Alô, leitores, estão por aí? 🙂
Muitos me chamarão de “arcaico” ao ler este artigo, mas foi um processo “natural” de maturidade das atividades que eu realizo no meu cotidiano.
Pois bem, já faz algum tempo que observo a gama de ferramentas e recursos que são disponibilizados na web. A princípio, não confiava na eficiência plena destes recursos, mas assumo que estive errado. Hoje, 90% da minha vida está na nuvem e estou buscando completar os outros 10%! Para demonstrar esse avanço, preparei uma lista dos aplicativos desktop que abandonei. Talvez a minha experiência poderá motivá-los a tomar o mesmo rumo, claro, se você já não estiver lá!
1) Outlook -> Gmail
A primeira grande mudança foi no cliente de e-mail. O motivo que ainda me fazia utilizar o Outlook era a centralização de várias contas de e-mail em um só local. Certo dia, me informaram que o Gmail também oferecia este recurso (assim como outros servidores, como o Hotmail), logo, decidi tentar por uma semana. Resultado? O Outlook já não faz mais parte da minha vida.
Sei que o Outlook fornece protocolos IMAP e sincronização de e-mails, mas, para mim, o visual clean e a simplicidade do Gmail saíram na frente.
2) Outlook -> Google Calendar
Outro recurso que eu também utilizava no Outlook era o calendário, mas com uma condição cômica: durante o dia, eu anotava meus compromissos em um papel e depois os inseria no Outlook ao chegar em casa. Não faz nenhum sentido, não é? Haha!
Com o Google Calendar, tenho acesso à minha agenda em qualquer lugar e ainda recebo notificações push no celular. Agora, sim, não esqueço de nada. Ah, e nem mesmo corro o risco de perder os papéis anotados.
3) Post-its -> Google Tasks
Removi aquele monte de papeizinhos amarelos colados no monitor e na parede. Migrei as minhas tarefas e anotações rápidas para o Google Tasks. Além de evitar a possibilidade de esquecer uma tarefa por causa de um post-it que caiu, não preciso mais “poluir” a minha estação de trabalho.
4) EssentialPIM -> Evernote
Sempre gostei de manter as minhas anotações de forma estruturada, divididas em tópicos. Até então, o EssentialPIM me servia bem, mas as informações ficavam apenas no meu notebook. Se houvesse a necessidade de consultar uma dessas anotações no trabalho (e isso acontecia com bastante frequência), a única saída era voltar para casa.
Em pouco tempo, encontrei o Evernote. Disponibiliza os mesmos recursos, mas tudo na Web! E então, desinstalei mais um aplicativo do PC.
5) HD Externo -> BitBucket
Os backups dos meus projetos eram feitos sempre no meu HD externo. Isso significa que, se acontecesse um problema com o meu notebook e com o HD externo, eu perderia tudo. Sei que é difícil, mas a pequena porcentagem de risco já me deixava inseguro!
Ao ler alguns artigos, pensei: “Por que não utilizar um controle de versão grátis?”
Dito e feito. Abri uma conta no BitBucket e subi todos os meus projetos, sem contar que agora posso rastrear as alterações através dos commits.
6) HD Externo -> Google Drive
Os arquivos pessoais importantes foram para o Drive! Agora posso formatar o notebook, quando quiser, sem medo algum.
7) KeePass -> LastPass
Já ouviram falar no KeePass? É um “cofre virtual” para guardar senhas. Excelente, no entanto, acontecia o mesmo com o EssentialPIM: muitas vezes eu precisava de alguma senha fora de casa. Tornou-se inconveniente.
Hoje utilizo o LastPass, um aplicativo web que possui a mesma funcionalidade e ainda traz extensões para navegadores, que preenchem campos de login automaticamente.
8) Excel -> Mobills
A respeito do controle das minhas finanças, abandonei o Excel! Eu nunca me sentia satisfeito com a estrutura das minhas planilhas. Parecia que eu estava mais “alimentando” dados do que controlando a minha condição financeira. Parti à procura de uma solução pronta na web e encontrei, depois de muuuuita pesquisa, o Mobills. Embora seja uma ferramenta paga, oferece tudo o que eu preciso: previsões, relatórios, saldos, extratos e controle de cartões de crédito.
