Cartões pré-pagos refinam as possibilidades de venda do e-commerce

Os cartões pré-pagos podem fugir da esfera da telefonia para chegar com todas as forças ao comércio eletrônico brasileiro. Eles seriam a alternativa indicada na hora de presentear, como já acontece em estabelecimentos físicos, e ainda dariam poder de compra para o jovem, que não faz parte do público cativo de e-consumidores por não possuir independência financeira e cartão de crédito próprio.

Se a moda pegar, essa pode ser mais uma vantagem para a popularização do comércio eletrônico, da mesma forma como há quase dois anos os sites de compras coletivas ajudaram a criar um boom no mercado brasileiro – claro que em menor proporção, afinal os sites de desconto causam um impacto muito maior para a mudança de comportamento dos consumidores em geral e atrai também os mais conservadores.

A desaceleração da economia ainda mexe muito pouco com o desempenho da modalidade de vendas pela internet. A última estimativa para o Natal de 2011 da e-bit, autoridade máxima em informações do setor no Brasil, é de um crescimento de cerca de 20%. Apesar de 50% menor que o registrado em 2010, o número é positivo.

Recentemente, uma empresa anunciou o serviço de vendas de cartões pré-pagos. Com ajuda dos atuais parceiros do ramo do entretenimento, ao qual é voltada, pretende conquistar os adolescentes brasileiros. O cartão, gratuito e recarregável, em que a startup investe já é muito usado como método estratégico de vendas em outros países, além de ser extremamente lucrativo.

De acordo com o gerente de marketing da JET Tecnologia, Marcelo F. Silva, a ideia é boa, mas deve ser planejada com calma para realmente engrenar. “O brasileiro é muito receptivo, porém, desconfiado. Principalmente porque a estratégia é interessante para as classes menos abastadas. Agora, a vantagem deste cartão está na consagração dos cartões pré-pagos para a recarga de celulares no país”, opina.

Logística

Como substituto dos presentes convencionais, o cartão pré-pago ajuda a aliviar a logística do comércio eletrônico nos períodos de picos de vendas. É também uma forma de não errar na escolha do item – em contrapartida, deixa o processo de compra mais impessoal.

“O varejo convencional já adotou o cartão de presentes há bastante tempo. A diferença, para o comércio eletrônico, é que ele evita trocas que às vezes são demoradas. É mais um fator de comodidade ao meio de compra de maior conforto no mundo”, assegura Silva. Basta aguardar para ver como lojistas e consumidores reagem a essa possível nova onda do e-commerce nacional.


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