Ao procurar no dicionário de língua portuguesa o significado da palavra “vender”, uma das definições encontradas é “apresentar-se, anunciar-se, exibir-se”. Ou seja, todas as características de um bom vendedor.
Sim, antigamente esse representante precisava ser tudo isso e muito mais. Ele era não só a interface entre o fabricante e o comerciante, mas toda a imagem do produto, desde os benefícios até o formato da embalagem. Todos os diferenciais do produto eram expostos nas primeiras vendas, desde características como agregar valor até a fase da conquista do cliente. Como podemos dizer, o vendedor era “o cara”.
Passaram-se os anos e essa figura foi ganhando novas atribuições. Surgiu o e-commerce, surgiram tecnologias. O vendedor deixou de ser aquele ser praticamente místico, capaz de negociar um copo de gelo para um esquimó. Muitos consumidores, e até comerciantes, passaram a até renegar o vendedor, preferindo escolher e comprar por conta própria.
Mas essas mesmas tecnologias hoje propiciam a volta do vendedor, mas não puramente com os bons dons de convencimento. Ele vem (ou deve vir) munido de mais. É a mais pura versão do vendedor 2.0. Esse personagem vem com dispositivos móveis, acessibilidade, flexibilidade, conteúdo multimídia, e muito mais coisa. É o poder do conhecimento atrelado à tecnologia na palma das mãos.
Segundo pesquisa da consultoria alemã Research2Guidance, especializada em TI e indústrias emergentes, entre 2011 e 2013, o desenvolvimento de aplicações móveis deve crescer 800% em todo mundo.
Esse cenário possibilita e amplifica o vendedor 2.0. Hoje ele não precisa mais anunciar e exibir o produto, tem apenas que estar acompanhado de um tablet ou um smartphone.
Além do fator apresentação, a integração 100% é outro grande diferencial que essa figura traz. Antigamente ao tomar um pedido, o vendedor poderia demorar até dois dias para voltar à companhia e dar início ao processo de faturamento e entrega dos produtos. Com a mobilidade é possível realizar tudo em tempo real, como uma simples compra no e-commerce, ganhando em velocidade e praticidade.
Ou seja, a mobilidade traz uma série de benefícios. Independente do acesso via internet, pode-se trabalhar com as informações, emitir pedido, fazer o roteiro de visitas, acompanhamento das ações de marketing etc. Já do lado do comprador, ele tem não só vantagens como agilidade e apresentações do produto, mas algo muito mais importante: confiabilidade. Ali, às mãos do vendedor, em um tablet ou smartphone, está a representação virtual de tudo que o que foi acordado entre as partes, é a segurança e relação de confiança entre o vendedor e o lojista.
Essas são apenas algumas das características desse novo vendedor, que de místico passou a atuar como um verdadeiro profissional altamente atualizado para apresentar, anunciar e exibir.
por José Ricardo Ferreira: Diretor Comercial da Entire Technology Partners