do órgão, que é julgar causas trabalhistas. Nos Tribunais e nos órgãos de regime estatutário, a contratação é regida pela Lei 8.112 ou por leis estaduais (sem carteira assinada e sem FGTS).
Em órgãos onde a TI é área fim, como Serpro e Dataprev, analistas e técnicos de TI são o centro da festa: eles geram valor ao negócio. Além disso, os ambientes tendem a ser mais informais. Como exemplo, o pessoal da Dataprev pode trabalhar de bermuda e o ambiente de trabalho do Serpro é extremamente animado e efervescente. Como provedores de soluções de TI para outros órgãos, a gama de projetos e tecnologias com as quais podemos ter contato é vasta, havendo uma “relativa” possibilidade de “migração” para áreas que mais lhe interessam. As novas tecnologias e metodologias de gestão também possuem uma absorção mais rápida nessas organizações.
Já em órgãos onde a TI é área meio, como TRTs, TREs, Receita Federal, Sefaz, Senado, Câmara, etc, os servidores da TI sustentam e desenvolvem soluções que suportam o negócio principal do órgão público: o foco final sempre será no negócio da organização. Isso quer dizer que a TI é jogada pra escanteio? Claro que não! Há uma tendência geral para que as áreas de Tecnologia da Informação dos órgãos sejam tratadas como estratégicas, em alguns casos, com submissão funcional diretamente à presidência (caso do TRT Ceará). Como área meio, o ambiente de trabalho tende a ser mais formal. Dependendo de seu cargo ou necessidade de interação com “autoridades”, seu vocábulo e vestimentas deverão ser mais rígidos, com uso de pronomes de tratamento específicos (ex: excelentíssimo, doutor, …) ou roupas mais engomadas (ex: roupa social ou terno), embora não haja uma regra geral e muitos colegas trabalhem com jeans e t-shirt.
Quando trabalhei na Dataprev e Serpro, a carga horária era de oito horas mais uma hora de intervalo (ex: manhã das 08:00 às 12:00, intervalos das 12:00 às 13:00, tarde das 13:00 às 17:00). No TRT e em vários órgãos do Judiciário Federal, é preciso cumprir uma jornada de trabalho de sete horas corridas, com banco de horas e flexibilidade nos horários de entrada/saída (ex: posso entrar 07:30 e sair 14:30, ou então entrar 09:00 e sair 16:00).
Na Secretaria de Tecnologia da Informação do TRT, temos três Divisões:
- Divisão de Desenvolvimento de TI (projetos de novos sistemas ou sustentação de sistemas existentes);
- Divisão de Infraestrutura de TI (redes, servidores, bancos de dados, …);
- Divisão de Relacionamento com o Cliente (central de serviços, suporte técnico, hardware, …).
As TIs dos Tribunais do Trabalho possuem estruturas “similares” à do TRT Ceará, com algumas variações. Existe um secretário de tecnologia, que atua como CIO e fica abaixo da presidência do Tribunal (ocupada por um(a) desembargador(a)). Cada divisão possui um diretor, que se reporta ao secretário de tecnologia. Abaixo de cada divisão existem setores. Como exemplo, ocupo a chefia do Setor de Projetos de Sistemas, que fica abaixo da Divisão de Desenvolvimento de Sistemas. O secretário, cada diretor e cada chefe de setor recebem gratificações específicas (quanto mais alto na hierarquia, maior a gratificação).
Em meu dia a dia na Divisão de Desenvolvimento do TRT, trabalho em projetos de sistemas e já estive envolvido nas diversas etapas de um projeto, desde o levantamento de requisitos, análise e projeto, codificação, testes, implantação, gerenciamento de projetos… Utilizamos Scrum desde o início de 2016 (atuo como Scrum Master) e temos obtido ótimos resultados, com melhoria da produtividade e aumento da satisfação da equipe. Para quem já leu o livro Scrum: a arte de fazer o dobro na meta do tempo do Jeff Sutherland ou meu material Seja Ágil Com Scrum, nossa métrica da felicidade, que indica o nível de satisfação da equipe, gira em torno de 4.1 de um máximo de 5.0, o que é ótimo!!
