Panorama das plataformas de e-commerce no Brasil e no Mundo

O crescimento do mercado digital, a mudança de comportamento e o amadurecimento do e-consumidor tornam o comércio eletrônico cada vez mais atraente e acessível aos empreendedores. Com um número crescente de plataformas procurando se desenvolver e fornecer opções mais avançadas, uma das decisões que mais geram dúvidas entre lojistas é em qual ferramenta investir.

Não existe unanimidade, cada plataforma tem seus prós e contras, não apenas em relação a funcionalidades, mas também custo, complexidade e experiência da equipe. A empresa australiana Built With, especialista em análise competitiva e inteligência de negócio, mapeou a representatividade de cada player no último ano. Vamos aos números!

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O WooCommerce, plugin do WordPress com foco em venda online, possui 21% de market share no mundo, seguido da canadense Shopify com 18% e Magento 13%.

O mercado americano é um dos principais no mundo e nos traz, além de números diferentes, alguns novos entrantes.

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O perfil do lojista americano é prático, com foco em velocidade, praticidade e custo. A qualidade visual e o excesso de customizações é algo secundário. Neste cenário, plataformas como Shopify (23%), Wix Store (13%) e SquareSpace Commerce (12%) não são líderes de mercado por acaso.

Quando restringimos os números ao mercado nacional, o panorama volta a mudar, com uma distribuição entre plataformas nacionais e internacionais. 

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Ser uma plataforma com alto grau de aderência é um indicador que não pode ser desconsiderado, porém, nem sempre é fator decisivo. Para auxiliar na tomada de decisão, abordaremos os prós e contras das principais plataformas de mercado. São elas:

WOOCOMMERCE

Nada mais é do que um plugin que possibilita a plataforma de conteúdo open source WordPress, a comercialização de produtos. Lançado em 2011, o WooCommerce tem rapidamente conquistado relevância no mercado justamente pela popularidade do WordPress. Estima-se que existam mais de 380.000 lojas no mercado mundial utilizando este plugin.

Prós: 

  • É gratuito: Apesar de sua dependência do WordPress, trata-se de um plugin gratuito.
  • Open source: Possui uma grande comunidade trabalhando para a evolução do produto.
  • Fácil instalação e utilização: Simples e prático de utilizar.
  • Ideal para novos lojistas: Uma boa opção para novos e-commerces com um pequeno catálogo de produtos.

Contras:

  • Vulnerabilidades: Devido a facilidade de instalação, muitos lojistas não contam com uma equipe técnica adequada para a manutenção do software. Todas as vulnerabilidades exploradas no WordPress serão replicadas para o e-commerce.
  • Não possui hosting: A hospedagem é de responsabilidade do lojista, ou seja, a WooCommerce não fornece hospedagem própria.

SHOPIFY

Fundada em 2004, a Shopify é uma empresa canadense que nasceu através de um e-commerce de equipamentos de snowboard. Insatisfeito com o software de comércio eletrônico existente no mercado, um dos fundadores, um desenvolvedor, decidiu construir o seu próprio.  A empresa quase dobrou as receitas anuais a cada ano desde 2013, o que mostra quão rapidamente o Shopify está crescendo.

Prós:

  • Templates: A quantidade de novos templates é alta.
  • SaaS: A plataforma utiliza o modelo SaaS (software as a service), desta forma a hospedagem passa a ser responsabilidade da Shopify.
  • Crescimento: Trata-se de uma ferramenta que tem crescido exponencialmente.

Contras:

  • Brasil: Ainda não temos uma sólida voz no mercado. Logo, a loja ainda possui dificuldades para atender 100% ao mercado nacional.
  • Pouca mão de obra: Poucos profissionais estão preparados para este desenvolvimento.

MAGENTO

Independente do mercado, o Magento está sempre posicionado próximo à liderança. Com a aquisição da empresa por parte da Adobe, e a mudança de foco da mesma para impulsionar as vendas da versão Enterprise, o Magento tem visto seu “novo” produto, o Magento 2, amadurecer e iniciar a conquistar o mercado nacional.

Prós:

  • Open Source: Mesmo em sua versão Enterprise, a plataforma é aberta a desenvolvimento e novas implementações.
  • Propriedade do software: Todas as customizações efetuais, em boa parte dos casos, é de propriedade do cliente final.
  • Plugins: Alto número de plugins, gratuitos ou pagos.
  • Comunidade: Por seu modelo e cultura open source, o Magento conta com uma comunidade ativa trabalhando em prol da evolução do software.

Contras:

  • Profissionais de mercado: O número escasso de profissionais especialistas ainda é um dificultador, capaz de inviabilizar projetos.
  • Custo da versão Enterprise: Em sua versão paga, o valor de licenciamento ainda pode ser encarado como impeditivo para a profissionalização, uma vez que sua versão Community é gratuita.
  • Plataforma técnica: É encarado por muitos como uma plataforma técnica, com difícil gestão por parte de usuários menos instruídos.

LOJA INTEGRADA

Uma empresa do Grupo Vtex, a Loja Integrada se posiciona como sendo a solução para clientes brasileiros que querem abrir uma nova loja virtual.

Prós:

  • Baixo custo: Seu custo de setup e operação são baixos, possibilitando ao player que ainda não está faturando, ter uma opção enxuta.
  • Praticidade: Diversos módulos fundamentais já estão disponíveis para clientes Loja Integrada.

Contras:

  • Limitadores: Os planos mais simples possuem limitadores de produtos, visitas e usuários.
  • Instabilidades: Há uma grande reclamação em relação a instabilidades nos servidores.

Como pudemos ver, as opções são inúmeras, cabendo ao lojista buscar informações que possibilitem-no identificar qual a melhor opção ao seu negócio, sempre em busca do menor custo com maior retorno.

Fonte: trends.builtwith.com/shop/

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Nelson Brandão Filho

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Com quase 20 anos de experiência em gerenciamento de projetos, governança de TI e transformação digital, Nelson Brandão Filho fez a transição de funções técnicas para a liderança estratégica. Ele liderou iniciativas globais em diversos setores e regiões, integrando tecnologia e negócios em projetos internacionais. Nelson é apaixonado por impulsionar a inovação através de soluções digitais, construir equipes fortes e se adaptar continuamente ao cenário tecnológico em constante evolução.


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