A Assespro Nacional (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação) e todas as suas 14 unidades regionais, que representam mais de 1400 empresas no Brasil, estão em alerta sobre o novo Programa Estratégico de Software e Tecnologia da Informação (TI), que deverá ser lançado em agosto pelo Governo Federal.
O receio do Setor é o governo incentivar a atração de empresas estrangeiras de TI: se isto acontecer, será um plano prejudicial ao Brasil, por não conter medidas de fortalecimento das empresas já instaladas no país, e gerando uma competição desleal.
O Governo deveria investir em políticas públicas que fortaleçam o mercado e as empresas nacionais de TI. Ao ser consultada pelo MCTI, a Assespro encaminhou um documento com doze propostas para o fortalecimento da indústria nacional de software, e espera ver suas sugestões incluídas no programa que venha a ser lançado.
Em contato da presidência nacional da ASSESPRO com o Professor Virgilio Augusto Fernandes Almeida, Secretário da Secretaria de Política de Informática do MCTI, SEPIN, em 12 de julho, foi informado que o foco da nova política é o fortalecimento da indústria de software no país, e que as ações previstas estariam bem alinhadas com as sugestões da ASSESPRO. Fica, portanto a expectativa de que o governo acerte e decida por medidas que venham ao encontro e fortalecimento da indústria nacional.
Dentre as propostas da Assespro estão temas como: a criação da cadeia produtiva do Setor de TI e o aumento da competitividade do Setor de TI Brasileiro; a promoção do Empreendedorismo Digital; o tratamento do desenvolvimento de Software, no Brasil como atividade de Inovação; a ampliação e qualificação da oferta de recursos humanos especializados em TI; a regulação da utilização de tecnologias de cloud computing no Brasil, entre outros.
“Elencamos propostas para a concretização de um Programa Nacional de TI para o Brasil, de uma forma mobilizadora, que reúne ações e projetos de diferentes organizações em uma agenda integrada e com um objetivo único: consolidar o Brasil como centro de referência internacional de excelência em TI”, afirma Luís Mário Luchetta, Presidente da Assespro Nacional.
O executivo ainda explica que essas propostas também são fundamentais para a economia brasileira. “Considerando que o setor de software, além de impactar a competitividade de todos os demais, tem sido e continuará sendo responsável pelos maiores índices de crescimento na economia global nos próximos anos, é fundamental que o Brasil participe deste movimento”, finaliza.
Fonte: Assespro Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação