O QR Code, abreviação de Quick Responsive Code, é um código de barras bidimensional que pode ser escaneado pela maior parte dos celulares que têm câmeras fotográficas e um aplicativo para reconhecimento do código. Esse código é então convertido em texto, podendo ser um link para um site, um número de telefone, um e-mail ou uma mensagem de texto.
O QR Code surgiu em 1994 no Japão, desenvolvido pela Denso Wave, uma subsidiária da Toyota, para rastrear seus veículos durante a produção. O código como o conhecemos hoje correspondente ao padrão internacional ISO/IEC 18004 e foi lançado em janeiro de 1999, mas sua aprovação só aconteceu em junho de 2000.
O uso de códigos QR é livre de qualquer licença. Os direitos de patente ainda pertencem a Denso Wave, mas a empresa escolheu não usá-los. O termo “QR Code” também é uma marca registrada da Denso Wave Incorporated.
A quantidade de informação que um QR Code pode armazenar depende do tipo de informação, tamanho do código e nível de correção de erros.
As dimensões de um QR Code vão de 1 até 40. Existem quatro graduações de nível de correção: Baixo (7%), Médio (15%), Qualidade (25%) e Alto (30%). Em inglês os níveis de correção são conhecidos pela sigla LMQH. O nível de correção permite que o código seja lido mesmo que algumas de suas partes não estejam legíveis. Com um nível de correção de erro mais elevado é possível criar QR Codes artísticos utilizando a logomarca de uma empresa, um desenho ou outra imagem.
Por volta de 2003 foram desenvolvidas as primeiras aplicações para ajudar os usuários a adicionar informações aos seus celulares usando a câmera dos mesmos. Logo surgiram programas para computadores e notebooks poderem ler QR Codes através de suas webcams e em 2010 os primeiros tablets também já tinham aplicativos de leitura disponíveis.
Criado inicialmente para rastrear veículos, o QR Code foi logo adotado por outras empresas e com a popularização da internet e dos smartphones o seu uso e aplicações cresceram muito.
No começo de 2012 começaram a ser identificadas os primeiros QR Codes potencialmente nocivos a celulares e tablets, já que os códigos possuíam URLs para páginas de spam e malwares. Em seguida surgiram códigos legítimos, criados com ferramentas online, mas que também possuíam URLs nocivas mascaradas no conteúdo. Mais recentemente leitores de QR Codes que possuíam permissões de segurança muito delicadas, que também foram explorados utilizando códigos maliciosos.
Apesar de não serem muito comuns, existem também QR Codes que passam por criptografia utilizando algoritmos para proteger as informações. O departamento de imigração do Japão, por exemplo, utiliza QR Codes criptografados no momento de conceder os vistos aos passaportes de quem chega ao país.
Atualmente várias empresas vêm criando ótimos usos para os QR Codes. A Starbucks e o sistema ferroviário da Alemanha estão testando QR Codes em seus sistemas de pagamento. Os bilhetes de trem em algumas cidades da China já possuem QR Codes.
A Brastemp lançou agora em setembro o refrigerador Inverse Maxi, que permite controlar o estoque de produtos, datas de validade e fazer a leitura da lista de compras via QR Code, além de compartilhar pelo celular entre os membros da família.
Durante o clipe da música “Integral”, da banda Pet Shop Boys, aparecem dezenas de códigos com links para diferentes sites, quase sempre sobre privacidade no mundo atual.
Os QR Codes também foram adotados por vários meios impressos. A revista Galileu incluiu os códigos QR para que o usuário tenha acesso as informações pelo celular. A lista telefônica da editora Guia Fácil incluiu QR Codes nas capas de todas as listas telefônicas e em alguns anúncios. O Jornal da Tarde, de Salvador na Bahia, usa os códigos QR desde dezembro de 2008, sendo o primeiro jornal impresso brasileiro a utilizá-los.
No Brasil o primeiro uso de um QR Code em um anúncios foi feito pela Fast Shop, em dezembro de 2007. Em junho de 2008 a Nova Schin publicou um anúncio com o código e em dezembro foi a vez da Claro fazer uma campanha utilizando o código QR. Ainda em 2008 a Volkswagen utilizou QR Codes em uma ação durante o Salão do Automóvel.
Empresas também passaram a utilizar QR Codes em outdoors, cartazes e placas. Algumas emissoras de televisão já fizeram uso de QR Codes para levar os telespectadores para seus sites e várias lojas e supermercados utilizam os códigos para que os consumidores possam comprar os produtos online ou apenas conseguir mais informações sobre os mesmos.
Como você pode ver, os QR Codes estão sendo amplamente adotados e com os mais diversos usos. No Brasil eles ainda não foram bem explorados, mas com smartphones e tablets crescendo em vendas mês após mês, o potencial é enorme.
E você, pretende usar QR Codes de que forma na sua empresa? Já viu algum uso interessante deles? Compartilhe!
1 Comentários
A Natura já vem utilizando isso desde 2010 ou final de 2009 mais ou menos nas embalagens de seus produtos.
vocês esqueceram de citá-la.