A virtualização chegou às aplicações

Por Otto Pohlmann*

Para entendermos virtualização, primeiro precisamos entender que: Virtual é tudo aquilo que parece ser real, mas não é.

Na tecnologia da informação, por exemplo, virtualização de servidores é um conceito muito conhecido e aplicado atualmente. Ele permite a criação de várias máquinas virtuais onde existe uma única ou um conjunto de máquinas físicas.

As Aplicações Virtualizadas por sua vez, também dão a ilusão de que executam no equipamento em que estão sendo acessadas, entretanto elas rodam remotamente em outro equipamento, num servidor de aplicações centralizado.

A máquina de acesso (Cliente) tem por função só mostrar a tela e permitir interagir com a aplicação que está rodando no servidor. Ela pode estar rodando remotamente, a partir de qualquer localidade física, em qualquer lugar onde haja internet.

Com a virtualização das aplicações, podemos acessá-las a partir de dispositivos móveis como Tablets, Smartphones ou Netbooks, sem que o programa esteja instalado no dispositivo de acesso.   Elas podem ser acessadas por um software cliente ou mesmo pelo browser do dispositivo móvel e interagir com o servidor remoto onde residem os dados e o programa.  Toda operação realizada no programa fica registrada instantaneamente no computador central.   Isto é, ao mesmo tempo, garantia de segurança e de agilidade.

Aplicações Virtualizadas são o futuro, pois dão mobilidade, podem ser acessadas de qualquer lugar, de qualquer equipamento com acesso à internet, seja por conexão discada, banda larga convencional ou conexão 3G, dando uma universalidade de acesso e uma flexibilidade desejada no mundo atual.

Elas são muito mais eficientes no acesso ou execução, pois não transmitem os dados e nem precisam ser sincronizadas com o dispositivo remoto. Todas as informações e processamento ficam no computador central, a salvo de vírus, hackers ou perda do equipamento ou das informações nele contidas.

Muito se tem falado em mobilidade da aplicação, mas concluímos que o acesso virtualizado a partir de dispositivos móveis à aplicação centralizada é mais importante que a aplicação móvel que roda nos próprios dispositivos, que, contudo requer uma posterior sincronização de dados com a base de dados central.

Decididamente, o acesso virtual à aplicação centralizada a partir de dispositivos móveis ganhará a batalha pela mobilidade.

Otto Pohlmann
CEO da Centric System, empresa especializada em soluções para centralização de sistemas e distribuidora do software GO-Global no Brasil – www.centricsystem.com.br

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2 Comentários

Fernando Angelieri
1

Discordo da opnião do sr. Otto.
Aplicação virtualizada não é aquela que é acessada remota e sim aquela que pode rodar em qualquer dispositivo sem necessidade de instalação.
Por exemplo o que me impede de rodar o Word numa console de jogo PS3? Ou disponibilizar em 10.000 estações de trabalho a nova versão do ERP?
Isto é virtualização de aplicação permitindo o consumo de memória e processamento da máquina local, sem complexidades da instalação do aplicativo ou de grandes data-centers para processamento de “thin-clients”.
Eu pessoalmente utilizo a forma apresentada pelo sr. Otto que é o Remote App da Microsoft. Na estação de trabalho o usuário tem um ícone da aplicação e a executa (num servidor remoto). Esta técnica é chamada de virtualização da CAMADA DE APRESENTAÇÃO.
E também utilizamos a descrita (a real virtualização de aplicação) com o App-V (também da Microsoft) onde uma bolha é empurrada à estação de trabalho (tudo via Group Policies). Por exemplo posso ter o convívio do Office 2003 com o novo Office 2010 na mesma máquina, até que o usuário se sinta confortável com a última versão.

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