Muito se fala em primeiro computador e inclusão digital. O Brasil segue firme e forte como um dos principais mercados de tecnologia do mundo, vendendo milhões de computadores. Mas será que o brasileiro pensa no software?
Essa é uma questão vital e que gera imensas discussões. O brasileiro compra o produto bonitinho em sua loja preferida, leva para casa, liga tudo e aí faz o quê? Instala o software pirata que um amigo lhe emprestou, que comprou em um mercado ilegal qualquer ou mesmo baixou da internet. Essa é a triste realidade de um mercado que sofre muito por várias causas. Vamos começar por elas.
Primeiramente, softwares são os famosos programas: aplicativos feitos para o usuário instalar e realizar alguma tarefa em específico. Temos exemplos famosos, como PHOTOSHOP, COREL DRAW, EXCEL, WORD e por aí vai. Quando você pensa no computador, dificilmente pensa na máquina apenas (seja ele um desktop convencional ou um notebook).
Você compra o PC para realizar algo com ele e nisso está incluso o software. Mas esse é um aspecto que, na maioria das vezes, você consegue encontrar uma versão “genérica” (leia-se pirata) que vai sair muito mais baratinha. Imagine só pagar uma fortuna por um programa. Isso é um absurdo! Neste momento crítico está o maior absurdo de todos: você comprando algo ilegal.
Entende-se por ilegal tudo que é contrário à lei, ilícito, ilegítimo. Ou seja, você está (mesmo sem querer) matando o mercado de software e, com isso, fazendo com que as pessoas que ficam horas pensando em programas para agilizar a sua vida ganhem menos e parem de dedicar horas de trabalho a algo benéfico para você. Adquirindo software ilegal, você contribui para aumento de criminalidade, redução da arrecadação de impostos, além do aumento considerável do risco para o usuário. Lembre-se de que computadores com programas piratas têm riscos de segurança muito maiores.
Em um exemplo prático: em caso de roubo de informações em uma transação bancária ou compra qualquer, você perde automaticamente qualquer chance de apelo, pois está usando um software ilegal. SIM! Os bancos não se responsabilizam nesses casos. Claro que você não tem acesso aos principais recursos e documentação, nem qualquer garantia ou opções de atualização.
Não estou defendendo ou acusando quaisquer partes: fabricantes, revendedores ou consumidores. A questão aqui é que comercializar ou usar tais produtos é completamente contra a lei. Será que você usaria ou compraria um computador roubado ou de origem ilícita? Então, por que usaria um software? Pense nisso. Esta é uma questão em que nós, brasileiros, devemos pensar muito, pois essa conduta errada está se perpetuando como correta.
E você, é uma pessoa legal?
Autor: Bruno Coelho – Gerente de Marketing da AGIS
4 Comentários
O jeito mesmo é migrar para o software livre, ou o pessoal que vende software abaixar o preço.=)
É por isso que a difusão de softwares gratuitos deve ser enfatizada.
Isso inclui sistemas operacionais, pacotes de escritório, editores multimídia, etc.
O problema das pessoas está na cultura de usar esses softwares e o Governo colabora não agindo sobre os “ilegais”.
Por que migrar para outro programa se o que usa que é bom e não pagou nada por aquilo (mesmo sendo algo piratizado)?
Se aqui tivesse a consciência sobre a ilegalidade sobre o produto digital e que é possível obter o mesmo resultado ou similar com um programa “free”, esse não seria um problema nosso.
Dica: use Linux e seja feliz!
Sobre diminuir o preço do software: não deve se ver apenas o valor como um consumidor, pois, no caso do office, a microsoft investiu um dinheirão para criar um software de qualidade para os usuários. Para poder recuperar esse dinheiro e lucrar ela precisa vender seu “peixe” e o software já está em muito barato, pois se fosse um sistema desenvolvido para um cliente/empresa específico seria muito mais caro.
As empresas também já sabem sobre a possibilidade de difusão ilegal de seu software na internet, por isso muitas dessas empresas criaram versões limitadas e gratuitas do seu software. No caso do office novamente, há uma grande necessidade de utilização pelas pessoas, principalmente no meio acadêmico em que estas não possuem meio de acesso ao software legal, então pode-se utilizar o office online.
Claro que envolvendo este caso, eu como um desenvolvedor, entendo o esforço voltado ao desenvolvimento de um software, porém a grande maioria dos consumidores não entenderia.
Creio que o mínimo a ser feito é tentar evitar a utilização, apenas em necessidade e quando puder comprar a ferramenta.
Pode-se comparar a música. Baixo as músicas do Iron Maiden na internet, mas sempre que posso compro algum cd deles ^^