Ao longo dos anos, com o grande investimento de empresas estrangeiras no Brasil, muitas fusões foram feitas (empresas maiores adquirindo menores), novas parcerias foram constituídas, e cada vez mais essa é uma prática comum no mercado de TI. Dessa forma, havendo um aumento considerável no número de novos projetos de implementações, atualizações, integrações, suporte, melhorias, etc.
Assim, a cobrança em atender esses projetos com agilidade e qualidade é constante. O mercado busca profissionais ágeis, qualificados e experientes, no entanto, mesmo com muitos profissionais atuantes na área, a procura por “skills” específicos é incansável.
Nesse aspecto a tecnologia influência consideravelmente o perfil técnico de cada profissional ao ponto de quebrar paradigmas, até mesmo mudando conceitos. Um exemplo é a mensuração do nível de senioridade. Considera-se um profissional sênior, o profissional com no mínimo 5 anos de experiência. No entanto, em alguns casos, dependendo da tecnologia, pode-se considerar com um pouco mais de 3 anos, e assim por diante.
Cada dia surge novas tecnologias, produtos, versões e que vem se transformando em tendências de mercado, ou senão o “boom” da vez, e com tantas mudanças, certas exigências são pertinentes. A maioria dos profissionais tenta se adequar rapidamente a essas exigências, e sabemos que a cobrança do mercado não é flexível em alguns pontos.
No campo do ensino, muitas Universidades e Centros de competências tecnológicos são criados com o intuito de preencher as novas demandas do mercado que surgem a cada dia. Porém, essas poderão não ser preenchidas, pois muitos profissionais recém chegados ao mercado não conseguem um espaço, tanto por falta de oportunidade ou falta de conhecimentos exigidos.
Hoje, mais do que nunca, as empresas buscam candidatos que preencham 100% o perfil da vaga, e é comum nos depararmos com exigências como: fluência em outro idioma, tempo de experiência, conhecimentos específicos e de negócio, esses são sempre exigidos num processo de seleção, sem dizer as competências pessoais. Sendo assim, muitos recém formados não conseguem uma chance no mercado, e por isso com tantas frustrações desistem de iniciar uma carreira.
Um dos fatores predominante é a falta de recursos para investimentos e a longa espera para conseguir um emprego, que muitas das vezes parece ser cansativo e impossível. Nesse contexto, quanto menos profissionais experientes e qualificados no mercado, menos projetos são atendidos em tempo hábil. Neste contexto, mais empresas contratam consultorias, e o que era terceirização se torna quarteirização e até quinteirização. Consultores são contratados juntamente com profissionais de TI. Aliás, esses são dois perfis distintos (Consultores TI x Profissionais TI), ambos possuem atitudes e percepções de carreira diferente. Por este ser um assunto abrangente, reservarei posteriormente um artigo exclusivo para esclarecimento do assunto.
Enfim, esse mercado possui grande nuances e cabe a nós o discernimento (cada qual com sua função) em fazer que os obstáculos se transformem em resultados. Por isso é tão importante um momento de reflexão.
Fernando Ramos – www.fernandorhsap.blogspot.om