A importância do BI para o crescimento das empresas

Muitas empresas ainda não se deram conta de que crescimento e prosperidade estão cada dia mais interligados a duas letras: BI (Business Intelligence). Imprescindíveis para quem quer fazer a diferença, esse sistema, sendo bem utilizado, é capaz de otimizar ações, como o alinhamento de estratégias, o gerenciamento de crises, os planos de expansão, entre outras.

O conceito surgiu há 12 anos, mas tem ganhado importância nos últimos cinco, pela sua capacidade de planejamento e de gerar conhecimento. No contexto atual, em que as companhias competem globalmente, esta habilidade de aprender com os próprios erros e corrigi-los a tempo, se torna um instrumento de importante valor. Com sofisticados relatórios em mãos é possível, por exemplo, descobrir o comportamento dos clientes que ligam para os call centers. Tendo a capacidade de unir situações tão abrangentes é possível visualizar melhor o cenário e traçar uma estratégia mais consistente.

A ferramenta também pode reduzir os custos dos processos, tornando-os mais rentáveis. Isso sem contar que, com ela, a empresa provavelmente se tornará mais ágil na tomada de decisões. Esse mundo de possibilidades que se abre é consequência das informações obtidas pelas corporações, especialmente se forem novidades no mercado.

De posse desses dados, os empresários têm a possibilidade de projetar rapidamente centenas de estimativas para subsidiarem seus projetos e programas de novos negócios. As chances de acerto crescem substancialmente, pois os cenários tornam-se muito mais completos e transparentes para descobrir quais são as próximas tendências.

Ou seja, a inteligência de mercado funcionando como matéria-prima principal para o crescimento empresarial. Mas é preciso fazer algumas considerações, que são fundamentais para o BI funcionar. A principal é a qualificação do quadro profissional, a expertisehumana. Sem ela, o sistema é um verdadeiro “elefante branco”. Se não houver pessoas que compreendam e analisem os dados para transformá-los em conhecimento, perde-se uma oportunidade de levar inovação para a empresa.

Outro fator é a necessidade de haver um planejamento eficaz, que dê sustentação durante todo o processo. É preciso uma coleta de dados sistemática durante um período de, em média, cinco anos.

Muitas companhias ainda têm resistência ao BI, pelo fato de os resultados não serem imediatos. O retorno apresentado é de médio a longo prazo e o investimento pode ser considerado alto. No entanto, aquelas que quiserem alcançar o diferencial competitivo, devem buscar a inovação. Sem BI, e sem inteligência humana, poucas serão bem-sucedidas nesse aspecto.

Por Francisco Casella é Manager da Informatica Corporation e Professor do MBA Executivo da Fundação Álvares Penteado (FAAP).

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