Olá caros Leitores!
Hoje destacaremos o processo da ITILv2 o qual ainda não abordamos, que é o Gerenciamento de Nível de Serviço de TI, ou ANS e conhecido também como SLA.
Os ANS’s permitem que o departamento de TI e a organização acordem sobre quais serviços devem ser fornecidos, a disponibilidade necessária e seus custos. Estes níveis devem ser mensuráveis para ambos os lados poderem verificar se os níveis estão sendo atendidos. A mensuração é um aspecto fundamental para este processo, já que são os indicadores que vão dizer se o serviço está sendo entregue dentro da disponibilidade e custo acordados.
O Gerenciamento de Nível de Serviços é o processo que forma o vínculo entre o departamento de TI e a organização. Para implementar este processo com sucesso é necessário que os outros processos da ITIL já tenham sido implementados, pois como garantir a disponibilidade de um serviço, se não há processos e ferramentas para tratar incidentes, problemas e mudanças?
O foco principal deste processo é assegurar a qualidade dos Serviços em TI que são fornecidos a um custo aceitável ao negócio.
As atividades do Gerenciamento de Nível de Serviços propostas pelo ITIL seguem o ciclo abaixo:
- Identificação: Neste ponto é criado o catálogo de serviços e identificado os requisitos do negócio em relação aos serviços de TI.
- Definição: Na fase de definição, é feito um rascunho demonstrando como os serviços serão entregues.
- Negociação: Na negociação é feito o Acordo de Nível de Serviço propriamente dito, também o OLA, que é o acordo com as equipes internas para suportar o SLA, e também os contratos de apoio que são contratos com terceiros.
- Monitoração: Os níveis de serviço são monitorados de forma a medir o nível de qualidade de entrega dos serviços.
- Relatório: Os relatórios mostram os níveis de serviço alcançados e os acordados.
- Revisão: Através da análise dos dados fornecidos pelo monitoramento é são verificados pontos que podem ser melhorados na entrega dos serviços.
Este processo é de fundamental importância para que a TI esteja efetivamente alinhada com o negócio, já que o negócio é quem irá gerar o principal input para iniciar todo este processo. As expectativas dos stakeholders serão conhecidas e assim mais fáceis de serem satisfeitas. Também, o negócio irá definir qual SLA se faz necessário. A medição da disponibilidade dos serviços fará com que a TI seja melhor controlada e gerenciada e suas ações se tornarão mais transparentes para a organização, com isso a percepção da TI perante a organização é melhorada.
Um grande abraço e um abençoado 2010 a todos!
6 Comentários
Preciso de uma informação.
SLA e OLA são elaborados, geralmente, com as áreas de TI responsáveis pela produção dos sistemas.
Gostaria de saber: É comum se efetuar Acordos de Nível de Serviços/Acordos de Nível Operacional com as áreas de TI responsáveis pelo Desenvolvimento de Sistemas?
Quais os indicadores possíveis que podem ser colocados em um ANS para a área de desenvolvimento de sistemas?
Salvo engano, tenho notado que os ANS e ANO tem sido praticado na área de produção das empresas.
Olá Benedito!
O SLA será criado entre a área de TI(CIO por exemplo) e os clientes/usuários. O OLA será criado entre a área de TI e todas as outras funções internas como: suporte Desktop, Service Desk, Banco de dados, redes e inclusive o desenvolvimento.
Indicadores que você poderia utilizar do desenvolvimento de sistemas seriam:
– Tempo de resolução de incidentes de sistema. Por tipo: erro crítico, urgente e etc.
– Tempo para lançamento de versões.
Acredito que outras áreas tenham algum ANS sim.
Espero ter ajudado.
Abs,
Emerson Dorow
Líder de Atendimento TI
Prezados,
Gostaria de colocar aqui tambem um adendo para se fechar um SLA ou OLA, é um problema que vivencio na minha empresa e acredito que possa ser o dia-a-dia de outros, são premissas, ou seja, assinar um sla desde que haja premissas no sistema em produção que permitam que o mesmo tenha um prazo de entrega que possa ser cumprido, em muitos casos de TI o projeto é entregue sem documentação, backup, alta disponibilidade, redundancia, etc, o que não permite o atingimento das metas esperadas pelo cliente.
Nestes casos podemos ter no ANS, uma clausula que preve a implementação destas premissas e consequentemente evolução no grau de entrega.