A seguir, listarei alguns pontos positivos e negativos sobre o trabalho na TI de um órgão público, sempre alternando-os. De verdade, acredito que não existe local de trabalho perfeito: desde o Google até o zé da esquina podem possuir méritos e deméritos. Não acredita que o Google pode possuir pontos negativos? Li há algum tempo o livro Como o Google Funciona, escrito por Eric Schmidt e Jonathan Rosenberg, dois cabeças do Google. O livro é excelente e inspirador, mas em vários momentos eles relatam como alguns Googlers (funcionários do Google) relatam como era melhor trabalhar na empresa há um tempo atrás, ou mesmo o alto nível de dedicação necessário à empresa (no livro é relatado o exemplo de uma mãe ainda amamentando e trabalhando às nove horas da noite).
Ponto positivo: Salário e carga horária melhores que médias de mercado
As médias salariais dos órgãos públicos tendem a ser maiores que as médias de mercado (não entrarei nos méritos filosóficos da questão). Média é média, portanto, existem exceções. Como exemplo, em São Paulo, imagino que essa regra não é válida, tendo em vista o mercado de TI mais valorizado e aquecido.
Não é habitual ter que trabalhar além do horário estabelecido, embora isso possa acontecer. Em algumas situações, já tive que trabalhar aos sábados/feriados ou entrar no período noturno, mas posso contar nos dedos das mãos. Das poucas vezes que ocorreu, recebi hora extra ou banco de horas adequado (multiplicado por 1.5 aos sábados e por 2.0 em domingos ou feriados).
Ponto negativo: Dificuldade para reposição inflacionária
Em alguns municípios, estados ou empresas públicas federais (ex: Serpro e Dataprev) existe uma data base anual para a recomposição inflacionária dos salários, entretanto, essa não é a realidade do serviço público federal ou de alguns municípios/estados. O que isso pode significar ? Alguns anos sem reposição inflacionária adequada e greves para forçar a negociação com o governo. Depois de anos sem reposição com taxas galopantes de inflação, são necessários reajustes maiores para a recomposição, causando uma má impressão perante os meios de comunicação e a população. O ideal é que houvesse uma data base anual em todo serviço público com a reposição, pelo menos, da inflação do período, conforme recomendado pela constituição federal.
Ponto positivo: Colegas bastante capacitados
Com os concursos cada vez mais difíceis, o nível de seus colegas de trabalho na TI será muito alto. Confessando um preconceito, antes de entrar no serviço público, eu imaginava que me depararia com muitos servidores desqualificados e desocupados na TI: não foi o que encontrei. Hoje, trabalho com muitos analistas e técnicos que eram expoentes na iniciativa privada. Mas Jonathan, isso quer dizer que 100% dos servidores são motivados e esforçados? Claro que não. Nem na iniciativa privada isso é uma realidade. Também varia muito de órgão para órgão. Nos três órgãos pelos quais passei, o pessoal da TI é extremamente capacitado.
Ponto negativo: Excesso de demandas para poucos servidores
Alguns órgãos têm sido agraciados com quantidades de servidores de Tecnologia compatíveis com seus tamanhos, entretanto, essa não é uma realidade geral, e em muitas TIs haverá um excesso de demandas para equipes enxutas, demandando que os servidores da TI desempenhem múltiplos papéis. Como exemplo, um servidor poderá estar envolvido simultaneamente em projetos e sustentação de sistemas, o que não é ideal.
Ponto positivo: Melhoria em Gestão de TI
Órgãos de controle (TCU) ou conselhos superiores (CNJ, CSJT, …) têm cobrado dos órgãos públicos definições e melhorias nos processos de gestão da TI, com adoção/formalização da governança de TI, políticas de segurança, gestão de projetos, processo de desenvolvimento, etc. Ter processos ou políticas definidos não é uma garantia de boa gestão, como bem sabemos, entretanto, é um bom início.
