Olá, tudo bem?
Vamos tentar analisar porque a infraestrutura ate hoje, na maioria dos casos, não consegue atender os requerimentos do negócio.
Em algumas palavras: por que a evolução da maturidade não esta acontecendo mesmo com todas as ferramentas disponíveis no mercado?
Eu tenho absoluta certeza que todos vocês poderiam contar uma história da vida real sobre os problemas atuais. Mas minha pergunta é mais complexa: Por que isto está acontecendo e quais são os motivadores para as empresas mudarem?
A evolução, processo constante de mudança, só pode acontecer se existe uma disposição ou motivação interna ou externa. Sem um destes fatores, na minha visão, não existe uma evolução positiva. Existem várias ferramentas que ajudam a medir o nível de maturidade e sugerindo possíveis caminhos de melhorias. Com certeza muitos de vocês já usaram estas ferramentas, mas por que, mesmo com estas novas capacidades, a evolução não esta em sinergia com o ritmo das novas tecnologias?
Durante meus anos como um consultor eu fui contratado várias vezes para analisar ambientes e evoluir o nível de maturidade. Você manda para o cliente milhões de perguntas, sobre os processos internos e as ferramentas que ele usa, depois você reporta estas informações na ferramenta e “Voi lá” você tem uma fotografia da situação atual com a maturidade.
Mas, você não sabe se cliente respondeu as perguntas baseado no último estado do ambiente? Você também não sabe se o departamento de TI quer mostrar os resultados mapeando o mundo real maquiando os resultados!
Na minha experiência muitas vezes estes reportes são mais para inglês ver do que para iniciar uma evolução na área de TI. Mas por quê?
Não haveria interesse da área de TI de evoluir? Isto não ocorre, talvez, por causa da falta de criatividade e inovação? Analisando este assunto nos podemos tentar pesquisar a origem da motivação de mudança. Uma pesquisa interessante nos leva ao “problema da vela”. Alguns de vocês talvez possam ter visto isso antes. Foi criado em 1945 por um psicólogo chamado Karl Dunker. Karl Duncher criou esse experimento que é usado em uma enorme variedade de experimentos na ciência comportamental. Suponha que eu seja o experimentador. Te levo para uma sala. Te dou uma vela, algumas tachinhas e alguns fósforos. E te digo: “Seu trabalho é prender a vela na parede para que a cera não pingue na mesa.” E agora o que você faz? Muitas pessoas começam a tentar usar as tachinhas para prender a vela na parede. Não funciona. Algumas pessoas têm uma ótima ideia e acendem um fósforo, derretem o lado da vela e tentam aderi-la na parede, mas também não funciona. E, eventualmente, após cinco ou 10 minutos, a maior parte das pessoas resolvem o problema. A chave para resolver é superar o que é chamado de funcionalidade fixa. Você vê a caixa somente como um compartimento para as tachinhas. Mas ela também pode ter outra função, como uma plataforma para a vela. Veja abaixa a solução do problemo da vela:
O problemo da vela (Funcionalidade fixa)
Agora quero lhes contar sobre um experimento usando este problema da vela. O propósito deste experimento foi o de analisar o poder dos incentivos. Aqui está o que Sam Gucksberg fez: Ele juntou participantes e disse, “Vou cronometrá-los e verificar qual grupos resolvem esse problema mais rápido ?”
Para o primeiro grupo ele disse, vou cronometrá-los para estabelecer normas, médias de quanto tempo leva normalmente para alguém resolver esse problema. Para o segundo grupo ele ofereceu recompensas (incentivos) . Ele disse, “Se vocês estiverem entre os 25 por cento mais rápidos ganharão cinco dólares. Se você for o mais rápido de todos que estão testando hoje, você ganha 20 dólares.” – lembrando que estes testes foram feito anos atrás.
Pergunta: Qual grupo foi mais rápido?
Resposta: O grupo com incentivo demorava na média, três minutos e meio mais.
Agora, isso não faz sentido, certo? Se quiser que as pessoas saiam melhor, você as recompensa, certo? Bônus, comissões, não é assim que os negócios funcionam no mundo. Mas isso não está acontecendo aqui, você tem um incentivo feito para afiar o pensamento e acelerar a criatividade, mas ele faz justamente o oposto. Ele cega o pensamento e bloqueia a criatividade. Esses motivadores, incentivos, só funcionam bem para certos tipos de tarefas, onde há um grupo simples de regras e um objetivo claro para alcançar.
Focando na área de TI, às vezes os motivadores são ineficientes, e geram simplesmente uma visão para inglês ver, sem pensar fora da caixa. Criatividade, inovação são suprimidos por causa dos motivadores que não se adequam para uma área com a nossa.
Toda tecnologia do mundo não se mostra eficiente o suficiente para gerar uma evolução sem motivadores que inspirem as pessoas a pensar fora da caixa. Só para mencionar, que desenvolvedores que trabalham sem incentivos monetários mostram um grau de qualidade bem superior !
O que vocês acham? Vocês pensam fora da caixa?
Abraço Markus
Fonte: Blog Markus Christen
1 Comentários
É verdade Markus, existem outros meios para motivar as pessoas a fazerem coisas criativas e pensarem fora da caixa, como por exemplo, você dar a liberdade para a pessoa fazer o melhor dele… dar desafios que a pessoa se sinta motivada a cumprir… Porém, algumas vezes os gestores não querem colocar a confiança em uma pessoa… as vezes por medo e outras vezes pq eles só confiam no próprio taco…
Pensar fora da caixa é mostrar pra pessoa como ela deve pensar… e não vc pensar por ela…
Belo artigo!!
Abraço,
Rodrigo