O mais novo termo a ser aprendido pelos usuários da internet é “killware”, uma forma de ameaça cibernética que vem, nos últimos anos, preocupando enormemente especialistas em segurança virtual do mundo inteiro.
O motivo? Além dos seus efeitos deletérios no espaço digital, o killware pode trazer graves consequências também para o mundo real, levando até mesmo a morte de pessoas.
Abaixo, você confere em detalhes onde esses ataques podem ocorrer e as melhores táticas para se proteger como, por exemplo, ocultar seu endereço IP para não revelar sua localização. Se você está se perguntando “como ocultar meu IP”, a resposta vem logo a seguir, continue lendo.
O que é killware e porque ele é perigoso?
O killware é um tipo de ataque hacker que não visa a ganhos financeiros, mas, sim, ao impacto de suas ações. Podendo afetar aparelhos eletrônicos e equipamentos computadorizados conectados à internet, a maior preocupação em relação ao killware diz respeito a como ele pode atingir o mundo fora das telinhas – ganhando controle de infraestruturas essenciais da vida moderna.
Um exemplo desses ataques ocorreu na Flórida, no começo de 2021. Usando um código malicioso para invadir uma estação de água, um grupo de hackers tentou contaminar a distribuição hídrica da cidade de Oldsmar ao desregular a quantidade de um aditivo (soda cáustica) usado no tratamento da água. Por sorte, as autoridades locais conseguiram detectar o ataque e evitar um desastre. Do contrário, milhares de vítimas morreriam envenenadas.
Como ocorre um ataque de killware?
Em resumo, os ataques de killware possuem duas características marcantes: eles buscam causar impacto e chamar a atenção da sociedade, e são dependentes da fragilidade dos sistemas virtuais.
Assim, qualquer aparelho com conexão à web e que possa trazer consequências negativas a uma grande quantidade de pessoas é um possível alvo.
Deste modo, três são as categorias principais sujeitas a esses ataques.
- Hospitais. Com a recente implantação de sistemas online para quase todas as funções e equipamentos das clínicas, casos como o ataque de Düsseldorf, em 2020, tendem a ser mais comuns e merecem cuidado redobrado por suas possíveis consequências.
- Infraestruturas essenciais. Tal qual a estação de água da Flórida, redes elétricas, bancos, sistemas de emergência e demais unidades de serviços básicos de uma cidade ou estado que tenham pelo menos parte de seu funcionamento conectado à internet também podem ser passíveis de uma invasão do tipo.
- A internet das coisas. Aos aparelhos inteligentes interconectados dentro de uma mesma rede, seja numa indústria ou no ambiente doméstico, dá-se o nome de “internet das coisas”. Esse conjunto de dispositivos também é um alvo preferencial do killware. E a razão é simples: você consegue imaginar a repercussão de uma invasão à rede que conecta o sistema de segurança ou de aquecimento da sua casa, por exemplo?
Como se proteger contra o killware?
Embora não haja muito o que um usuário comum possa fazer para se proteger contra ataques à grandes estruturas públicas, como hospitais ou redes de distribuição de água, pequenas estratégias podem ser empregadas para melhorar a proteção do seu lar contra esses ataques.
Aqui estão as três mais importantes
- Mantenha sua rede Wi-Fi particular protegida. Use uma senha forte, contendo números, letras e símbolos diversos para garantir que apenas pessoas autorizadas tenham acesso à sua conexão. Quanto mais controle você tiver sobre sua própria rede, mais seguros estarão seus dispositivos conectados a ela.
- Use uma VPN. Com uma rede virtual privada (VPN) instalada em sua rede, você pode criptografar o tráfego de dados da sua casa e dificultar a invasão ou interceptação por agentes maliciosos. Além disso, uma VPN possibilita que você oculte seu IP, o que evita que hackers descubram sua localização por meio de seus dados de navegação.
- Repense a conexão de seus aparelhos. Por mais conveniente que seja deixar todos os seus dispositivos conectados à internet, talvez seja melhor considerar se mantê-los online a todo momento é verdadeiramente necessário. Lembre-se de que todos os dispositivos ligados à sua rede podem ser controlados por hackers caso ela seja invadida.Talvez abrir mão do luxo de regular a temperatura da sua casa pelo smartphone, por exemplo, não seja uma concessão tão ruim assim.
Ataques das mais variadas formas estão cada vez mais em evidência. Estar sempre atento/a e seguir regras/dicas de segurança em informática pode ajudar a poupar dores de cabeça.