Ponto negativo: Nem sempre se escolhe com o que irá trabalhar
Esse é um ponto que depende da necessidade do órgão e dos cargos de TI disponíveis. Em alguns órgãos, existe um cargo para Analista de Desenvolvimento, outro para Analista de Infraestrutura, outro para Analista de Governança, ou seja, você será lotado na sua área de atuação. Já em outros locais (caso da maior parte do Judiciário Federal), existem apenas os cargos de Analista de TI e Técnico de TI. Servidores de tais cargos, em teoria, poderão ser lotados em quaisquer áreas da TI, dependendo da demanda do órgão público. Obviamente, seu background profissional será levado em consideração, mas, dependendo de sua colocação no concurso e das necessidades do órgão, você poderá ser lotado em uma área que não domina/gosta. Uma maneira de sanar essa dúvida: ao abrir um concurso, envie e-mail para o gestor da TI do órgão de seu interesse questionando sobre as necessidades existentes. Eles tendem a responder na boa.
Ponto positivo: Possibilidade de utilização de tecnologias modernas e inovação
Já trabalhei com as melhores ferramentas de Business Intelligence no serviço público (BO, Microstrategy, Powercenter, …). Também utilizamos os melhores bancos de dados do mercado. Ultimamente, tenho visto várias iniciativas utilizando Angular, React, REST, PhoneGap, embora Java Enterprise Edition ainda seja o carro chefe. Integração contínua, issue tracker, testes automatizados e gerenciamento ágil de projetos são realidade no desenvolvimento de sistemas em diversos órgãos. Falando-se em infraestrutura, podemos contar com sala cofre, ativos de rede de última geração, links de comunicação eficientes, autonomous system, etc. Obviamente, isso varia muito de órgão para órgão.
Também é possível inovar no serviço público (aquilo que o Eric Ries chama de intrapreneurship no ótimo livro A Startup Enxuta). Em 2015, tive o privilégio de liderar um projeto que recebeu menção honrosa no prêmio e-Gov de 2015, que é o prêmio de Excelência em Governo Eletrônico. No evento, pude ver projetos de órgãos públicos utilizando Geolocalização de cargas com tags RFID, projetos de BI bastante complexos, sistemas de educação admiráveis, entre outros. É possível brincar com o que há de novo no mercado e inovar, auxiliando na melhoria dos serviços públicos de nosso país.
Ponto negativo: Manutenção de sistemas legados
Embora seja possível utilizar tecnologias modernas em novos projetos, quando não é viável migrar os sistemas legados, alguém terá que mantê-los. Em alguns órgãos, prepare-se para trabalhar com algumas coisas mais antigas. Como exemplo, o SIAFI, mantido pelo Serpro, é disponibilizado em plataforma alta Mainframe (Natural + Adabas). Oracle Forms/Reports, Delphi e Clipper são algumas das tecnologias com as quais você poderá se deparar.
Ponto positivo: Seu trabalho pode impactar a sociedade
Certo dia, quando cheguei ao TRT, vi um senhor aposentado conversando com uma servidora de um setor vizinho à TI. Ele chorava pois seu processo ainda não havia sido resolvido após longos anos. Aquela cena me marcou. Meu trabalho poderá impactar a sociedade, positivamente ou negativamente. Alguns servidores públicos, com a dita estabilidade (ponto abordado ao final), acabam relaxando em sua missão principal: servir à população de um país carente. Ter nas mãos a possibilidade de melhorar a situação de nosso país através da inteligência e tecnologia é desafiador e deveria ser um valor de cada servidor público.
Ponto negativo: Burocracia
Sabemos que a burocracia é um mecanismo de controle dos órgãos públicos para evitar possíveis desvios (monetários ou não), entretanto, ainda é um ponto negativo. Quer comprar determinado software ou equipamento? Faça uma licitação ou adesão a um registro de preço. Em diversos órgãos, determinados servidores da TI tratam exclusivamente de processos de aquisição. Quer fazer o pedido de algum benefício como adição de um dependente no imposto de renda? Abra um processo administrativo. Quer fazer um curso pago? Processo de contratação, além da necessidade de verba disponível e planejamento com antecedência.
Já vi órgãos públicos com normatização de processos de trabalho operacionais pelo presidente da instituição, o que engessa completamente a possibilidade de melhoria contínua e, em minha humilde opinião, é uma péssima prática (nenhum dos órgãos pelos quais passei faz isso).
