Quando pesquisando para escrever o livro sobre Cloud Computing descobri que existem dezenas de definições diferentes. É um paradigma ainda em evolução e portanto nada mais natural que suas definições ainda não estejam bem claras. Aliás, na computação em nuvem, suas definições, atributos e características, bem como as suas tecnologias de sustentação ainda vão evoluir muito e se modificar com o tempo.
Já vivemos isso antes. Basta olhar para a Internet em 1999, dez anos atrás. Alguém imaginava que ela seria como hoje? Tivemos a fase de empolgação, o estouro da bolha, a descrença e agora vemos que ela é a base das comunicações do planeta. Mas, ninguém imagina mais um mundo sem a Internet.
Mas, voltando a Cloud Computing. Aliás, o termo em português que eu adoto é Computação em Nuvem, embora também vejamos outros termos como Computação nas Nuvens ou Computação na Nuvem…De qualquer maneira, é um ecossistema que compreende vários modelos de negócio, centenas de fonecedores e diferentes nichos de mercado. É um paradigma bem abrangente e muito mais amplo que simplesmente infraestrutura como serviços.
Querem um exemplo? Bem, como modelos de serviços, além de infraestrutura como serviços (IaaS), podemos ter também Platform-as-a-Service (PaaS) e Software-as-a-Service (SaaS). Além disso, se olharmos pelo prisma dos modelos de entrega, as nuvens podem ser públicas (as mais conhecidas, como a nuvem do Google ou Amazon), mas também privadas (operada por uma única empresa), comunitárias (compartilhadas por um conjunto de empresas) ou híbridas (um mix de nuvens públicas e privadas).
Indo mais além…Uma “cloud” ou “nuvem” é um conceito abstrato e portanto não se compra como um produto. É construída. E para construí-la precisamos de muito mais esforços em serviços que só adqurindo tecnologias. Como o ecossistema que envolve Cloud Computing é amplo, surgem diversos fornecedores com definições diferentes e muitas vezes discrepantes entre si. Rotular seus produtos e serviços como Cloud é hoje uma ação comum de marketing. Qualquer produto ou serviço hoje é “cloud”…Um simples hosting de servidores passa a ser chamado de oferta de Cloud Computing!
Enfim, hoje ainda temos muito mais interesse que ações ocorrendo no mundo da Computação em Nuvem. Mas, à medida que os conceitos forem se firmando, as tecnologias evoluindo e os casos de sucesso se disseminando, mais e mais veremos as ações se concretizando.
Adotar o conceito de nuvem é uma trilha a ser perecorrida passo a passo. É uma evolução gradual, não se acorda em “nuvem” de um dia para o outro. O primeiro passo? Entender os conceitos e separar o que é puro hype da realidade. Cloud Computing não é hype, tem substância.
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4 Comentários
Que assunto complicado e desconhecido por boa parte dos profissionais (inclusive eu). Li o seu blog, gostei do exemplo entre o Pacote Office (aplicação offline) e o Google Applications, Zoho, só faltou falar do Office Web Apps, a microsoft finalmente acordou 🙂 (aplicações em nuvem). Isso esclareceu um pouco, mas está dificil 🙂 Muito amplo esse assunto.
Parabéns pelo livro, sucesso.
Cesar, sou acadêmico do curso de sistemas de informação, meu tema para monografia segue dentro dos parâmetros colocados em seu livro sobre cloud computing, então gostaria de saber se o senhor pode me ajudar com mais alguns tópicos sobre esta nova tecnologia, ou qualquer fonte de informação, de conhecimento que seja válida para ser usada dentro do meu estudo. Obrigado.