Aí, no dia da prova, você está tranquilo, afinal, planejou (quase) tudo… Levanta do sono dos justos, toma um banho quente, derruba aquele café-da-manhã revigorante, separa as anotações para a revisão de última hora, pega o carro e sai de casa para a prova com antecedência. Nada pode detê-lo!
Lá está o local da prova como previsto, então você começa a procurar um bom lugar para estacionar. Passa um quarteirão e nada… Dois e nada… Três, quatro… Chega enfim a uma rua estranha (ainda mais se você for mulher…) e fica com medo de parar. Logo à frente, depara-se com um flanelinha mal encarado querendo dinheiro adiantado… De repente, você se dá conta de que relegou mais uma vez esse aspecto importante em seu planejamento, e o desespero começar bater…
Rolou alguma identificação? Está se perguntando como eu descrevi tão bem a situação? Porque aconteceu com a minha esposa! Meu telefone tocou perto da hora da prova com ela nessa situação, e depois de um certo momento de pânico, Graças a Deus, conseguimos contornar. Só que o psicológico dela já tinha ido para o espaço! O resultado, como devem ter imaginado, não foi muito legal…
Embora não lembre de ter acontecido exatamente da mesma forma comigo em minha época de concurseiro, lembro por outro lado de ter presenciado várias cenas cômicas, para não dizer trágicas. Quando chegava perto da hora dos portões fecharem, era gente estacionando carro de qualquer jeito, fechando outros carros, subindo a calçada, subindo canteiros, tapando garagem… Já vi até casos de o cidadão deixar o carro praticamente no meio da rua e jogar a chave para o “flanelinha”, enquanto corria pra chegar no portão!
Fora as confusões, não podemos esquecer que o carro é um dos bens materiais mais valiosos que uma família de classe média-baixa possui. Não dá para deixá-lo exposto dessa forma e achar que vai ficar tudo bem. Qualquer multa são dezenas de reais; qualquer dano são centenas de reais; e quem disse mesmo que aquele cara era realmente um flanelinha? E se ele pegar teu carro e sair aterrorizando por aí, ou mesmo nunca mais voltar?
– Ah, Walter, mas aí você está está sendo muito dramático!
Pessoal, eu não sei vocês, mas nesses eu prefiro a arriscar. E é justamente para quem não está disposto a se arriscar como eu que eu resolvi escrever este post em uma tarde de domingo.
Primeiro de tudo, para não termos problemas no dia da prova, não é necessário termos um “Plano Complexo”. Basta elaborarmos um tutorial com algumas possibilidades das quais você disporá (ou não) no dia da prova. Seguem algumas:
- Usar o trasporte público;
- Ir sozinho de carro;
- Alguém ir te deixar de carro;
- Chamar um táxi;
- Pagar um Uber/Cabify/99 (doravante chamados genericamente de uber)
Vamos avaliar cada uma delas:
1 – Transporte Público: Aqui você tem que tomar extremo cuidado, pois, como sabemos, os atrasos são rotineiros, principalmente quando se trata de ônibus. Mesmo no metrô, você pode correr o risco de ser pego em alguma paralisação técnica e acabar ficando na mão no meio do nada. Então, se possível, não dê preferência a essa opção, pelo menos no dia da prova. E se não tiver outro jeito ($), redobrar o planejamento para sair com bastante antecedência;
2 – Ir sozinho de carro: A não ser que você conheça bem o local da prova e saiba que, mesmo em dia de concurso, estacionar por lá é tranquilo, desencorajo fortemente essa opção. Senão, você pode acabar caindo na cilada descrita no início do post;
3 – Alguém ir te deixar: Essa sem dúvida é melhor de todas, disparado! Pode ser alguém da sua família, no caso de um concurso ser na sua própria cidade. Ou pode ser um colega, no caso de você está em outra cidade. Apesar de ser a melhor, nem sempre é possível. Para você que estranhou porque eu não fui deixar minha esposa no episódio do começo do post, aproveito o ensejo para explicar que a prova era muito cedo, e eu tive que ficar com as crianças que ainda não haviam acordado. Ou seja, a vida nem sempre é do jeito que a gente quer;
4 – Ir de táxi: Essa aqui pode parece tranquila, mas, às vezes, se não planejada, pode virar uma dor-de-cabeça daquelas. Claro que não são todos os taxistas, mas não é mais novidade os relatos sobre truculência, falta de troco, rotas mais distantes que as realmente necessárias, cobranças surpresa (bandeira 2 a qualquer hora, excesso de bagagem, etc). Fora isso tudo, em algumas cidades como Brasília, se você não tiver o telefone de um RadioTtáxi, ou estiver perto de um dos pontos fixos, é praticamente impossível você conseguir um táxi no meio da rua, mesmo em avenidas movimentadas. Algumas dicas para quem escolher essa opção. (a) tenha um taxista “brother”, aquele para quem você entrega todas as melhores corridas (aeroporto), e, em compensação, ele não enche teu saco com mesquinharia (eu tenho o meu); (b) tenha sempre o telefone do Rádio Táxi local à mão (motivo já explicado); (c) use o serviço 99taxi/EasyTaxi (verifique se o serviço existe na localidade);
5 – Uber: Por fim, o serviço que tem se mostrado a salvação dos concurseiros (não sei até quando…), ainda mais na versão uberX. Todo concurseiro normalmente tem um smartphone, e aí “voilà”! . É ativar o GPS e solicitar e chamar um carro, o qual chegará em poucos minutos e terá o trajeto monitorado em sua tela. Em sua versão uberX, a corrida (normalmente) sai muito barata e com os seguintes destaques: mínimo de necessidade de interação com o motorista (existem regras rígida, sobretudo se a passageira for mulher); cobrança pelo cartão crédito cadastrado (tem que ser internacional), o recibo vai o seu e-mail; possibilidade de rachar o valor com os outros concurseiros (normalmente até 4 passageiros); avaliação do motorista (creio que trogloditas não sobrevivam muito tempo); o motorista não sabe previamente seu destino, assim não pode recusá-lo por esse motivo; ; balinhas, água, spotify… Melhor impossível, não é? Mas como nem tudo são flores… Cuidados necessários: risco de não haver uberX no horário (não dá pra agendar), sugestão pegar qualquer outro Uber mesmo (Black, Bag, etc); se for um dia muito solicitado, a corrida pode não sair tão mais barata que o táxi; poucas cidades no Brasil oferecem o serviço; você precisa ter um cartão internacional; você também é avaliado e, com o tempo, os motoristas podem não querer pegar sua corrida (então, nada de querer dar uma de esperto).
Bom, pessoal, depois dessa explanação toda, você não tem mais desculpa para chegar em cima da hora (ou atrasado) para a prova. É só se planejar! A minha indicação é que você tente as opções (3), (5) e (4), nesta ordem. É contingência mais do que suficiente para não passar aperto e preservar a paz de espírito até o começo da prova.
Gostaram do Artigo? Possui alguma dica complementar? Que tal compartilhar conosco nos comentários?
Bons Estudos!
1 Comentários
Muito verdadeiro, domingo passado realizei uma prova em Curitiba na qual minha esposa fez em um lugar a 3km do meu local. Primeiro que tava um trânsito infernal, segundo que estacionei a 800 metros do meu local numa rua afastada onde o ser vivo mais presente era um cachorro. Porém na frente do local de prova se a guarda municipal estivesse, tinha feito a festa, pois tinham uns 50 carros na faixa amarela.