Qual é a causa da subvalorização do profissional de TI? Será que o mercado simplesmente resolveu escolher esse setor para crucificar ou existe algum estranho caroço nesse angu?
Desde já, informo: teremos problemas com esse artigo. Algumas pessoas concordarão, mas outras – possivelmente os extremos sofredores – discordarão tão veementemente que pensarão em me atirar pedras na rua.
Conversava eu recentemente com um empresário muito competente na área de TI quando saiu o seguinte assunto: a desvalorização do profissional dessa área.
Perguntei em que consistia, exatamente, essa desvalorização, e ele me disse que muitas empresas propõem vagas requisitando uma grande gama de habilidades enquanto oferecem salários muito baixos, incompatíveis com as competências solicitadas.
Treinado que sou para ser um interlocutor insuportável, comecei a pensar como aquela poderia ser uma leitura incompleta da realidade. Eu conseguiria contra-argumentar se encontrasse duas situações: (1) profissionais de TI bem valorizados ou (2) profissionais subvalorizados em diversas áreas, mostrando que não se trata de uma perseguição aos nerds, mas de uma situação de mercado comum a muitos setores.
Obs.: Pronto, começou. Acabo de perder um monte de leitores com esse nerds. Perco o restante até o fim do texto, prometo…
Pois eu encontrei ambas as situações. E elas têm tudo a ver com um erro estratégico muito frequente em nossas vidas: querer obter sem previamente prover.
Quanto à situação 1, lembrei-me de uma empresa que possui, entre seus profissionais, um estagiário que ganha 4 mil reais. A informação é quente, pois eu tenho um insider na empresa com o qual troco informações.
Na empresa em questão – bem como onde eu trabalho – há ampla utilização de uma filosofia cada vez mais habitual nos dias de hoje: a meritocracia. De acordo com essa prática, não vale mais quem tem um sobrenome bonito, um curso superior completo ou está há mais tempo na empresa. Vale mais quem vale mais.
É o caso desse estagiário premium platinum. A empresa viu muito talento nele e decidiu pagar-lhe os 4 mil. Mas ela viu muito talento nele depois de tê-lo contratado por míseros 400 reais…
Existe ainda o caso de uma outra empresa que merece nossa atenção. Nela eu também possuo um insider (essa vida de articulista espião) e ele não é apenas meu informante, mas o próprio cara que ganha bem – e ainda desfruta de alguma mamata. Certo dia, eu queria combinar de conversar com ele e perguntei se precisava ser após o expediente. Ele me disse que não, que simplesmente sairia do trabalho no meio da tarde e se encontraria comigo.
Obs.: A situação acima é um perfeito retrato da liberdade desfrutada por alguns profissionais tal qual descrito no manifesto A Única Condição do Amplitudo – o primeiro de uma série de e-books que você pode obter gratuitamente ao se cadastrar aqui.
Voltando ao assunto (depois da desavergonhada autopromoção), por nada no mundo eu revelaria a identidade dessa última empresa, até porque poderia comprometer o cotidiano – e a mamata – do meu insider. Um bom espião precisa proteger suas fontes. Mas sabe por que a citei em especial? Porque já ouvi casos de pessoas se candidatando a vagas nessa corporação com a mesma reclamação tema de nosso artigo: muita exigência e pouca remuneração.
E posso dizer que concordo totalmente, pois o tal insider, quando começou, também era um escravo tinha que se dedicar bastante em relação ao que recebia.
Porém, a vida profissional de nosso colega melhorou (ainda estamos no contra-argumento 1, para quem já se perdeu), mostrando que a mesma empresa que exige muito e paga pouco é capaz de, após algum tempo, exigir menos e pagar mais. Não é à toa que paciência e persistência rimam.
Isso nos leva ao (bem mais rápido) contra-argumento 2. Se você reparar em outras áreas diversas de TI, verá ocorrer o mesmo em praticamente todas: o começo é duro e somente através do esforço e do trabalho melhoram-se as condições.
Basta pensar que, enquanto existe aquele seu amigo José Arruela da companhia de teatro que não tem nem onde cair morto, também existe um Tom Hanks – que, certamente, tem onde cair tanto morto quanto vivo – e várias vezes – além de não ter se tornado quem é hoje em dia logo ao realizar seu primeiro filme.
A conclusão dessa história é a seguinte. Você não deve bancar o bobo e fazer carreira em uma empresa que notoriamente não valoriza ninguém, nem financeiramente, nem de qualquer outro jeito. Mas também não pode esperar, antes de demonstrar qualquer competência na prática, que a empresa lhe concederá um salário astronômico e admiráveis condições de trabalho. A coisa simplesmente não funciona assim, e não é só em TI, mas em todos os setores.
Parece que o negócio é mesmo arregaçar as mangas. Minha opinião? Em vez de reclamar da situação, o segredo está em mostrar ao seu empregador por que ele deveria melhorar as suas condições de trabalho.
Não é pedir. É mostrar.
Pense nisso.
ATENÇÃO: Concordando ou não com o conteúdo desse artigo, você talvez queira ler um outro, do mesmo autor, que amplia essa discussão e, assim, poderá concordar ou discordar ainda mais! Confira em: Tripartite e a verdadeira desvalorização.
Toda essa história de esforço e tenacidade para pavimentar o próprio caminho será coroada com o interessante relato do Angatuba Boy, o profissional de TI que usa armas brancas para vencer na vida. Não perca.
56 Comentários
Parabens pelo texto, já observei situações identicas nas opções 1 e 2.
Não tem como não observar o que acontece com você em seu ambiente empresarial e com os dos “amigos”.
Desculpe, mas eu nao acredito nem um pouco na historia do estagio de 4 mil reais… Se voce entrar em um site de empregos para TI, indicaria o ceviu.com.br, de uma olhada nos requisitos que pedem para um simples estagiario.. Tao pedindo de 4 a 5 linguagens de programacao, fora conhecimentos de rede, SO, etc…. Se voce é da area de TI, voce sabe quanto tempo leva para apreender o basico somente de 1 linguagem?? Imagina de 4.. E oferecem miseros 600 ( e olhe la) reais para esse profissional…. como vou chamar de estagiario um cara que desenvolve em 4 linguagens de programacao diferentes..?? Desculpa o desabafo, mas acho que seu texto ta um pouco equivocado.. att Daniel.
Meritocracia na pratica não vejo isso no mercado já trabalhei em empresa com essa filosofia mas a cultura da Politicagem brasileira infesta e contamina nossas empresas.
