Olá meus caros!
Fazendo minhas leituras, me deparei com um dado estatístico que me deixou preocupado e ao mesmo tempo feliz. Segundo uma pesquisa realizada pelo MIT “só 38% das (grandes) empresas brasileiras têm governança de TI”, enquanto governança na área de finanças é de 95%. Isso me diz duas coisas:
- O Brasil está atrasado nas práticas de governança corporativa de TI, o que revela em muitos casos pouca preocupação com as informações das empresas, gerando altos riscos de segurança.
- Fico feliz por saber que há muito trabalho a ser feito nesta área, e, portanto, há muito $$ para ser explorado!
A governança de TI, nada mais é do que a utilização de boas práticas de gerenciamento de TI, não apenas pelos gestores de TI, mas pelos gestores dos negócios.
Não é fácil para muitos gestores de negócio entender porque precisam investir na sua infra-estrutura de TI. É comum ouvir coisas do tipo: “nunca gastei dinheiro com TI, porque agora irei fazê-lo?”, muitos só entendem que é necessário investimento quando incidentes ocorrem, causando a indisponibilidade de serviços essenciais para o negócio e a empresa perde muito dinheiro ou mesmo quando perdeu a base de dados de clientes, cobranças e outras informações estratégicas, perdendo mais do que dinheiro e sujando a imagem da empresa. A governança de TI tem o papel de mostrar os custos e benefícios envolvidos no gerenciamento de TI. Se dentro das grandes corporações somente 38% das empresas brasileiras tem efetivamente uma preocupação com este assunto, imaginem as pequenas e médias!!!
Vejo muitas matérias dizendo que os CIOs, ou gerentes de TI, devem ser uma espécie de “evangelizadores” dentro das suas empresas, pois precisam mostrar para os gestores do negócio o valor que a TI pode ter e os riscos existentes de um falho gerenciamento dos recursos de TI: pessoas, aplicações, informações e infra-estrutura. Traço um paralelo entre os CIOs e as empresas prestadoras de serviços em TI. Vejo que é nossa missão como prestadores de serviço abrir os olhos de nossos clientes para estas questões, que para nós são tão simples, porém, para os gestores de negócio é um assunto difícil de ser assimilado e entendido. Vejo que cada vez mais precisamos deixar a linguagem técnica um pouco de lado e falar mais com uma linguagem que os gestores de negócio entendam o custo/benefício de uma ótima governança de TI e com isso adquirir maior confiabilidade e fidelidade de nossos clientes, e claro, aumentarmos nossas receitas.
A matéria completa sobre os “38% das (grandes) empresas brasileiras têm governança de TI” pode ser acessada aqui.
Espero que tenham gostado. Um grande abraço!
3 Comentários
Olá Emerson, bom post! As empresas não tem nenhum tipo de Gerenciamento da Continuidade dos Serviços em TI, e como não possuem um Gerenciamento de Incidentes não conseguem perceber a quantidade de problemas que ocorrem no dia-a-dia devido ao fato de não terem o ambiente ideal. A grande parde dos Gerentes financeiros não deseja investir nessa área se o seu saldo está positivo e os faturamentos estão acima da média, pensando que o ambiente atual está satisfatório, apesar da maioria dos usuários reclamar de lentidão e outros problemas do tipo, quando na verdade poderiam estar acelerando os processos, produzindo mais, e consequentemente lucrando mais. É necessário de fato EVANGELIZAR e levar a bandeira da TI para as empresas antes que elas tenham grandes prejuízos.
Isto mesmo André…acredito que isto ocorra devido o fato de estarmos num momento onde a tecnologia está deixando de ser algo que só alguns podiam investir e podiam viver sem ….para algo que é imprescindível para o bom andamento dos processos das organizações….acredito que pequenas e médias empresas em alguns casos não precisam ter efetivamente um Service Desk ou outros processos do ITIL….precisa sim dentro das boas práticas ter um atendimento ao usuário satisfatório e controle de riscos(falhas, roubos, sinistros e etc..)…