Aprenda a cuidar da saúde do seu projeto com Gerenciamento de Valor Agregado

O artigo desta semana reforça a importância dos indicadores de valor agregado no projeto sobre como avaliar a saúde do projeto, quais os principais indicadores, como a Linha de Base (Baseline) é usada no GVA (Gerenciamento de Valor Agregado) e sua principal aplicabilidade.

É importante destacar que o Valor Agregado ajuda-nos a respondermos as seguintes a perguntas:

  • Observando a quantidade de trabalho concluída até agora, quanto dinheiro nós já gastamos?
  • Conseguiremos terminar o projeto dentro do prazo?
  • Diante de minhas restrições, qual meu índice de desempenho preciso aplicar para concluir o projeto?

O que é o GVA (Gerenciamento de valor agregado)?

A Gestão de Valor Agregado (GVA) é considerada como um dos principais melhores métricas para analisar a evolução dos custos e prazos de um projeto devido à sua eficiência. Ela realiza a integração de escopo e tempo (Cronograma) e os principais recursos para medir o desempenho e o progresso do que foi planejado (lembrando que o planejado é a a estimativa de progresso representado na linha de base (baseline) do projeto, que neste caso são as linhas de base de tempo (cronograma) e custo.

De acordo com o PMBoK Guide (Project Management Body of knowledge) do PMI, o desempenho do custo é mensurado a partir da comparação entre o valor agregado e o custo real. Já o progresso de tempo (cronograma) compara o valor agregado com o valor planejado. 

Mas afinal, O que é Valor Agregado?

Valor agregado é o valor orçado para realizar o trabalho requerido pelo projeto em um tempo determinado.

Como interpretar o Valor agregado?

Apesar de existir vários indicadores para medição do projeto a (GVA) utiliza 3 principais indicadores para monitorar a eficiência de forma contínua:

Valor planejado (PV)Também conhecido pelo acrônimo VP (custo orçado do trabalho agendado).

  • Este é o custo orçado (ou de linha de base) das tarefas estimadas no início do plano do projeto, com base nos custos dos recursos atribuídos a essas tarefas, além de quaisquer custos fixos associados a elas, até a data de status que você escolher.
  • Por exemplo, o orçamento total planejado para uma tarefa de 4 dias é de $100, começando em uma segunda-feira. Se você definir a data de status para a quarta-feira seguinte, verá que o valor planejado é de $75. No entanto, com esse valor, não há como saber até que ponto o projeto está dando certo.

Custo Real (AC) Também conhecido pelo acrônimo CR.

  • Este é o custo real necessário para concluir todas as tarefas, ou uma parte delas, até a data de status. Por exemplo, se a tarefa de 4 dias acabar resultando em um custo total de $35 durante cada um dos dois primeiros dias, o custo real desse período será de $70 (embora o valor planejado ainda seja de $75).
  • No entanto, com esse valor, não há como saber até que ponto o projeto está dando certo. Por exemplo, se você planejou concluir uma parcela muito maior do trabalho com os mesmos $70, esse cenário não parece nada bom. Você precisa conhecer o valor agregado para avaliar completamente a eficácia e saúde do seu projeto.

Valor Agregado (EV)  Também conhecido pelo acrônimo VA

  • Este é o valor do trabalho realizado até a data de status, medido com base na moeda.
  • Por exemplo, se depois de 2 dias 60% do trabalho em uma tarefa tiverem sido concluídos, a expectativa é de que você tenha gasto 60 % do orçamento total da tarefa, ou $60. Se você acabar descobrindo que gastou $80, é possível dizer com segurança que o orçamento estourou, e a tarefa está atrasada.

A partir dessas informações é possível calcular as projeções, ou seja, as tendências do projeto, as variações, que indicam a relação entre o que foi planejado e o realizado, e os índices de desempenho do custo e tempo do projeto.

O GVA também indica a previsão de término do projeto e as suas variações de tempo e orçamento, projetando também as estimativas para o fim das atividades. Desta forma, é possível comparar o que foi realizado com o previsto inicialmente. Lembrando que o que foi previsto inicialmente está na linha de base (Baseline)

Linhas base (Baseline)

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O GVA tem como base para avalição e medição do projeto a Baseline (Linha de Base) da tríplice restrição conforme abordado no artigo Entenda o que é uma Baseline e sua importância nos projetos. A partir destas linhas de base, acompanha-se a evolução do projeto e sempre comparando o que foi planejado com o já realizado. Através desta verificação constante podemos identificar e controlar eventuais desvios entre o previsto e o realizado e, caso necessário, tomar as ações cabíveis para correção, reparação ou ações para recuperação do desvio no projeto.

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Principais siglas e fórmulas para o gerenciamento do valor agregado

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Conclusão

A Gestão do Valor Agregado tem extrema importância no projeto, seja para controlar os desvios ou até mesmo adaptar-se a mudança. Uma gestão eficaz deve ser estratégica e com uma base sólida de acompanhamento do desempenho dos projetos desde sua fase inicial de planejamento até seu encerramento, aprendendo com os erros e melhores práticas.

É importante salientar que o projeto além de ser justificável para execução, este precisa se manter viável e justificável durante todo o ciclo de vida do projeto, e o gerenciamento do valor agregado é a ferramenta certa para diagnosticar a saúde do projeto.

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Flávio Costa

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Especialista em projetos de tecnologias com mais de 20 anos de experiência desde desenvolvimento de software, gestão de portfólios, programas e projetos, construção e formação de equipes de auto desempenho e transformação ágil.

Possuo mais de 30 certificações internacionais como especialista em gestão de projetos tradicionais, gestão de produtos, abordagens ágeis e negociação de diversas instituições renomadas como: Axelos, Project Management Institute (PMI), Scrum.Org e ScrumAlliance.

Responsável por liderar times na implantação de grandes projetos nos segmentos de comércio, varejo, engenharia, segurança pública e estatísticas geográficas sempre com foco no relacionamento interpessoal, gestão de mudança com alto valor estratégico.

Responsável também por liderar diversas iniciativas ágeis, desde preparação de produtos, construção de times e evangelização cultural ágil.

Possuo fortes habilidades softskills para negociação e influência que me permite atingir altos resultados e superar expectativas que não seriam possíveis sem o engajamento adequado do envolvidos de forma direta ou indireta quanto aos resultados dos projetos.

Atualmente sou Mentor pelo Project Management Institute (PMI) em gerenciamento de projetos e Mentor de negócios junto ao instituto Semear com o programa pontapé empreendedor que tem como propósito auxiliar jovens durante a construção de seus projetos, ajudando-os a dar os primeiros passos rumo a se tornar um negócio social, ong, empreendimento ou startup.

Competências complementares: Liderança e formação de equipes, técnicas de negociação, gestão de mudança transformacional, construção e manutenção de PMO tradicional, facilidor em transformação organização ágil (Business Agility) com utilização e experimentação de diversas abordagens ágeis como: Scrum, Kanban, eXtreme Programing (XP) e Feature Driven-Development (FDD).

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