SAN FRANCISCO (Reuters) – A Apple está relaxando as restrições quanto ao modo pelo qual os criadores de software desenvolvem aplicativos para a App Store, autorizando uso limitado de ferramentas controladas por terceiros, como o software Flash, da Adobe, para a criação de programas que operam no iPhone e iPad.
As ações da Adobe dispararam 11,3% na Nasdaq depois que a Apple anunciou a mudança.
A Apple vinha sendo criticada por programadores devido a restrições classificadas por eles como onerosas para a criação de aplicativos. A Apple havia, na prática, proibido os programadores de usarem o software Flash, amplamente empregado, para criar aplicativos compatíveis com o iOS, o sistema operacional que aciona o iPhone e o iPad.
Mas a Apple anunciou que relaxará “todas as restrições a ferramentas de desenvolvimento usadas na criação de aplicativos para o iOS, desde que os aplicativos resultantes não baixem qualquer código. Isso deve oferecer aos programadores a flexibilidade que desejam e ao mesmo tempo preservar a segurança de que precisamos”.
“Ouvimos os criadores de aplicativos e aceitamos com seriedade muito do que eles nos disseram”, anunciou a empresa em comunicado.
Brian Marshall, analista da Gleaser & Co., disse que a Apple está recebendo forte pressão dos criadores de aplicativos.
“O que determinou essa medida foram os protestos da crescente base de programadores para o iOS. As pessoas gostam de usar o Flash, e agora poderão empregar muitas tecnologias diferentes”, disse Marshall.
A Apple também ofereceu maior abertura ao informar que divulgará publicamente as normas de aceitação de aplicativos da App Store, para ajudar os programadores a compreenderem de que maneira os aplicativos submetidos são avaliados. Essa era outra área controversa para alguns criadores de aplicativos, que se queixavam de que o processo de aprovação é opaco e arbitrário.
“Esperamos que isso nos torne mais transparentes e ajude nossos programadores a criar aplicativos de ainda maior sucesso para a App Store”, afirmou a Apple.
Fonte: http://br.reuters.com/article/internetNews/idBRSPE6880HN20100909