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Concordo que a desvalorização esta nas mas variadas áreas, porem o que não foi comentado no artigo e a importância desse profissional, não e claro desmerecendo outras áreas, porem, TI tornou-se algo primordial pra qualquer empreendimento ou negocio, pegue um bom empresario e faça a seguinte pergunta a ele ” Imagine sua empresa sem a área de TI em perfeito funcionamento”, por exemplo pergunte a dona do Magazine Luiza, ou ao dono das redes de supermercado carrefour, onde a área e extremamente importante, não estou dizendo que essas empresas pagam mal, estou dizendo que a área de tecnologia deveria ser tao valorizando como a de um medico ou advogado ou juiz pois tudo hoje gira em torno do TI. Então pergunto por que a desvalorização? Imaginem se todos os técnicos ou analistas de TI decidissem efetuar uma semana de grave no Brasil inteiro como seria? Eu gostaria de ver!
Sou técnico de suporte no Tribunal Federal de SP e nossa rotina é complicada. Às vezes enquanto estamos atendendo remotamente um usuário, outro liga e entra um colega no messenger tirando dúvida. Tem dias que eu pego cada bucha que sou obrigado a ficar em off e tirar o telefone do gancho, senão não consigo atender. E ainda tem advogados que ligam dizendo que não sabem preencher os campos do sistema de peticionamento eletrônico (na verdade eles tem preguiça de ler o que está na tela). Seria bom se a área de TI tivesse salários diferenciados, mas como somos servidores temos o mesmo salário dos outros de área jurídica.
Da próxima vez, faz um artigo mais convincente ou leia as ofertas de trabalho antes.
Agora na boa! Se o kra sabe tudo que pede na vaga ( um jornal de requisitos). Por que não abre um buteco de TI e larga de ficar trabalhando de carteira feito bobo?
Excelente texto amigo.
Aproveito para complementar com o seguinte vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=1ov1Qu5LyUU
Uma coisa importante.
Boas empresas raramente, mas muito raramente anunciam vagas em empresas como Catho, Ceviu e etc.
Em 90% dos casos as vagas são ocupadas por indicações dos próprios funcionários da área técnica.
Os cenários onde uma vaga é “aberta” assim são dois.
– A própria equipe não tem uma indicação sensata para a vaga, o que raramente ocorre numa empresa de grande porte. Quanto mais funcionários, maior a chance de indicarem outros bons profissionais.
– A empresa não tem uma boa equipe de TI e contrata serviços de empresas de RH para selecionar profissionais. Nesse caso encontramos bizarrices em sites de vagas como oportunidade para estágio, cobrando todas as tecnologias existentes no mercado para pagar 500 pratas.
Em resumo, se o mercado não está lhe agradando, provavelmente você não conhece as pessoas certas.
Empresas de grande porte quase sempre possuem vagas eternas a serem preenchidas.
Amplie seu networking, seja ativo nas comunidades de TI e bom tecnicamente que nunca lhe faltarão boas oportunidades.
Acho que a questão é mais ampla que nossa profissão.
A princípio, é um problema do sistema em que vivemos. O número de profissionais é maior que o número de empregos e aí reina a “lei da oferta e procura”. Em outras palavras, sobrando profissional os salários abaixam, sobrando empregos, aumentam. Este é o problema maior que influencia diretamente qualquer profissão.
Vejo dois outros problemas que aí sim, são diretamente ligados ao nosso ramo:
1. Saturação. Com a era da informática todo mundo resolveu que os computadores são o futuro e isto seria sinônimo de bom salário e emprego garantido. Isto fez com que caíssemos na lei da oferta e procura em um âmbito restrito a nossa área.
2. Prostituição. Já diz o ditado: Se você não gosta de si mesmo, quem gostará? Um cliente de informática (dono de empresa), ou qualquer um que contrate serviços da área com frequência, sabe que se ele quiser um serviço e estiver disposto a pagar 1/3 do que o mesmo vale, alguém se disponibilizará para fazê-lo. Neste caso, basta ao contratador ter um pouco de paciência que o sujeito que não se valoriza irá aparecer. E se o sujeito não se valoriza, o empregador irá valorizar?
Eu acredito em tudo que foi relatado, pois passei por situação parecida na última empresa que passei só que inversamente e tinha informações por mim mesmo ou por um ïnsider” rsrs e tinha pessoas que ganhavam exorbitantes 7.000,00 para fazerem Sliders ou outras bobeiras do dia-dia que até uma pessoa que não entendia poderia tocar.
Trabalhava a mais ou menos 1 ano e meio na empresa e a mesma tinha muito serviços a ser gerênciados e nosso setor não tinha valorização mesmo fazendo melhorias diárias, chegando o ponto de paramos e esperarmos a demissão, pois mudaram nossa gerência nesse meio termo e o novo gestor contratou novas pessoas sentadas do nosso lado para sugar em conhecimento e ganhando o dobro do nosso salário trabalhei lá 2 anos e hj a TI lá está desmoronando. Empresa totalmente mal gerênciada e com pessoas que não supriram o que gerênciavamos por falta de conhecimento e é empresa de médio porte, e creio q exista varias outras nesta mesma situação.
Aqui nós temos uma VERDADE e um PROBLEMA. A VERDADE é a Meritocracia, e como ele disse isso é assim em qualquer área (pergunte ao Jorge Paulo Lemann), faça bem feito, faça certo, se esforce e será recompensado. O PROBLEMA é que quando se trabalha PJ (Terceirizado) prática comum neste ramo, as Consultorias de TI cobram horrores do Cliente e repassam pouco ao Profissional de TI – ou seja o Profissional é explorado e sugado ao máximo e os Capitalistas Satânicos ganham muito em cima. Assim o profissional trabalha desmotivado, é óbvio. Esse também é um problema geral, o empresário Brasileiro é muito ganancioso. Pra quem trabalha em SP ou já trabalhou sabe como é e viu muitos e muitos Empresários da área de TI ficarem milionários explorando os Consultores.
Só para finalizar um caso que eu presenciei de um desses “Empresários” medíocres: o cara começou com uma Consultoria pequena e foi crescendo, comprou um concorrente, depois outra e outra Consultoria de TI. Se tornou uma das maiores de SP. Muito bem chegou o final de ano na Festa da Empresa o “Grande Empresário” subiu no palco e depois de mostrar os números do Balanço Anual e dizer umas palavras, finalizou cerrando o punho para cima e gritando em voz alta: “Consegui” – isso mesmo vc não leu errado ele disse “Consegui” e não Conseguimos – um sujeito desses (pra não dizer um Lixo destes) tem que morrer. Sad but true…
Também acredito na meritocracia como principal alavancador. Mas isso só funciona onde ela é aplicada devidamente (ex, EUA).
O problema é quando você se esforça MUITO, trabalha MUITO e o local onde você trabalha NÃO oferece meritocracia. Tem QI para os “amigos do rei” e “apadrinhados” em geral, mas o retorno é proporcionalmente baixo para quem faz a roda girar. E isso parece senso comum.