9) Notepad -> Trello
Acredita que a pauta dos artigos do blog ficavam em arquivos de texto? Apesar de conseguir controlar os temas e as datas, eu sentia muita dificuldade na organização. Nessa mesma época, eu utilizava o Trello no trabalho e notei que conseguia manter as minhas atividades bem coordenadas. Oras, por que não utilizar um quadro Kanban para gerenciar a pauta de artigos? Boa ideia! Criei as colunas “Temas sugeridos”, “Temas selecionados”, “Em elaboração”, “Prontos” e “Publicados”. Adeus, Notepad!
10) Word -> LinkedIn
Currículo em formato DOC? Não preciso mais. Todo o meu currículo está estruturado no perfil do LinkedIn. Se for necessário enviar para alguém, basta utilizar a opção de exportação.
11) Notepad++ -> Kl1p / collabedit
Assumo que sempre instalo o Notepad++ no PC depois de formatá-lo. Costumo utilizá-lo para visualizar rapidamente arquivos de diferentes formatos. Ao mesmo passo, também venho usando editores online, embora não na mesma frequência.
Kl1p e collabedit são ótimos editores Web que também fornecem a seleção da linguagem de programação. O último ainda permite que o código seja editado em tempo real por vários desenvolvedores.
12) PhotoScape -> Pixlr
Qual o sentido de instalar o PhotoScape no computador se posso utilizar um editor de imagens grátis na web, pelo browser? Essa é a proposta do Pixlr. Já que normalmente faço edições básicas, como cortes, redimensionamentos e filtros, essa ferramenta já me atende muito bem.
13) Winamp -> Spotify
Essa decisão foi difícil. Eu utilizava o Winamp há muito, muito tempo, desde a versão 2.91! Já conhecia todos os recursos, teclas de atalho, temas e plugins. Porém, quando soube que eu poderia criar a minha playlist online pelo Spotify, de graça, sem precisar fazer uploads, deixei o Winamp. Outro aplicativo desinstalado.
14) Skype -> Google Hangouts
Esse item pode parecer um pouco controverso, mas devo dizer que ultimamente venho me frustrando um pouco com o Skype. Além de ocupar quase 100MB de memória, algumas chamadas falham (principalmente em grupo) e a transferência de arquivos é relativamente lenta. Optei por migrar para o Google Hangouts. Não preciso instalar nada no computador e posso criar videoconferências com boa qualidade.
Sobre aplicativos desktop, também providenciei algumas mudanças. Passei a utilizar o 7-Zip ao invés do WinRAR (por ser free), e configurei o Google Chrome para abrir arquivos PDF no lugar do Adobe Reader, que também não é nada agradável com o uso da memória RAM.
O meu próximo passo é abandonar, de vez, o Microsoft Office e usar somente o Google Docs. Na verdade, estou quase concluindo essa fase!
E você, leitor? Tem alguma recomendação? Poste nos comentários!
Abraço e até a próxima!
Publicado originalmente no Blog André Celestino
15 Comentários
Olá André!
Interessante seu post, mas tenho algumas ressalvas sobre migrar 100% para a nuvem. Apesar de também ser um grande desejo meu (e olha que eu também utilizo muitos serviços assim), ainda creio que nem tudo é confiável.
Veja o que aconteceu comigo na semana passada: Eu possuía lindos 20GB de armazenamento gratuito no OneDrive (que me disponibilizaram em eventos e promoções da Microsoft). Eis que recebo um e-mail me comunicando que dos 20, apenas 5GB estarão disponíveis à partir de julho/2016, e que necessito fazer um upgrade na minha conta, ou baixar meus arquivos para liberar espaço e não perdê-los! Dá pra ficar indignado, não dá?!
Possuo também conta no Google Drive, com armazenamento além dos 5GB, adquiridos da mesma forma. No entanto, agora fica o receio de utilizar o espaço. E aí, nessa hora fazemos o quê? Migramos para o Mega?! Imagine o constrangimento e trabalho que estou tendo.
Além do mais, sempre fica a insegurança de armazenar arquivos e fotos pessoais. Quantos serviços online de grandes companhias já não foram invadidos e hackeados?!
Sem contar as inúmeras ferramentas que vez ou outra são descontinuadas (até mesmo o Google tem essa prática), deixando seus usuários órfãos do serviço.
Portanto, sugiro ir com calma e ainda não migrar 100%!
