Impulsionado pela leitura do artigo “Reflexões – As transformações do líder de tecnologia da Informação ao longo dos anos” (página 40 – disponível aqui) da Stela Lachtermacher, presidente do Conselho Editorial da IT Mídia, resolvi entrar no embalo e aludir a respeito.
Ipsis Literis:
O gestor da então chamada informática, em épocas mais remotas conhecido como chefe do CPD — Centro de Processamento de Dados —, passava agora a contar com um cargo com um pomposo nome em inglês, o CIO — chief information officer. Muito chique, era fruto da mudança da própria área, que ganhou status de tecnologia da informação.
Talvez poucos tenham se dado conta do que isso representava ou deveria representar na prática. A tecnologia da informação trazia embutida em si o conceito de ciência da informação e de seu gerenciamento. Algo que ia muito além dos bits e bites e de todas as siglas atrás das quais muitos destes profissionais, vários deles elevados a cargos executivos, se escondiam contando com um conhecimento que dispunham e que representava um diferencial com relação aos “mortais”.
É fato que a história apresente um cenário no qual a TI vem, cada vez mais, se destacando e tomando importância fundamental para o negócio das empresas, e, a cargo disso, sua principal figura tendeu a receber maior importância e responsabilidades. O questionamento sobre o futuro dessa relação (ator x cenário) pode levar em consideração seu passado para embasamento mas também aquilo que vemos nor presente.
Algumas (boas?) premissas a avaliar:
- TI é uma das mais fortes influências no planejamento das empresas
- TI afeta drasticamente (de forma positiva) o ganho em escala e escopo
- TI é diretamente responsável pelo suporte em operações geograficamente distribuidas
- Ti oferta novos canais de distribuição e novos produtos
Alberto Luiz Albertin, exprime algumas contribuições da TI, em seu artigo “Valor estratégico dos projetos de tecnologia de informação“, a saber:
- Relacionamento
- Customização em Massa
- Inovação de Produtos
- Novos Canais de Venda e Distribuição
- Promoção de Produtos
- Novas Oportunidades de Negócio
- Estratégia Competitiva
- Economia Direta
- Infraestrutura Pública
A resposta para o quesitonamento da Stela, “como será o amanhã?” não é simples (o seria de alguma forma?) mas creio que há bons indícios de que, com base no exposto, a tendência de que TIC deve continuar crescendo para cima do board da empresa é inevitável.
Pense você também a respeito… forte abraço!
4 Comentários
Esta é uma ótima questão Marco….hoje o negócio e a TI precisam estar alinhados, de forma que a TI possa suportar os negócios da empresa e não fazer inverstimentos em áreas desncessárias..
Emerson,
Acredito que o alinhamento (de que tanto falamos e procuramos) é uma das necessidades que a própria TIC tem para se tornar, com sucesso, o elo entre a aplicação dos conhecimentos (ciência) e o negócio.
O simples fato de cometer o erro (desalinhamento) resulta em prejuízos para a TIC e em muito maior grau para o próprio negócio.
A discussão é longa, mas salutar.
Obrigado pelo feedback.