Discordo em um ponto chave no seu texto: Amostra grátis NÃO é para profissionais talentosos; serve bem para traficantes de drogas e vendedores. Quem realmente sabe o que faz não faz de graça, e salários extremamente baixos, por mais que seja um início de carreira numa nova empresa, são indignos para um profissional de verdade.
Se uma empresa quer REALMENTE atrair bons profissionais, que façam a diferença na sua organização, deverá necessariamente oferecer um salário digno (e digno eu não falo “alto”, e sim algo compatível com a realidade do custo de vida do local e proporcional à exigência de capacitação do candidato). Se busca apenas aqueles dispostos a dar o sangue sem nenhuma garantia contratual em retorno, infelizmente, ou vai contratar os amadores incompetentes, ou iludir os desinformados que só sentirão frustração e ao final terminará mal para ambas as partes. Perspectivas de carreira são só perspectivas se não houver garantia contratual ou legal; não adianta nada se o patrão não as põe em prática, e infelizmente não dá pra saber ANTES de assumir o novo emprego se o fará. A empresa que valoriza seu funcionário valoriza DESDE O COMEÇO, não aquela que o faz de escravo desde o início. Esforço e sacrifícios são essenciais sim no começo de qualquer profissão, concordo plenamente. Mas não devem ser a regra, por exemplo, a qualquer mudança de emprego o profissional se submeter a salários extremamente baixos, principalmente quando este envolve altíssimos níveis de exigência, capacitação e experiência.
Acho que ninguém, em sã consciência, tem pretensão de salário astronômico ao assumir um novo emprego. A reclamação geral, e sensata, é por ofertas que de tão baixas ferem a dignidade. Oferecer salário de R$1.200 a um Analista de Sistemas é ULTRAJANTE. E, por mais surreal que possa parecer, estamos cheios de ofertas assim no nosso mercado. Imitando sua espiada “insider”, conheço funcionários de grandes empresas do Nordeste que, apesar de oferecerem bom ambiente de trabalho, passaram cerca de 8 anos “congelados” em suas carreiras, sem qualquer tipo de progressão funcional, mesmo tendo se capacitado e melhorado suas habilidades ao longo do tempo.
Muitos profissionais já mostraram e não têm mais que provar nada de seu altíssimo valor para ninguém no mercado. O problema é que a maioria passa longe de ter um retorno proporcional ao que agregaram às organizações para as quais trabalharam. Infelizmente os gestores são míopes, e a maioria das empresas ainda NÃO descobriram o grande potencial que a TI tem de alavancar seu potencial e poucos veem o papel estratégico da TI para as empresas. A maioria ainda vê a TI como computadores para textos e planilhas e o profissional de TI como o “menino da informática” que conserta seu PC. Bem diferente de países que levam a TI com seriedade e como foco de investimentos. Infelizmente……………
Sabias palavras Romulo… totalmente de acordo..
O artigo tem sua relevância, mas não é uma regra.
A meritocracia está longe de ser aplicada pelas empresas pelo mesmo motivo das ofertas ridículas de vagas exigindo tantos conhecimentos: QUEM CONTRATA NÃO CONHECE NADA DE TI.
Para as empresas que contratam, as sopas de letrinhas não têm qualquer significado. Simplesmente saem pedindo os conhecimentos sem saber se aplicam na própria empresa. Já estive em entrevistas para Gerente de TI que exigiam do candidato coisas como HTML, JavaScript e Lógica de Programação… Simplesmente me levantei, agradeci a oportunidade e fui embora! Esperar o que de uma empresa que nem sabe como contratar?
Outro ponto importante é que bons profissionais estão pagando pelos amadores do passado. Época triste onde qualquer zé ninguém vendia sistemas para empresas como se fossem profundos conhecedores, quando, na verdade, eram contadores, administradores, advogados, farmacêuticos, que viram uma oportunidade de “levantar uma grana rápida” estudando em revistas, livros e fazendo “sisteminhas” de qualquer maneira. Estas empresas sofreram um absurdo e acabaram trazendo para este momento o amargo gosto do fracasso e rios de dinheiro gastos em besteiras.
Quando uma empresa tem um bom gestor de TI, este saberá contratar corretamente e exigirá apenas o necessário para a vaga. Mas a empresa que busca este gestor de TI, sequer sabe o que tem na infraestrutura da empresa, quanto menos as linguagens de programação, banco de dados e demais tecnologias que precisa. Então falta um trabalho de consultoria para estas empresas, levantando o que eles precisam e auxiliando na contratação do gestor de TI que será o pilar de tecnologia da empresa. Este tem sido o meu trabalho que tenho notado excelentes resultados…
Recebi esse texto por e-mail e resolvi repassar. Não tenho a fonte para dar os créditos, se alguém é o dono dele por favor me diga.
Reflete a realidade da nossa área, no sentido das exigências para contratações. Quem nunca recebeu uma vaga que pagava muito abaixo do valor médio, exigindo dezenas de especialidades?! Já vi vagas que o cara deveria ser especialista Microsoft com certificação, especialista em Linux e desejável certificação CISCO e claro, fluente em inglês. Legal se pagassem uns 15 mil, mas não vou nem falar o valor aqui pra não gerar polêmica.
Segue o texto:
E se motoristas fossem contratados da mesma maneira que profissionais de TI?
Cargo: Motorista.
Exigências do trabalho: Competência profissional em condução de veículos leves como carros e pesados como ônibus e caminhões, ônibus articulados, bondes, metrô, tratores, escavadoras e pás carregadoras, e tanques pesados atualmente em uso pelos países da OTAN.
Habilidades em Rali e de condução extremas são obrigatórios! Experiência na Fórmula-1 é um diferencial.
Conhecimento e experiência em reparação de motores de pistão e rotor, transmissões automáticas e manuais, sistemas de ignição, computador de bordo, ABS, ABD, GPS e sistemas de áudio automotivo dos fabricantes conhecidos mundialmente – obrigatória!
Experiência em tarefas de pintura e funilaria de automóveis é um diferencial.
Os candidatos devem ser certificados pela BMW, General Motors e Bosch, mas não por mais de dois anos.
Compensação: R$ 15 – R$ 20/hora, dependendo do resultado da entrevista.
Exigências da instrução: Bacharel em Engenharia Mecânica.