Uso serviços na nuvem a bastante tempo e posso dizer que são muito práticos. Vejo pessoas comentando, como o colega Marcelo comentou, seus receios com relação à segurança, mas se pesquisarmos, veremos que normalmente os “ataques” poderiam ser evitados com um cuidado maior no uso dos dispositivos que acessam a nuvem. Os serviços não são perfeitos, mas com os prós e contras, creio ser vantajoso o uso de serviços na nuvem.
O que acontece também é que, infelizmente, nossa cultura do tudo deve ser de graça atrapalha nossa visão. Sou usuário do Office 365 e pago 26 reais +-. Tenho direito a uso do office em vários dispositivos e 1TB no OneDrive, e ainda posso disponibilizar com até 5 pessoas os mesmos benefícios, então fazendo as contas, caso seja pesado o pagamento do valor, dividir com 5 pessoas da exatamente R$ 5,20 para cada um. Nunca a microsoft baixou meu espaço nem tive intercorrências de perda nenhuma de arquivos.
Creio que ter um espaço, gratuito, é para experimentar o serviço e o fato de a Microsoft, no caso específico do colega Marcelo, avisar com meses de antecedência sobre a mudança, que vale destacar, é permitida no contrato de licença de uso (sim existe um contrato de licença de uso) da empresa, é de extremo respeito por parte da empresa pois é um prazo razoável para se tomar uma decisão sobre o que fazer.
Quando nos negamos a pagar por um bom serviço ou aplicativo e usamos serviços gratuitos como objetivo de vida, reduzimos o valor e o respeito da ti perante toda a sociedade (não se perde o reconhecimento da importância mas se perde a valorização dos profissionais), especialmente quando o valor não é absurdo e dá para ser pago, e ainda garantimos monopólio de grandes empresas pois normalmente apenas elas podem bancar por serviços gratuitos de início por possuir, como se diz no popular, “costas largas”.
Mudar nossos hábitos e conceitos é estimular o crescimento e o empreendedorismo dentro da Tecnologia da Informação.
Comecei a migrar minha vida para as nuvens depois de adquirir um Macbook Air com um SSD de 128 GB. Sai de um HDD de 1 TB e cai sem paraquedas na limitação de espaço.
Confesso que sou grande fã dos serviços do Google, utilizando ao máximo eles.
Para backup de fotos de forma ilimitada e até mesmo edição tenho usado o Google Photos.
Para controle de tarefas tenho usado o Evernote e Wunderlist, não consegui criar um método eficiente ainda para isso, mas arranquei os papéis do meu computador já.
Confesso que sempre quis testar o Trello, mas, por usar Redmine no trabalho, nunca me atrevi.
Para controle de projetos, eu utilizo o Github devido a grande quantidade de repositórios disponíveis para fork.
Diego, concordo plenamente com a sua visão.
Algumas pessoas ainda se sentem resistentes em relação à nuvem por receio de segurança, mas vale ressaltar que desktops (como PCs) também são vulneráveis a ataques, mesmo que, talvez, em proporções não equivalentes.
Como você disse, os serviços não são perfeitos, até mesmo em questão de funcionalidades limitadas, mas, ao “colocarmos na balança”, acredito que os serviços de nuvem são mais proveitosos. Uma das maiores vantagens, ao meu ver, é a disponibilidade de acesso aos meus arquivos em qualquer lugar e de qualquer dispositivo.
Marcelo, uso o Google Drive já há alguns anos e nunca foi notificado da redução de armazenamento. Pelo contrário, já recebi um e-mail informando o aumento de espaço, no qual utilizo normalmente até hoje.
Fiquei um pouco perplexo com o seu caso.
Obrigado pelo comentário, pessoal.
Já estou na nuvem a bastante tempo e 100% usava serviços da google, quando comprei um Nokia 930 comecei a migrar tudo para conta da Microsoft, acabei ganhando 130Gb de graça para armazenamento. Muito satisfeito com a nuvem da Microsoft.
Júlio, obrigado pela contribuição!
Não sabia que o Google Photos permite edição de imagens.
Vou dar uma olhada no Wunderlist também!
Abraço!
Fiz essa migração já tem uns 7 anos… Abandonei algumas ferramentas que eram apenas controles desnecessários (não vejo porque usar software pra armazenar senhas, ou sistemas pra controlar anotações, etc). Menos controle e mais execução. Controle apenas pra algo que precisará realmente de histórico. Anotações? Post-its em um mural de tarefas. Acabou? Lixo. O apelo visual ajuda na produtividade 😛
Quando o software não possui versão web (ou a versão web é cara) o arquivo é salvo direto no Google Drive.
