Olá amigos do PTI,
Hoje gostaria de falar um pouco sobre como o Agile pode ser utilizado fora do desenvolvimento de software.
Utilizar o Agile no gerenciamento de projetos já é uma realidade e o mercado brasileiro vem ganhando maturidade no assunto a cada ano, além do aumento de empresas e coaches voltados para orientar as empresas no uso do Agile.
Se você quiser se aprofundar mais um pouco no assunto, veja alguns dos artigos que já escrevi sobre o assunto:
- Onde o Gerente de Projetos se encaixa no Framework Scrum
- Minimum Marketable Feature – A arte de pensar simples e entregar valor
- Scrum e PMBOK unidos no Gerenciamento de Projetos. Dá certo?
- O que significa “ser ágil” em projetos?
- Gerenciamento Ágil versus Gerenciamento Tradicional: quem ganha?
- Um papo sobre a certificação Agile do PMI (PMI-ACP)
Vamos pensar agora na gestão de produtos: se eu traçar uma estratégia de pequenas entregas do produto (small releases), priorizando por recursos que agreguem maior valor ao cliente final, colaboração e interatividade entre equipe de produto, equipe de venda, equipe de marketing e equipe de criação, diariamente fazer um alinhamento de 15 minutos sobre o andamento da criação do produto, validar o produto antes da entrega e ao final de cada entrega fazer uma reflexão sobre: o que produto tem de bom, o que não está dando certo e o que pode melhorar. Podemos considerar que estou usando a filosofia do Agile e sendo ágil?
Mais uma situação: como conduzir uma startup usando Agile? Eu traço uma estratégia de venda a curto prazo que reflita a visão e valores da empresa e busque entregar valor ao seu público alvo. Diariamente faço um alinhamento de 15 minutos com minha equipe. Divulgo o serviço, faço contatos comerciais e meço se o meu serviço está tendo a procura esperada. Reflito o que está dando certo, o que não está dando certo e o que pode ser melhorado. Reviso minha estratégia e traço uma nova estratégia de venda a curto prazo.
E se falarmos de marketing usando Agile? Traçamos uma estratégia de campanha a curto prazo, alinhamos diariamente com a equipe, analisamos os resultados da campanha, entendemos o que está dando certo, o que não está e o que pode ser melhorado. Com base nesta reflexão, fazemos as devidas adaptações em nossa campanha e fazemos um novo planejamento a curto prazo.
E se eu pensar no conceito de vida ágil? Quero perder peso! Estabeleço uma meta de perda de peso e começo a controlar minha alimentação. Diariamente reflito se estou firme e forte no meu regime e depois de um curto prazo me peso para saber se minha dieta está dando resultado. Verifico se minha dieta está adequada e reflito sobre o que está dando certo, o que não está dando certo e o que pode ser melhorado em minha dieta. Caso necessário faço as devidas adaptações na minha dieta e traço o meu novo plano até a próxima pesagem.
Com estes exemplos “fora da caixa” espero ter passado a mensagem que o Agile, muito mais que um framework para desenvolvimento de software, trata-se de uma filosofia de vida que pode ser aplicado em diversas esferas.
“Mas Vitor, dá para aplicar Agile na gestão de programas e portfólios?”. Assunto para o próximo artigo, ok? 😉