Cara concordo com um dos amigos acima essa situação perpassa a simples situação de ser ou não da área de TI… Concordo com você em alguns pontos mas não concordo com a maioria… Vamos lá: Cara um estagiário que ganha R$ 4.000… isso é loucura até pro google do brasil… pense bem, ou esse camarada é uma indicação forte tipo parente de um empresário/cliente grande da empresa ou é estagiário de mestrado, doutorado , etc. Cara metade ou mais das empresas de TI usam RH padrão como porta de entrada do profissional na empresa (FAIL…. ERRO grotesco) RH não sabe medir capacidade nem conhecimento de profissionais de TI muito menos sabe o que quer dizer a maioria dos termos técnicos e dispensam VÁRIOS profissionais bons porque tinha um carinha com gravata, terno e um barba de bunda de neném fazendo entrevista pra uma vaga de suporte (eu já presenciei isto, não foi “ouvi dizer u me disseram”) ou seja, o RH não tem noção do que a TI precisa ou a TI não soube informar ao RH o que precisa. Outro ponto que não foi falado é que tem milhões de garotos formando em cursinhos de 6 meses de “Informática” não sabem ao menos mudar uma configuração de SETUP de uma BIOS e aceitam um salário de 800 reais… porque? Porque não sabem nada (Já tive que ensinar nego a dar um boot por CD, BIOS?? A pergunta foi: “Que isso??” Já vi ‘Técnico’ dizendo que tinha vírus em monitor que estava com problemas de coloração…) ou seja, a formação está se dando na prática após NÃO terem o mínimo de conhecimento teórico. E as empresas adoram isso porque podem tocar de ‘Técnico’ de 3 em 3 meses (Que se dane a qualidade de serviço! O que importa é que eles têem um milhão de atendimentos por mês no HelpDesk e não importa tanto se 700 mil são de retrabalho ou demoraram o dobro do tempo necessário. A maioria dos empresários só pensa em números com o passar do tempo!) Muito rara a empresa que pensa na qualidade de serviço ou em ter um funcionário pensante, que proponha mudanças, é o que acontece com a maioria das empresas o gerente (que quase ninguém sabe de onde veio o talento dele, morre de medo de mudanças, se forem boas então… o cara se borra de medo do estagiário roubar o lugar dele. Ainda aponto outra falha, a pós-contratação e como será feita uma análise de desempenho desse profissional?? Ferramentas antiquadas e perguntas genéricas… e isso acontece em todas as áreas… caramba, dá pra medir a eficiência, técnica, desenvoltura, atendimento e desempenho do profissional com duas folhas de papel?? Fala sério!
Minha conclusão é de que tem muito profissional de péssimo a ruim pra caramba para pouca empresa boa pra caramba, tem muito gerente cagão e acomodado com medo de perder o emprego, falta de um órgão competente que ateste mediante avaliações no mínimo anuais o conhecimento e capacitação para trabalhar nessa área além de definir salários mínimos decentes e muito empresário boca aberta que não sabe escolher gerencias e diretorias, pensando apenas no lucro financeiro.
Parabéns pelo artigo, mostra a realidade no setor de TI como é hoje, mas vejo um lado muito negativo sobre tudo isso, como por exemplo, pessoas, tem família e necessidade, na hora do desespero, um profissional qualificado e responsável, quando vê uma situação destas, a primeira vaga, que seja por R$ 300 a mais, se desliga, por motivos maiores, vejo que o ponto negativo, é esta situação. Parabéns novamente.
Infelizmente TI tem um problema grave que todos já sabem. Cada vez exige-se mais e paga-se menos.
A relação investimento/retorno é uma das piores que se tem.
A não ser aqueles que entram nas empresas pelo famoso “QI” ou aqueles que são muito acima da média e além disso tem muitas certificações (o empresariado brasileiro é muito credencialista, exige-se faculdade, pós graduação, certificações x, y e z) o restante ganha mal.
TI não compensa. Principalmente as áreas de suporte e infra-estrutura.
Salário miserável, muita cobrança, pouco dinheiro e ainda por cima quando uma empresa compra a outra geralmente no processo de reengenharia ou de fusão sempre se cobra mais e se paga menos.
Eu estou tentando montar um negócio em outra area e sair. TI não vale mais a pena. Pelo menos pra mim não.
Bons dias!
Gostaria de referir que concordo com o que o artigo refere.
Julgo que o problema está no que já foi escrito pelos comentários, para trabalhar numa empresa em que valorizem o seu trabalho e que reconhecem o profissional de TI, só em grandes empresas e por referencia de A ou B, senão vamos para o mercado. minado de tubarões, de RH onde pedem, alguém com todas as competências em todas a áreas e a pagar pouco, não que não concorde com o perfil hibrido de um profissional de TI, até acho que é possível juntar o melhor de 2 mundos, networking e sistemas, que é o meu caso.
Mas ainda pior que isto tudo é a mentalidade do CTO, se essa pessoa é daquelas em que “a pessoa contratada tem de cumprir porque lhe pago o ordenado” e não dá a devida importância a área de TI, não quer saber se é preciso reformular Switchs de acesso ou preciso adquirir novo hardware pois o que existe é antigo e também não dá condições ao profissional de TI para melhorar a empresa, ai vai fazer com que o profissional fique oprimido.
Para mim existem sim maus gestores e não más empresas.
Cumprimentos,
Rui
Concordo com o Rui, até certo ponto… se pensarmos em uma empresa como estrutura e bens de mercado poderia facilmente concordar com ele, porém a empresa a que me refiro e também no conceito de hoje, é composta principalmente por “pessoas” o patrimônio no final das contas não vale NADA, ou seja, quando falo de empresários “boca aberta” e gerentes “cagões” estou me referindo a empresa ruim, pelo simples fato de estas pessoas estarem no topo da cadeia e, logicamente serem escolhidas por pessoas do escalão da empresa… isto é uma empresa ruim de se trabalhar e com pouco recurso pensante, já aconteceu comigo por exemplo de ser excluído de processo seletivo por causa de dois vales-transporte a mais (a empresa queria que o funcionário gastasse somente 2 vales 1 pra ida e 1 pra volta), isso para salário ruim ou mediano. Não sou nenhum Bill Gates, mas ao ver as escolhas para dar continuidade ao processo me assustei e pensei: Será que é isso mesmo que esta empresa quer ou precisa?? Pra mim, isto é uma empresa ruim. Acho que não existe profissional ruim, existe profissional sem formação e sem experiência, quanto a empresa ruim ahh isso existe sim.
a caras, acho que essa historia do artigo não procede num ambito geral não, trabalho na area de TI a 4 anos, me especializei em software livre desde o segundo semestre de curso técnico porque sempre gostei e tive muita facilidade em pesquisar documentações e entender sistemas complexos, o resultado é que me tornei um profissional bastante competente e já trabalhei com colegas muito competentes.
durante esses anos que trabalhei na area de TI, de todos os casos que já vi ou vivi, usando um indice figurativo de 10 era sempre:
2: conseguiram ser reconhecidos em grandes empresas e foram recompensados a altura de sua competencia, nada mais nada menos.