Assim como você, formatar um computador é algo rápido, levo menos de 10 minutos para verificar tudo no computador antes de formatar. Por tudo ser armazenado online, no máximo aquele pente fino pra ver se ficou algo perdido no desktop ou pastas padrões do Windows…
HD externo era minha 3ª Cópia, abandonei quando um que tive apresentou problemas e não retornei mais.
O segredo é utilizar serviços confiáveis e que não vão sumir amanhã. Já documentos extremamente importantes a recomendação é sincronizar em mais de um lugar (pode-se usar o Google drive e sincronizá-lo em um notebook e em um desktop por exemplo).
Olá, Alexandre!
Agradeço pelo seu comentário! Notei que você já é um usuário “veterano” de Cloud. 🙂
Porém, só discordei sobre o mural de tarefas, talvez porque temos necessidades diferentes.
Eu utilizo o Trello (ao invés de algo visual), porque, mesmo terminando as tarefas, preciso manter um histórico de quando, como e por quem ela foi concluída. Com o Trello, faço um filtro e em pouco segundos encontro o post-it.
A respeito das senhas, acho conveniente utilizar um cofre virtual. Eu não uso a mesma senha em todos os sites que tenho cadastro, portanto, é comum eventualmente esquecer alguma delas, e a minha ressalva, no caso, é o LastPass.
Abraço!
Sem perceber uso bastante a nuvem já tem anos. Pois todos meus documentos são sincronizados com o OneDrive e Dropbox.
Sincronizo smartphone e notebook. Tanto que troquei de computador e celular várias vezes sem me preocupar.
Tem um navegador que sempre está a frente da concorrência, o Opera! Ele já sincroniza os marcadores(favoritos) e speed dial, senhas a muitos anos. Foi meu primeiro passo nas nuvens!
Recomendo o One Note, gratuito e muito bom, pra mim é até melhor que o evernote.
E tem outro programa também mudou nossos hábitos……. Netflix!!!!!! Muitos ainda baixam os seriados e filmes, mas muitos usuários estão no streaming!!
Abraço!
Praticamente nossos amigos disseram tudo. Tanto as vantagens quanto as desvantagens. A única coisa que me preocupa é o que o Marcelo disse lá em cima, a possibilidade de redução no espaço da nuvem e a perda de arquivos por isso.
Jatobá, obrigado por contribuir com mais alguns aplicativos! O Opera realmente foi o “pioneiro” no recurso de sincronização de dados com a nuvem. Deu tão certo que hoje praticamente todos os browsers populares possuem essa funcionalidade.
Ah, vou experimentar o OneNote! 🙂
Renan, eu acredito que, caso haja alguma redução por algum motivo, os prestadores destes serviços notificarão os usuários com antecedência. Dessa forma, teríamos tempo de baixar os arquivos e depois copiá-los novamente para outro serviço de armazenamento.
Obrigado pelo comentário!
Abraço!
Estou nesse processo de migração também, depois de muitos receios quanto a segurança. Uma das primeiras coisas que fiz, como eu utilizo Microsoft, foi, no windows, mover as pastas padrões do usuário (desktop, documento, imagens, etc.) para uma pasta dentro sincronizador do onedrive. Assim, mesmo que eu salve os arquivos nas pastas padrões elas vão ser sincronizadas na nuvem, facilitando a formatação e o acesso aos dados. Da para fazer com qualquer sincronizador, mas, por ser usuário do office 365, optei por este.
Olá, Carlos!
Tive a mesma experiência que você! O meu primeiro passo também foi utilizar o um sincronizador de arquivos. No meu caso, uso o Google Drive por já possuir uma conta no Gmail.
Quando me certifiquei de que poderia acessar os meus arquivos de qualquer lugar e de qualquer dispositivo, entrei de cabeça na nuvem, rsrs.
Obrigado pelo comentário. Abraço!
Boa Noite,
Tenho uma sugestão de aplicativo, seria o google keep, ele funciona de maneira semelhante ao Evernote;
E como se trata de um ferramenta do google existe a facilidade de sincronização…
Olá, Raphael!
Por coincidência, estou testando o Google Keep desde a semana passada. Os resultados estão sendo bons!
Obrigado pela sugestão! Abraço!