Ponto positivo: Unificação de sistemas nacionais
Um dos exemplos é o Processo Judicial Eletrônico, que foi adotado pelo Conselho Nacional de Justiça e espalha-se por todo o Poder Judiciário (Federal ou Estadual). Sistemas nacionais impedem que sistemas com propósitos semelhantes sejam desenvolvidos por múltiplos órgãos, trazendo economia aos cofres públicos. Na Justiça Eleitoral, boa parte dos sistemas já é nacional. Na Justiça do Trabalho, a unificação de sistemas já possui algumas iniciativas. Entretanto, creio que o governo ainda possui muito a evoluir. Sistemas de Material e Patrimônio, Sistemas de Processo Administrativo, Sistemas de Gestão Orçamentária, Sistemas de Pessoal são necessários em todos órgãos públicos e deveriam ser unificados, inclusive, ultrapassando as barreiras dos poderes da República. As iniciativas de unificação ainda são bastante concentradas dentro de cada poder: sistemas do judiciário, sistemas do executivo e sistemas do legislativo, enquanto existem demandas idênticas nos três poderes que poderiam ser unificadas.
Ponto negativo: Decisões políticas (nem sempre técnicas)
Nem sempre as decisões tomadas são puramente técnicas. Como, em essência, o propósito do governo não é gerar lucro (diferentemente da iniciativa privada), por vezes, há um componente “político” envolvido nas decisões: demandas de um gestor específico com mais poder na organização, decisões tomadas antes de consultar a Área de Tecnologia sobre a viabilidade, possibilidade de gestores da TI serem ocupantes exclusivamente de cargo em comissão (não ser um servidor público) são alguns exemplos.
Ponto positivo: Benefícios
Alguns órgãos possuem benefícios bastante interessantes. Como exemplo, a Dataprev possui um auxílio escolar para cada filho no valor de 1,38 salário mínio até os 18 anos (tinha gente lá com quatro filhos que não queria saber de outro trabalho). Alguns órgãos pagam adicionais por especialização, mestrado ou doutorado. No caso do TRT Ceará, o adicional é de 7.5% sobre o vencimento base para especialização, 10% para mestrado e 12.5% para doutorado. Alguns órgãos estaduais chegam a pagar de 30% até 70% de adicional por especialização, mestrado ou doutorado. Auxílio saúde, auxílio maternidade mais longo e auxílio creche são exemplos de outros benefícios que o órgão pode fornecer.
Ponto negativo: Dependência da saúde financeira do governo
Como estamos vendo no Rio de Janeiro, a saúde financeira do governo pode afetar o pagamento do salário dos servidores. Esse é um extremo. No geral, os salários não costumam atrasar, entretanto, é um risco a considerar.
Ponto positivo: Teletrabalho está chegando
No TRT Ceará, já temos dois servidores da TI na modalidade de teletrabalho. O Conselho Nacional de Justiça normatizou há pouco tempo o teletrabalho na resolução 227 de 2016. Uma das restrições imposta pelo CNJ é que o servidor não poderá estar fora do país (salva na hipótese de servidores que tenha direito à licença para acompanhar cônjuge). Também costuma-se exigir um aumento na produtividade dos servidores em teletrabalho (ex: aumento de 20% sobre a média da produtividade dos servidores presenciais). As condições variarão com as normatizações de cada órgão ou poder.
Ponto negativo: Limitação das possibilidades de atuação
Como servidor público, você não poderá exercer cargo de gerencia ou administração em uma empresa privada, entretanto, poderá possuir um segundo trabalho na iniciativa privada.
Se seu sonho é morar fora e trabalhar via teletrabalho, como mostrei no tópico anterior, existem restrições relativas a isso em alguns órgãos (caso do Poder Judiciário), então, contente-se em viajar nas férias. 🙂
Ponto neutro: Estabilidade
A estabilidade é uma faca de dois legumes :). Por um lado, é importante para impedir que um governo específico desligue servidores concursados por pura incompatibilidade ideológica. Por outro lado, a estabilidade pode gerar servidores “acomodados”, que, na prática, não serão demitidos, independentemente da produtividade. Em seu órgão, invariavelmente, você conhecerá servidores que não produzem absolutamente nada. Trato esse como ponto neutro, nem positivo nem negativo. Ainda precisamos desenvolver um mecanismo efetivo de proteção aos servidores que priorize o interesse público.