8: completamente injustiçados, massacrados, mal pagos, poucos beneficios, exigencias absurdas, uma carga de responsabilidade astronomicamente estressante.
lembro de uma historia muito engraçada, no meu segundo estagio que eu e um grande amigo estavamos trabalhando no CPD de um grupo de empresas com alguns call centers (DOIS ESTAGIARIOS LIDERANDO A PORRA DE UM CPD), toda a infraestrutura era baseada em software livre, exigencia de um conhecimento e uma especialização relativamente superior a média, e o presidente da empresa surgia com projetos malucos sem prazo algum – prazos de por exemplo “para amanha” – e a empresa tinha a cultura que o departamento de TI deveria resolver todos os problemas que acontecessem lá, tendo ou não relação com TI, e um belo dia houve um vasamento da caixa de agua em cima do CPD, que poderia molhar os equipamentos a qualquer momento, e alguns minutos depois o presidente entra estressado no CPD e diz: “então, qual é a proposta de vocês pra resolver o problema?”
MANO, QUE QUE ISSO NA MORAL AUHAHUAHUAUH ele queria que agente solucionasse o encamento
e para todas essas aventuras nossa bolsa estagio na epoca era 900 🙂
eu atribuo esses problemas a cultura do proprio brasil, de que o profissional de TI é o cara para resolver qualquer problema maluco, que ele não precisa de respeito, que ele pode fazer tudo isso sem um projeto adequado, e que todo mundo entende de TI, por isso qualquer leigo retardado pode questionar seus avais
e sobre as baixas remunerações eu acredito que seja pela falta de uma ordem dos profissionais de TI, como OAB para dos advogados, ou os CRM’s para medicos
se os profissionais de TI se unissem e não aceitassem mais esse desrespeito acredito que as coisas melhorassem
Não acredito nas matérias do site profissionaisti mais, vou deixar de seguir no facebook, estagiário de 4 mil, sabe essa fonte sua na empresa desconhecida é o típico babaca puxa saco toda empresa tem um idiota assim que ganha bem, empresa pagam mal, cobram de mais, o problema é que a empresa quer comprar o trabalho braçal do TI, por exemplo quem vai questionar um médico que cobra 120 reais por uma consulta de 20 min em apena alguns exames básico já sabe na maioria o que doença você tem. Ti vende trabalho intelectual e não braçal. Já disse antes para o dono do site faça um pesquisa com formulário vai saber a realidade. Não adianta fazer matérias tendenciosas.
O dono do chicote da empresa onde tu trabalha com certeza te deu uns parabéns pelo texto, né? hahaha
Que as empresa parem de contratar se não podem pagar mas sempre se tem um joãzinho que aceita merecas para uma trabalho ruim.
Por mérito ?? já vi muitas empresa de renome não darem nada, se quiser dou nomes delas e fatos.
Já vi lambe sacos crescerem, sem merecer nada.
Outra mania que está por ai que TI é só suporte e programação.
Analista de teste ganhando R$1200 e de matar alguém.
Eu não tenho paciência de espera o Paitrão olhar meu trabalho.
O profissional de TI sera valorizado quando existir um conselho que regulamente a profissão como as engenharia,que exige que todo projeto de construção seja assinado por esse profissional.com software deveria ser do mesmo jeito, todo projeto de software seja ele pequeno ou grande, seja assinado por um Analista de sistemas formado em uma academia, e devidamente registrado no conselho. A partir do momento que for obrigatório ter a assinatura desses profissionais em projeto de software , como a assinatura de engenheiro para a construção de uma obra, não faltara emprego.
Como a Maria disse, eu também não tenho paciência.
Frustrado por não encontrar um bom emprego por não saber todo aquele conteúdo absurdo que a vaga pede, resolvi me focar em concursos públicos e principalmente a meu projeto de empreendedor individual. Sei que vai ser um caminho difícil porque exige muita pesquisa, organização e investimento, mas vencendo ou perdendo, será por minhas próprias ações, e não porque um panaca achou que sofri ou não sofri o suficiente.
Recapitulando o fato de exigirem tantos conhecimentos para uma vaga, me veio a mente que eles também fazem isto para poderem pagar bem pouco quando a vaga não exige tanto… será?
Interessante filosofia LOL! já trabalhei muito com empresas e sempre a mesma coisa “pagando pouco, exigindo muito e faturando demais” então pensei comigo” se sempre for “empregadinho” vou ganhar essas migalhas e continuar pagando meu salário com 1 dia de serviço igual eu pago agora e depender de que meu patrão me de aumento para poder ganhar melhor, hoje trabalho por conta ganho 3x o salário que ganhava trabalhando de funcionário e tenho chance de crescimento o que só depende de mim, o grande problema da desvalorização do profissional de TI, é falta de um conselho que defenda as pessoas realmente habilitados para isso, temos um monte de “PICARETAS” atuando na área e sucateando nosso trabalho, se alguém se passa por “engenheiro, médico ou advogado” e não tem habilitação para atuar pode até ser preso, agora em TI qualquer um pode falar que entende e sair forçando, isso é muito ruim ainda mais para quem atua em campo de manutenção igual a mim, o correto é cara profissional procurar sua independência e valorizar seu trabalho o investimento em estudos e tempo perdido para conseguir seu diploma e não se deixar levar pela desvalorização empresarial e o sucateamento feito por picaretas que se dizem entender o que fazem.
Na maioria das empresas, seja ela pequena, média ou grande, a maior parcela delas não tem um plano de carreira para nenhuma área.
Em T.I. então, esquece.
O funcionário é contratado mas não sabe aonde pode chegar, seja subir degraus na própria profissão ou ter um ganho salarial condizente com seus esforços.
Fica na dependência de “gerentes” que só olham para o próprio umbigo pois já estão com um bom salário e a vida ganha. Valorização profissional é a palavra.
Ainda não sou da área, pretendo ser e com isso leio muito e busco (in)formação. Dito isto, me perdoem por qualquer erro ou equívoco.
Andei reparando que as reclamações são bem parecidas entre todos os profissionais (de acordo com comentários nesse e em outros sites, e na vida). Há muita desinformação sobre o que é TI no Brasil. Profissionais que se formam para gerir empresas, e os demais que funcionam como peças dentro da mesma, não tem noção do que é TI, acham como um rapaz muito bem disse aí em cima “que é o cara que arruma o computador” ou até aquele formatador de PC’s.
Aí eu me pegunto, nas grades de faculdades tem capacitação de entendimento de profissionais e suas competências? Qualquer trabalho para entender no que o cara de TI é útil? O dono da empresa (ou/e seus subordinados) não precisa saber linguagem de programação ou como gerir um banco de dados, mas tem de entender a utilidade e a necessidade das tais, como a aprendem, quanto tempo levam, entender os níveis de “evolução” acadêmica e etc. Coisas extremamente básicas para dar suporte aos profissionais que querem crescer dentro de uma empresa, e que não apenas isso, que querem crescer junto a empresa.
