Feliz ano novo PTIs!
Há cerca de 1 ano atrás, publiquei minha primeira contribuição ao ProfissionaisTI: Desenvolvendo web com software livre.
Hoje, quero expor para vocês o que mudou no meu ambiente profissional e também pessoal. E quem sabe, motivar você à ingressar no mundo Linux também?!
Padrões e Open Source
Continuo adepto aos padrões Web e ao Open Source, embora compreenda atitudes como a do Gnome em reprovamento ao GNU e vibre com os deslizes da Microsoft perante o Software Livre. Mas obtive algumas conclusões boas e ruins mediante o Software Livre, e uma delas foi: Se você tem algo muito específico, não há nada de mau em ser proprietário.
Apóio incondicionalmente o uso de HTML5, e ainda não tive motivos suficientes para apoiar tecnologias como Flash e Silverlight. Continuo com a idéia de que pode-se reproduzir (algumas coisas) com Javascript – ainda mais agora com o advento das tags audio e video.
Em relação a distribuição Linux, profissionalmente utilizo Slackware e para uso pessoal estou testando o Arch (mas ainda não tenho conclusões para apresentar sobre o último).
Navegador
Entrei na onda “sorry Firefox” e passei a usar o Google Chrome. Temos que admitir que ele é muito mais ágil que o FF, e as “ferramentas para desenvolvedores” substituem o Firebug sem muito esforço.
A carência de plugins para o Chrome é algo que deve ser levado em consideração. Mas acredito que rapidamente o seu repositório estará rico o suficiente para pelo menos chamar a atenção.
Banco de Dados
Continuo usuário do MySQL, embora em projetos menores tenha passado a adotar o SQLite.
Em relação a database, é válido informar que passei a ser um usuário incondicional de ORM. No meu caso, utilizo a ORM do Django, garantindo independência do SGBD que eu vá usar.
Linguagem de Programação
Em se tratando de client-side, troquei a Mootools pela jQuery (embora viva tentado a usar a primeira) e passei a utilizar a Blueprint para facilitar o meu trabalho com CSS.
Já no lado servidor, adotei incondicionalmente o Python e virei fã assíduo. Para Web utilizo o Django… como já fazia antes, embora tenha me aventurado pelos lados do PHP através da framework Akelos.
IDE/RAD
Talvez nesse quesito que a mudança tenha sido mais profunda.
Na primeira parte deste artigo, menciono a utilização de Eclipse. Neste outro artigo, encorajo o leitor a utilizar editores mais simples, que não façam o usuário ficar dependente da ferramenta.
Hoje é com orgulho que digo: sou usuário VIM. E tive uma breve passagem pelo Emacs! Não posso dizer que deixar de usar o Gedit foi fácil, mas devo encorajá-los: é uma mudança que me faz sentir orgulho e me deixa mais próximo do “estilo unix-like de vida”.
Acréscimos
Em relação a servidor Web e edição gráfica, continuo utilizando Apache e Gimp/Inkspace respectivamente.
Posso dizer que além disso tudo, passei a me preocupar com TDD, testes funcionais, versionamento, integração contínua, virtualização, empacotamento, e outros que agora me fogem da mente.
Até a próxima…
5 Comentários
é um bom artigo Klaus. Creio que deva fazer apenas uma correção, pois o padrão que o Django segue é MVC (model, view, controler) já que os templates fazem parte da visualização do padrão de projetos. e a parte do controler é manipulada construída pelo próprio django, através dos mecanismos fornecidos
@Daniel
Ok! Oficialmente chama-se MVC, mas na verdade ele segue uma variante chamada MTV (Model, Template, View)… onde como você mesmo disse: os Models são classes traduzidas para as bases de dados através de ORM, Views são comportamentos (I/O) e Templates são, como o próprio nome sugere, templates. O Controller é desempenhado pelo próprio Django com auxílio de urls, middlewares, entre outros.
http://docs.djangoproject.com/en/dev/faq/general/#django-appears-to-be-a-mvc-framework-but-you-call-the-controller-the-view-and-the-view-the-template-how-come-you-don-t-use-the-standard-names
Não acho tão importante o uso de um editor “raw”. Usar um Gedit da vida é legal, fugir das IDEs é uma boa ideia, em casos mais simples. Claro que não vou incentivar a usar o Gedit com um mega projeto Java, é complicado 🙂
Mas para coisas mais saudáveis (Django?), vale a pena x)
Abraços o/
Não tenho motivos para não usar Vim 😉
http://stackoverflow.com/questions/81584
Talvez o PIDA facilite para quem quer desenvolver em Java sem se desprender do Vim: http://pida.co.uk/