Compartilhar conhecimento tem, entre diversos benefícios, o poder de criar uma marca pessoal para você e lhe abrir muitas portas.
Tudo o que vemos de informação e consumimos diariamente é feito por pessoas, com pessoas e para pessoas. E você já parou para pensar na quantidade de coisas que já aprendeu e que poderia compartilhar com outras pessoas para que elas também aprendam?
Os autores Nonaka e Takeuchi, em seu livro “Criação de Conhecimento na Empresa”, classificaram dois tipos de conhecimentos – o conhecimento tácito ou inconsciente, e o conhecimento explícito. Eles exemplificam que o conhecimento advindo da experiência tende a ser tácito, físico e subjetivo, e que o conhecimento da racionalidade tem propensão a ser explícito, metafísico e objetivo.
Conhecimento tácito é aquele que o indivíduo adquiriu ao longo da vida, que está na cabeça das pessoas. Geralmente é difícil de ser formalizado ou explicado a outra pessoa, pois é subjetivo e inerente às habilidades de uma pessoa, como “know-how”.
Conhecimento explícito é aquele formal, claro, regrado, fácil de ser comunicado. Pode ser formalizado em textos, desenhos, diagramas, etc, assim como guardado em bases de dados ou publicações.
Todo o conteúdo que é criado diariamente e chega até você por meio das redes sociais, e-mail, grupos de WhatsApp e entre outras formas, é compartilhado por alguém para que você possa ficar informado e adquira mais conhecimento.
Obviamente eu devo alertar que ao mesmo tempo que isso é maravilhoso, também pode ser considerado um risco. Se qualquer um pode ensinar, então quer dizer que devemos ter cuidado ao selecionar quais fontes iremos reter conhecimento para não estarmos aprendendo algo que não tem veracidade nas informações que apresenta.
Dito isso, volto a ideia do primeiro parágrafo… Quantas coisas você tem em mente graças a sua vivência que poderiam ser compartilhadas para outras pessoas?
Seja criativo para pensar em como levar para frente o seu conhecimento, por menor que seja. Basta ser original e não tentar parecer o que você não é, ou seja, não tentar parecer um especialista ou guru que possui a receita para o sucesso. Mas um aprendiz que, junto com o leitor, está tentando buscar o seu lugar no mundo e aproveita para compartilhar os momentos bons e os momentos difíceis que encontra pelo caminho.
E quanto mais você ensinar, mesmo que não tente isso, será natural você começar a ser visto como um especialista. Bacana, não?
Algumas pessoas julgam que precisam compartilhar o que sabem de maneira formal, organizando workshops ou dando palestras. Talvez reunindo o conhecimento de anos em um livro ou qualquer outro material grande e extenso.
Claro que isso é válido, totalmente válido e tem meu voto de confiança que gostaria de compartilhar conhecimento dessa forma. Mas a essência de compartilhar é muito mais simples e fácil do que isso.
Coloque o texto no ar e peça para algumas pessoas próximas irem ajudando você a melhorá-lo. Verá que com o tempo você começará a ter pessoas lendo os textos e ficando ansiosas por saber quais novidades você tem para compartilhar.
Já comentei em outros artigos que eu comecei a escrever muito cedo e meus primeiros blogs (bem feinhos) tinham bastante personalidade nos textos, mesmo que fossem escritos de maneira mais simplória e sem muito jeito.
Quanto mais tentava ensinar, mais aprendia! Por isso que nunca parei. O aprendizado e retorno que tive, em networking, por exemplo, compensaram com lucros altos o tempo que investi nisso.
Aproveite a era do conhecimento e das redes sociais para formar em você uma referência que as pessoas buscam para determinado assunto e construa isso aos poucos, tijolo a tijolo, compartilhando o que você sabe.
Pense nisso!
2 Comentários
Parabéns William pelo artigo muito interessante.
Excelente texto!!!