É o que acontece com os médicos, possuem setores bem organizados o que acaba (creio eu) não havendo muitos problemas com salários e o todo mais. Talvez (com quase certeza que sim) precisemos de um órgão que organize e interfira como mediador de determinadas tarefas. Para que evitemos bestialidades que até quem não está participando do jogo percebe.
Quando em um âmbito geral, tivermos consciência da utilidade e necessidade dos serviços de TI, aí sim teremos grandes avanços não só econômicos neste país.
Atenciosamente,
Giseli
Boa tarde! Primeiramente gostaria de parabenizar pelo post. E em segundo lugar, gostaria de dizer que eu trabalho em uma empresa onde entrei como estagiário ganhando apenas R$350,00. Eu sou técnico em informática e minha especialidade é programação (PHP, mysql, JS…). Ainda não tenho um salário que gostaria de receber mas eu, conforme li no post, uso minha paciência e competência para alcançar meus objetivos. Mas faço (ou tento) tudo com muito zelo para conseguir chegar lá um dia. Abraços!
Corrigindo: “persistência”
Decididamente eu devo ter azar, como disse um grande amigo meu tbm, da área de TI.
Sempre fui uma das profissionais destaque das equipes por onde passei, arrancando elogios de usuários de diversos escalões e depois que eu não encontro nenhum tipo de valorização e saio das empresas, escuto suspiros de ex-chefes que dizem: Se arrependimento matasse!
Todas as empresas que passei a meritocracia só existia no papel, o que imperava mesmo era a política e o puxa saquismo. Como não sou uma pessoa política e nem puxa saco, com o tempo, acabo sendo vista como a analista que tem mania de perfeição e a pedra no sapato de muitos líderes, ou seja, não duro mais do que 2 anos nas empresas pq encho o saco de me sacanearem e peço demissão.
Será que um dia eu acerto?
Concordo com seu artigo no entanto, existem um outro tópico… profissionais mega qualificados mas sem formação acadêmica (faculdade e similares) que estão sendo rejeitados a anos no mercado e depois dizem que não existem profissionais qualificados.
Uma pena que no Brasil, conhecimento vale menos que um diploma…
Há uma inconsistência na “autopromoção” citada acima. O estagiário começou com R$ 400,00 a empresa reconheceu seu taleto e aumentou se salario para R$ 4.000,00. Ao demonstrar seu conhecimento, habilidade e atitude ele atingiu os objetivos do estágio, conforme reconhecimento da empresa ao lhe oferecer um salario dez vezes maior, ele deveria ser efetivado e passar a ser CLT. Ou tá muito mal contada essa tua história ou a empresa é sonegadora.
Olha, sinceramente, passei por muitas empresas de TI e cheguei a uma conclusão. Nas empresas de grande porte, ou você trabalha que nem um condenado e não é reconhecido ou puxa o saco dos superiores e se engrandece nos projetos dos condenados. Este é o meu ponto de vista que acho imoral.
Agora se um profissional da área de TI trabalhar em uma empresa pequena, e que paga o mesmo que a empresa grande ou um pouco menos, é nesta empresa que irão te valorizar. O dono da empresa está vendo, subira de cargo mais rápido e a qualidade de vida do programador será melhor (menos estresse).
Parem de concentrar nos rótulos e corram atrás do seu profissionalismo. Não pule degrau, o tombo pode ser maior lá na frente.
Culpa dos próprios profissionais!
Portam-se como prostitutas e aceitam qualquer miséria que lhe é oferecida. Pra quem luta para mudar esta situação em sua vida ou, no mínimo, não concorda com este circo de otários, fica sem trabalhar até encontrar uma vaga que preste (isto se o cara encontrar).
Não há para onde correr!
Além da própria burrice, temos que nos sujeitar (como se já não estivesse ruim) a gestores diretivos e incompetentes. A gestão, no nosso amado Brasil, parou no tempo e para piorar ainda mais, crescemos (sim, cresceremos) na carreira, porem adestrados a sermos diretivos e covardes! Afinal o ciclo não pode parar!
Oremos.
(Sou um estagiário faz tudo e sem respeito algum :((( )
Passo por aqui para apontar algo muito importante no comentário do amigo Carlo (feito em 23 de dezembro). Transcrevo de forma resumida:
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“Agora se um profissional […] trabalhar em uma empresa pequena, […] é nesta empresa que irão te valorizar. O dono da empresa está vendo, […[ e a qualidade de vida do programador será melhor (menos estresse).”
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Neste trecho acima, o amigo Carlo expôs, talvez sem querer, um grande segredo amplitudiano para a vida com mais liberdade no trabalho. Como, para algumas pessoas, não é apenas o dinheiro ou o título do cargo que importam, pode ser do interesse de alguns – ou de muitos – conhecer o Amplitudo, que deverá ser lançado em breve. Quem tiver o interesse, cadastre-se para ser avisado do lançamento em “www.amplitudo.com.br” e, até lá, leia a tirinha presente no site e veja se você não se identifica um pouco – ou muito – com ela.
Abraços,
Muito bom o texto.
É exatamente isso que está acontecendo, o pessoal quer ganhar bem sem demostrar do que é capaz. Sou empresário no ramo de TI e valorizo os colaboradores que realmente mostram serviço, se capacitam e evoluem na profissão.
Agora tem uns ai que acham que o título já é o suficiente para requerer salários gordos. Em TI título, diploma, valem tanto quanto um papel higiênico usado. Tem muita gente que nunca fez nenhum curso, mas tem sede de conhecimento e esta constantemente em evolução. Ao contrário dos acomodados dos diplomas.
Vontade trabalhar, responsabilidade e fazer o trabalho com esmero é algo que enche os olhos de qualquer patrão.
ou seja ele entrou mostrou conhecimento e a empresa foi obrigada a pagar tal salário pq se nao ele dava o fora e ela ficaria na mao….
não acho que um profissional tenha que ir a este ponto para conseguir ser valorizado, podemos ver em outras areas uma base salarial bem mais alta do que 1030,00, é ingenuidade pensar que foi puro mérito, a verdade e que sem ele a coisa nao ia andar, entao caros profissionais de TI que lição aprendemos com essa texto? de que se pararmos o mundo para, ou alguém hj em dia vive sem tecnologia?