Conclusão
Espero que minha descrição tenha dado um vislumbre imparcial de como é trabalhar na TI de um órgão público e que isso possa auxiliá-lo em suas decisões profissionais. Pessoalmente, não tenho planos para sair do órgão público no qual trabalho: em meu caso, os prós são mais relevantes que os contras.
Se você tiver mais alguma dúvida, poste aqui nos comentários
Um forte abraço e até mais.
Texto publicado originalmente em meu Blog pessoal
16 Comentários
Parabéns, gostei de seus relatos com os pontos, e já tive oportunidade de atuar num orgão público municipal, pensei o mesmo antes de entrar, que veria profissionais ‘dinossauros’ rs, mas, fui surpreendido por uma equipe altamente qualificada que atendia a demanda em todos os casos (software, infra, gestão, enfim); é uma lástima as decisões políticas, com a falta de reajuste salarial; porém, a estabilidade e possibilidade de um emprego estável em uma cidade do interior (sem um mercado aquecido) além de poder trabalhar com diversas tecnologias (em meu caso acompanhei a cidade implantar fibra ótica entre os prédios municipais, foi muito bom). Concordo plenamente que tanto em órgãos públicos quanto privados, há os profissionais dedicados e os que não estão nem ai. Parabéns por suas conquistas. Abraço
Muito interessante o seu relato! Eu também acredito neste ponto:
“…missão principal: servir à população de um país carente. Ter nas mãos a possibilidade de melhorar a situação de nosso país através da inteligência e tecnologia é desafiador e deveria ser um valor de cada servidor público.”
Parabéns pelo artigo e pela trajetória.
Jonathan, parabéns pelo seu artigo!
Realmente muito interessante, coeso e objetivo. Não costumo postar comentários, mas o seu artigo valeu o esforço!
Muitas dúvidas que sempre tive sobre a TI em órgãos públicos você abordou.
Aguardando os próximos posts…
Att.
Bruno
Parabéns pelo excelente texto Jonathan! Tb sou servidor entretanto municipal, acredito que as coisas são mais politicas mesmo, e vejo muitos desdobramentos dos itens abordados por você, por aqui também. Estou finalizando Arquitetura/Urbanismo e trabalho com TI/Geomática, desde 1995.
Redundante dizer da expressiva necessidade da TI em meio público, entretanto me deixa muito decepcionado o quão relegado e a merce de politicas equivocadas, fica nosso setor.
Grande Abraço, Felicidades.
Carlos Eduardo
Obrigado pelo feedback, nobres colegas.
Abraços e até mais.
Começo agradecendo o ótimo post que o nobre colega desenvolveu e concluiu de maneira ímpar, esgotando minhas finitas possibilidades de dúvidas quanto à sair do Militarimos e realizar meu inicio de carreira, caso seja chamado, Dataprev, empresa pública à qual prestei concurso (2016) e fui classificado.
Aguardo ansioso pelos próximos posts. Obrigado por compartilhar.
Olá, Jonathan. Quero parabenizá-lo e, ao mesmo tempo, agradecer pelo post. Estou em processo de migração da iniciativa privada para o serviço público e, logicamente, muitas dúvidas surgem nesse momento. Graças aos seus comentários e à exposição dos seus pontos de vista (que você fez questão de deixar claro serem pessoais), pude esclarecer várias dessas dúvidas e ter a certeza de que estou trilhando um caminho nem mais fácil nem mais difícil do que o atual mas que, com certeza, é o melhor para o meu momento pessoal e para o momento de incertezas que nosso país atravessa. Muito obrigado, e grande abraço!
Parabéns pelo texto Jonathan! Consegui sanar várias dúvidas, bem como enriqueceu minha tomada de decisão. Poderia compartilhar um pouco sobre o quão “árduo” foi estudar e ser aprovado em concursos na área de TI? Obrigado!
