Algumas pessoas acreditam que ter um chefe “bonzinho” é o ideal, o mundo perfeito. Ter aquele chefe que não briga, faz vista grossa pra tudo, não lhe critica e nem reclama. Só que eles se esquecem que estes mesmos chefes não dão feedback, não lhe estimulam a crescer, não lhe ajudam a evoluir como profissional e, o pior de tudo, não são justos.
Sinceramente, não sei como alguém pode gostar de um chefe assim. Sou fã da liderança situacional – aquela onde se aplica o tratamento correspondente a necessidade e maturidade de cada funcionário. E totalmente contrária aquela máxima do “Devemos tratar a todos de forma igual.”, isso é pura injustiça.
As pessoas são diferentes, geralmente, nas equipes encontramos profissionais bons e ruins; comprometidos e desinteressados; competentes e incompetentes, o que torna impossível tratar a todos de forma igual.
Só que apenas líderes sabem identificar essas diferenças e tratar cada funcionário da forma apropriada (e justa). Os chefes não possuem esse talento, olham para todos ora como subordinados, ora como “amigos”. E isso cria um desconforto tremendo nos bons funcionários da equipe.
O bom funcionário é alguém que se dedica, se compromete, se envolve e quer sempre alcançar o melhor resultado, o seu foco é do cliente, sua vontade de entregar um bom produto é tão grande que não mede esforços para se empenhar nas suas atribuições. Um profissional dessa categoria não precisa (e nem deve) ser comandado, ele não precisa que digam o que e, principalmente, como ele deve realizar suas tarefas, pois, ele já sabe fazer (e muito bem).
O que ele precisa é de alguém para seguir, liderar, motivar e inspirar. Um líder que o estimule, apoie, aponte suas falhas, ajude-o a crescer e valorize seu empenho por meio dessas atitudes e não de “tapinhas nas costas”.
Quando um bom profissional fica subordinado a um chefe sua saúde torna-se vulnerável a tudo: estresse, desânimo, desconforto, desmotivação e isso acaba sendo somatizado por sua mente e refletido em seu corpo. Dores, fadiga, fraqueza, tensão, tristeza, enfim, seu corpo começa a mandar sinais de que algo não está bem e que ele precisa mudar isso.
Nesse caso só tem duas opções: mudar a si mesmo ou mudar de ambiente.
A primeira nem sempre é a mais fácil, por isso, a maioria das pessoas tendem a seguir pela segunda opção. Entretanto, pense e avalie muito bem quando for mudar de ambiente, não se deixe iludir por questões salariais ou falsas promessas. Preste atenção no momento da entrevista (leia o post “6 dicas simples para uma boa entrevista de emprego“) para não trocar seis por meia dúzia.
O importante é agir e mudar essa situação, pois, sua saúde está em jogo.
Movimente-se.
2 Comentários
Excelente texto , Carolina. Parabéns.
Essa imagem aí de “chefe bonzinho” nada mais é do que a de um “chefe ruim”, também. A descrição é de uma pessoa que assume um posto de gestão sem ter um preparo mínimo para trabalhar a equipe. Infelizmente, já vi algumas pessoas saírem da área técnica de TI para assumirem cargos voltados a gestão, sem nenhum tipo de capacitação, e acabam até atrapalhando a própria carreira. Aquela história do “O melhor especialista não será necessariamente um bom gestor”.
Claro que não só nesses casos é que aparecem os maus líderes. Acho que muitas pessoas ainda se enganam em achar que especialistas estudam muito e ,para alguém ser um bom gestor, não serão necessárias muitas horas de estudos.
Obrigada Lucas.
Concordo contigo, tem muitas empresas que pensam que um bom especialista será, naturalmente, um bom líder e isso quase sempre não ocorre. Para ser um bom líder é preciso muito estudo, preparo emocional e técnico, sem dúvida.