Pelas experiências as quais possuo, que não são muitas, porque tenho menos de 30, rs, afirmo que primeiro: Meritocracia numa cultura da corrupção e do “querer levar vantagem” como a nossa, simplesmente não existe, como diria o Quevedo, “non ecsiste!” Voltando ao foco, não acredito na meritocracia, até porque sempre vi chefes passarem quem tinha mais “relacionamento” com eles. Segundo, assim como muitos dos colegas, já precisei procurar emprego e sei como eles divulgam as vagas, pedem 500000 coisas e pagam por 1, algo totalmente desproporcional e sem coerência nenhuma. Terceiro ponto, percebo que para as empresas, pouco importa ou nada importa a qualidade do serviço ou QoS, ITIL, governança de projeto, planejamento e outras coisas essenciais que qualquer um faz para fazer bem feito. Imagine só você ir em um supermercado fazer as compras do mês para sua casa e por exemplo, não olhar o que tem na geladeira e no armário, afim de saber o que comprar para complementar, se você não faz isso, obviamente compra o supermercado inteiro e evidentemente gasta mais do que deveria, cheguei num ponto bem interessante, porque não é só as empresas que fazem isso, nossos governantes também (nem intenção de falar de política partidária eu tinha), mas enfim, como podem perceber, é algo de ordem cultural e isso para mudar vai ser um bom bocado!
Prezado,
Seu post faz sentido no que se refere à meritocracia. É exatamente assim (como no post) que acontece. Por outro lado, devo dizer que ele é míope ou no mínimo específico demais. Talvez a segunda observação seja apropriada, já que – a meu ver – você escreve muito bem. Eu gosto de ler bons textos. Como sabemos, o percentual de gente que sabe escrever presente na rede é muito pequeno.
Voltando ao post, o título merece uma análise com viés mais econômico. Ou seja, em vez de atribuir a responsabilidade pelo insucesso ou sucesso na carreira a dois agentes (organização e empregado), a meu ver você deveria discorrer sobre algo como:
1) Há um desequilíbrio entre oferta de mão-de-obra e demanda por mão de obra, de forma que a oferta é maior que a demanda. As empresas peneiram, aumentam o grau de exigência, para então escolher o candidato ideal
2) O segundo ponto decorre da solução do primeiro. Uma vez estabelecido um equilíbrio entre oferta e demanda por mão-de-obra, a exigência será menor. Então desmascara-se aqui o fato de que só os bem qualificados arrumam emprego. Mentira. Quando realmente ha necessidade, contrata-se até alguem sem experiência e treina-se.
Por enquanto é isso. Siga adelante!
Olá a todos, sobre o post, com certeza está bem fora da realidade, isso é balela, basta pesquisar um pouco ou quem já vivencia este problema, sabe disso. Li todos os comentários e gostei muito de todos principalmente da comparação que foi feita acima, com o titulo perfeito… desejável conhecimento em formula um “rachei de rir” excelente comparação… parabéns ao dono. Pois bem, acredito que o problema da desvalorização está atrelada a uma série de fatores que já foram ditos acima 1- não temos um órgão regulamentar 2 – todos resolveram partir para área de TI por ser a profissão do futuro, assim impera a lei da oferta e procura. 3 – o que antes somente um profissional altamente qualificado faria, qualquer zé pode fazer com a ajuda da web pois está tudo aberto. 4 – surgiram muitas instituições formando profissionais mau e porcamente. 4 – a própria tecnologia está tirando empregos e desvalorizando, ex: montar um site antes não era pra qualquer um, saber linguagens Css html Java C# bla bla bla, só quem conhece sabe que não é fácil, pois a curva de aprendizado é altíssima, agora, com várias ferramentas disponíveis, Templates e frames prontinhos, o zé ou qualquer um com o minimo de conhecimento cria um site com banco de dados em estourando 30 minutos, e a tendencia é só piorar pois será possível criar sistemas com a mesma facilidade. 5 – prostituição, sempre tem o zé que aceita o emprego ou fazer o serviço por um preço menor. As empresas perderam a noção de exigência … o vendedor de bananas na feira ganha mais que certas áreas de TI onde o profissional investiu 20 mil pra mais em uma faculdade lixo para ganhar 1800,00 por mês. ah me desculpem mas não da pra ser feliz.
Hipocrisia!
Sim, falta quase tudo aos profissionais de TI.
Reconhecimento, valorização, respeito e representatividade legal (digo, órgão de classe, como, um Conselho Federal ou Regional) que possa dar-lhes melhores condições de trabalho.
Na maior parte das empresas, pude observar que o RH que não conhece as necessidades da própria empresa ou se a conhecesse, finge não conhecê-la. Para admissão, exigem-se inúmeros requisitos técnicos, certificações, um alto grau de especialização em soluções de fornecedores, língua estrangeira fluente (inglês ou espanhol, geralmente), por um remuneração, muito das vezes, irrisória (para não dizer outra coisa). Vejo anúncios exigindo de um administrador com certificação CCNA/CCNP, MCSA/MCSE, ITIL/CoBiT e por aí vai a sopa de letrinhas, para uma remuneração de R$ 2.500,00. O profissional admitido com essas qualificações, empenhou-se muito para obtê-las, horas de estudos, cursos e etc. E, quando o profissional está contratado, não é nada fácil, conciliar as altas exigências e a pressão do ambiente de trabalho no dia a dia, inclusive, para manter-se atualizado, pois, quando admitido, os requisitos exigidos na admissão são suportados financeiramente pelo próprio profissional para para manter-se atualizado e competitivo na própria empresa e no mercado de trabalho.
Em grande parte dos profissionais, vejo um esforço e dedicação fora do comum em seu trabalho, dos quais, não são reconhecidos ou traduzidos adequadamente pela empresa. Tente você colocar ao seu chefe, mensurar seu trabalho que foi feito no decorrer de um ano, seu esforço, sua dedicação, horas e horas, na contribuição de inúmeras melhorias. participação ou condução de projetos? Te garanto, o retorno, se houver, será bem ínfimo, o que acaba por frustrar o profissional.
Em todas as áreas são assim?
Não.
Vejo as ofertas salariais iguais a de um porteiro, cuja, remuneração atinge o mesmo valor do profissional de TI, citando um exemplo, um Analista de Service Desk, com um salário de R$ 1.200,00, sendo-lhe exigido, muitas das vezes, curso superior, inglês fluente e requisitos técnicos como certificações de fornecedores, como por exemplo, Microsoft. E o porteiro? Exige-se o ensino fundamental, no máximo. Uma discrepância de valores muito grande.
Veja se o CREA permite que um engenheiro (atuando em sua área de formação) ganhe um valor abaixo do teto mínimo exigido? Não.
Portanto, para finalizar minha tamanha indignação com a matéria exposta, a TI nunca irá ser valorizada com profissionais como você que parecer não conhecer a realidade da área.