Olá, Ricardo. Obrigado.
Acabei de publicar aqui no PTI o artigo “Concursos de TI – 18 estratégias para a aprovação”:
https://www.profissionaisti.com.br/2017/02/concursos-de-ti-18-estrategias-para-a-aprovacao/
Acho que vai responder à sua pergunta.
Abraços e até mais.
Muito bom, Jonathan.
Apenas para acrescentar, a realidade mostrada no seu artigo aplica-se aos órgãos da esfera judiciária e de empresas públicas. O que ocorre na esfera executiva , quanto aos pontos enumerados, posso afirmar que não vejo nenhum ponto positivo, à exceção das agências reguladoras, nas quais a remuneração inicial é a melhor dentro do domínio do Executivo. A realidade no Judiciário e Legislativo é outra, muito mais atraente e convidativa, assim como nas empresas públicas, também as condições são melhores que no Executivo.
Sucesso para você!
Eu só trabalhei como estagiário em órgão público, mais especificamente no Ministério Público do Estado. Eu era louco para entrar para a área da TI do órgão. Eu ficava fascinado quando via os sistemas, a rede interna, a sala da DTI. Era na época de ensino médio, e que eu era fascinado por tecnologia, por linux, pelo livro Universidade Hacker, chegando até a invadir a folha de pagamento online acessando o cadastro individual e vendo os salários de várias pessoas.
O que observei é que a área da TI no executivo ficava a mercê dentro das instituições. No legislativo era um meio termo, e o que mais via era servidor parado. No judiciário percebi que trabalhavam muito, porém ganhavam até bem e eram bem almejados. O judiciário é o melhor para a TI, na minha observação. Sem contar no alto know-how dos caras do judiciário, incomparável com as outras esferas. Apenas os caras dos MP e TCE chegam perto do judiciário.
Prezados,
Concordo com vocês. Pelo que já pude observar, a realidade do Executivo tende a ser bem mais precária que a do Legislativo e do Judiciário. É uma pena, pois é um dos poderes que está em maior contato com o dia a dia da população.
Obrigado por compartilharem suas experiências.
Abraços e até mais.
Olá Jonathan descobri seu site a pouco tempo estou gostando muito do conteúdo e me encontrei porque tenho a meta de trabalhar no T.I na área Pública gostei muito dos seus relatos, enfim gostaria de saber se existe algum artigo específico no site que de dicas de quem começar com este projeto eu tenho dois anos e meio na área de t.i tenho vinte anos e curso S.I, porém meu sonho é ser analista de infraestrutura voc~e tem alguma dica?
Obg desde já.
Olá, Caio.
Dá uma olhada nesse outro artigo que publiquei aqui no Profissionais TI:
https://www.profissionaisti.com.br/2017/02/concursos-de-ti-18-estrategias-para-a-aprovacao/
Vai te ajudar.
Abraços.
Olá Jonathan, meu nome é Alex , trabalho no Serpro e concordo com as suas palavras com relação a Ti nos órgãos públicos. Coincidência rapaz você ter trabalhado no Serpro, eu fiz esse último concurso do TRT do Ceará fui aprovado, estou em terceiro lugar, porém ainda vai ser homologado até o fim do ano, e aí estão precisando de muita gente? Será que as convocações serão logo kkkk. Vamos ver se trabalhamos na mesma equipe. Deus o abençoe!
Sou do suporte técnico do TRF de São Paulo a 20 anos, e posso afirmar que as decisões são políticas, sim, conforme você disse. Quando são feitas as licitações de equipamentos, nós, servidores não somos sequer consultados sobre especificações técnicas, ou quando somos, nossas opiniões são descartadas e acabam comprando pelo menor preço, que nem sempre é o equipamento adequado. Na abertura de chamados, por exemplo, vejo das varas que dão carteiradas e acham que mandam mais que o magistrado. Dizem “o dr quer que venham ver o micro dele agora” e quando chegamos no setor, o magistrado está de férias ou nem sabe que foi aberto um chamado para verificação. Mas enfim, são “ossos do ofício”, meu caro.