Por Hunter Hagewood*
Se há uma história que se repete diariamente na área de TI, é a atual demanda ‘insaciável’ de storage. Praticamente qualquer empresa que tem a tecnologia como uma das aliadas das suas operações, sente a constante pressão de aumentar sua capacidade para armazenar dados continuamente. A evidência disso está em todo lugar.
Hoje já temos discos rígidos de 2 terabytes sendo vendidos no varejo. Bem, também temos processadores multi-core, que geram dados, duas ou quatro vezes mais rápidos, consumindo espaço de armazenamento em um ritmo mais acelerado. Mas o que consome tanto espaço? Tamanhos de arquivos gerados por usuários atualmente são enormes devido à preguiça humana de não dimensionar os elementos multimídia em formatos adequados. A resolução de equipamentos de diagnósticos médicos, por exemplo, quase dobra em resolução a cada seis meses. As empresas, que enfrentam essas situações, nem têm o conteúdo digital como foco do seu negócio.
É evidente que não são muitas as empresas que precisam de soluções na ordem de 120 ou 300 terabytes, mas é intrigante o fato que, agregando centenas de componentes de hardwares baratos não se obtém economia de escala. Todos conhecem a vantagem de comprar em volume, ainda mais quando aquilo que se compra tem desvalorizado, mas por alguma razão o storage, componente que hoje representa mais da metade do valor dos orçamentos de centros de TI, parece estar imune às condições gerais do mercado.
Apesar do preço de equipamentos de TI ter despencado nos últimos cinco anos, soluções de armazenamento de grande porte não têm acompanhado as mesmas tendências. Olhando as ofertas dos líderes de mercado, paga-se cerca de US$ 2 mil, ou mais, por terabyte de armazenamento gerenciado.
Então como é que uma empresa cujo negócio depende de storage sobrevive? Por exemplo, como é possível o YouTube ter lucro, se a cada minuto são adicionados ao seu acervo e replicados algo em torno de 10,5 gigabytes de novos vídeos? Com certeza, a empresa não pode pagar nem US$ 1 mil por terabyte de armazenamento gerenciado e ainda gozar de uma receita farta.
Será que essa empresa usa alguma solução em nuvem que tanto ouvimos falar? Se você está pensando em cloud storage terceirizado, esquece. Não há empresa de cloud storage que tenha a cobertura global que o YouTube precisa. O custo do consumo de banda seria proibitivo. Antes de ser adquirido pelo Google, em 2006, sua conta mensal de banda era em torno de US$ 356 mil para atender alguns milhões de visitas por dia. Hoje o site recebe um bilhão de visitas por dia.
A verdade é que poucas empresas, que têm o armazenamento de dados como um dos alicerces do seu negócio, usam soluções de marca. Isso porque o modelo tradicional de estocagem, apresentado pelos líderes de mercado, não permite economia de escala.
Essas companhias conseguem atender a demanda por capacidade de armazenamento, mas não de uma maneira que alivie seu bolso ano após ano. Negócios como o YouTube se posicionam para aproveitar ao máximo a desvalorização de componentes de hardware conseguindo pagar aproximadamente 75% menos por terabyte gerenciado. Além de ter esta economia, também conseguem crescer sem interrupções e sem migração volumosos de dados, mantendo a qualidade do serviço e economizando tempo.
No Brasil, já existe solução semelhante. São exatamente essas mesmas vantagens apresentadas pelo Nevoa Storage System, solução de armazenamento virtualizado. Da mesma forma que YouTube tem adotado tecnologias de cloud storage para uso interno, a implantação dessa ferramenta internamente permite que as empresas colham os benefícios de cloud storage. E ainda melhor, alcançem economia de escala com seu storage. Assim os administradores podem ficar seguros que qualquer novo investimento em capacidade de armazenamento não vai incluir gastos com um monte de itens desnecessários.
A boa notícia é que as empresas não precisam ter operações do porte de um YouTube para obter os mesmos benefícios. Se sua companhia já prevê a adoção ou expansão de uma infraestrutura de storage, procure ajustar sua estratégia para capitalizar em cima da constante desvalorização de hardware e obter economia de escala.
*Hunter Hagewood é americano, radicado em João Pessoa (PB), com formação em Computer Information Systems (Lipscomb University) e tem mestrado em Information Sciences (University of Tennessee). Atualmente é diretor de negócios da Nevoa Networks (www.nevoanetworks.com.br) e-mail: [email protected].
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