Já fui estagiário de 1.500 à 8 anos atrás ..não duvido de existir hoje em dia álbum de 4.000 pois se ele tem performance igual ao CLT de 4.000 ..esse estágiario é mais barato para a empresa ..e outra .. A maioria dos caras que estão reclamando ..devem ser aqueles que chegaram para trabalhar em TI com o sonho de ficar rico … Então estes merecem ganhar pouco e trabalhar muito .. Já ganhei muito pouco e trabalhei muito …hoje trabalho menos e ganho muito mais …
Então parem de reclamar .. E vá trabalhar.. Cambada de preguiçosos … Não gosta…troque de área .. Apesar que enquanto existir esses profissionais …será muito fácil se destacar e ter um bom salário …pois tem muita gente ruim e reclamao no mercado …
Já trabalhei numa empresa com sistema de meritocracia e nao me adaptei. Mas na real, eu nao me adaptei à empresa. Funcionario novo e meta alta nao funcionam. E era assim la. Nao interessa qto tempo vc trabalhava na empresa, a meta era a mesma. Meta tem que ser flexivel e nao algo fixo. E foi isso que me ferrou la. Fiquei 3 meses e meio com uma remuneracao péssima, e nao vendo perspectiva para crescimento. A outra pessoa tava ha mais tempo que eu na empresa e ainda nao batia a meta. Nao deu outra, saí por vontade propria.
Como disse nosso amigo José, empresário de TI. Conhece muito do ramo. Minha faculdade e minhas certificações valem só para limpar o fiofó… Até porque ele só consulta com curandeiro e mora em um prédio que foi construído por um mestre de obras. O governo Inglês não presta, pois inventaram uma biblioteca que ninguém segue. Uma tal de Itil. Até porque o gerenciamento de projetos também não serve para nada, pois os empregados dele que escreveram o PMBOK. Estudar para que não é?!! Vou pedir para o Meu filho mexer no banco de dados da empresa onde trabalho, para aprender. Por isso que precisamos da regulamentação, para acabar com comentários crasso. Até porque o senhor não deve saber o que significa.
Olá pessoal! Eu li o post e não sei se as informações são corretas, mas meu ponto de vista é parecido. O RH contrata conforme as exigências da área, e digo exigências na forma de diplomas de cursos, e não de habilidades. Um setor de TI pode ter 20, 30 funcionários, mas sempre quando tem uma bomba é somente um que resolve, os outros estão ali para completar o time, eu estou me preparando para ser este cara, e se a empresa não valorizar vou para outra. Estou dando meu depoimento porque eu vi isto acontecer esses dias fazendo um trabalho de integração envolvendo certificação e programa de emissão de NFe. Ouvi cada informação mais errada que a outra de uma empresa, e é claro que fui passando de um em um dos funcionários ate que teve um que deu a informação que eu realmente precisava.
Esse José e louco, uma graduação e cursos são de extrema importância tanto curricular quanto profissional. Os mesmos nos mostra o que devemos acerta na nossa rotina diária em nossa função. E fácil formatar um computador como um exemplo, mais saber o que esta fazendo da melhor forma e necessário. Essas pratica e fundamental mais o teórico e tão importante quanto. Certificação e Graduação e a comprovação dos nossos conhecimentos e mostrando que esta apto para mercado.
Agora se José pensa assim. Contrata 10 nóias paga dois reais o dia encima o básico para eles. Já terá mais economia em seus gastos em sua empresa. Melhor que não ter a capacidade de assumir que não tem dinheiro pagar mãos de obra qualificada. E bota esses mesmos funcionários dedicados sem instrução para conversa em reunião com os clientes as propostas que pode oferecer em seus serviços.
Fazer e fácil saber o que está fazendo e diferente.
Cara, 1- a questão do estagiário ganhando 4 mil reais é pura fantasia.
2 a questão da meritocracia é muito relativo, afinal nem sempre há demanda nem oferta por um serviço melhor.
O fato é que existe a soberba de alguns que por um dia estarem no lugar certo na hora certa, e realmente tiveram a competência, se acharem melhores que os que ganham menos, e sabemos que não é bem assim. estamos em 2016, por exemplo, em meio a crise minha amiga ganhava 9000,00 foi demitida, e não conseguiu mais o mesmo salário! Ué, ela deixou de ter mérito?
A verdade é que a desvalorização de qualquer mercadoria, incluindo aí os serviços, podem estar diretamente ligada a excessiva oferta. O problema não é ter um Brad Pitt e um zé ninguem , o problema é ter tantos zé ninguens e tantas ofertas para zé ninguens!
Se a empresa paga 4 mil pro estagiário, logo, não precisa dos outros então. O estagiário resolve todos os problemas da empresa.
Acho legal a meritocracia, mas há de valorizar todos e os q se destacam receberem mais por isso.
Acho que a desvalorização vem crescendo devido ao aumento da falta de capacitação dos profissionais da T.I, hoje a demanda das empresas vem crescendo muito, portanto é fundamental a ampliação dos conhecimentos e adaptação ao mercado atual, muitas empresas ainda insistem em grandes equipes e grupos para atender as solicitações, mas o fato que atualmente um profissional bem preparado (conhecimento em infra/sistemas/banco) substitui um grupo. As empresas mais atenciosas ao mercado não querem saber de Gerente/Cordenador/Gestor/bla bla bla querem o profissional que fale pouco e faça acontecer. Famosa frase “FALAR ATÉ PAPAGAIO FALA” fazer é outros quinhentos…
Texto prolixo e fantasioso…
O mercado é exigente, ao mesmo tempo que está entupido de gente incompetente ostentando diplomas e certificados como se fossem medalhas.
Salários baixos? Mercado com excesso de oferta de mão de obra? Onde está a incoerência? Se vc é competente, mas muito competente mesmo, pq não abre sua própria consultoria ou empresa, via cooperativa, sociedade ou sozinho?
Muita choradeira, vitimismo que delineiam um perfil que infelizmente, está estigmatizando quem é da área…
Esse texto (de leitura chata e truncada, diga-se de passagem) foi escrito utilizando-se um software. A leitura desse texto é feita por meio de software, que funciona em uma grande estrutura de TI. Não adianta comparar com outras áreas. Pare o setor de TI de sua empresa por um dia e compare com outras áreas.
Como disse o Francis JS, a falta de reconhecimento dos profissionais de TI fazem exatamente isso: levam os melhores, os bons profissionais de verdade, a abrirem suas próprias empresas. Esse é um caminho.
este texto está longe da realidade. o Brasil é um país (arrisco dizer e o resto da(s) américa(s)) onde o que serve e ter QI (quem indica). ou ser filho do patrão. ou pertencer a alguma seita philantrópica (desde D. Pedro). meritocracia? só na literatura de fição e livros de auto-ajuda. isto é a realidade.