Salve, Salve, Galera! Walter Cunha na área… Nesse artigo, vou falar sobre os perfis de TIC mais desejados atualmente pelo Setor Público.
A ideia é (voltar a) postar de forma consistente sobre Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na Administração Pública.
Vocês devem estar acompanhando pelos noticiários um certo “boom” no mundo dos concursos públicos, especialmente no tocante a vagas de TIC, a despeito de estarmos em um ano eleitoral. Acredito que o ápice se deu com a oferta corrente de 90 (noventa) vagas específicas pela Secretaria da Fazenda de Minas Gerais (SEFAZ-MG), com iniciais superiores a R$ 20k.
Embora os “TIs” venham sendo disputados a tapa nos corredores das repartições, é compreensível que cada órgão/entidade tem suas próprias necessidades, especificidades e sazonalidades. No geral, podemos citar os seguintes perfis como constantes nas vagas atuais:
Perfis mais desejados nos Concursos de TIC
Programador/Desenvolvedor – Esse perfil é eterno! É improvável que um concurso não ofereça vagas para desenvolvedores. Java, PHP e Python têm despontados como as linguagens mais pedidas na atualidade. Ainda que o órgão terceirize uma parte significativa do seu desenvolvimento por meio da contratação de fábricas de software, são comuns as equipes híbridas (composta por servidores e terceiros). Além disso, órgãos mais maduros, por questões estratégicas, não abrem mão de manter uma equipe interna de desenvolvimento.
Banco de Dados/BI – tudo na administração pública é gigante, com dados não seria diferente. Os órgão e entidades públicas são verdadeiros silos de dados (sobre cidadãos, políticas públicas, fiscais etc.), os quais precisam ser armazenados, organizados, gerenciados e disponibilizados a quem de direito. Além disso, formas de apresentação bem mais atrativas (que as velhas tabelas) como os painéis têm sido cada vez mais demandados às equipes. Por fim, extrair conhecimento desse oceano de dados, por meio de técnicas de IA e de Machine Learning, se tornou o santo graal da área.
Datacenter e Nuvem – Hoje ir para nuvem é a regra na Administração Pública, como medida de racionalização do parque computacional. Sabemos que existem exceções no caso de algumas informações, dada a sensibilidade. Sendo assim, uma tendência bem recente é que alguns editais nem estão mais trazendo os conceitos tradicionais de redes, considerando-os implícitos. A tendência é a incidência de conhecimentos mais complexos como os de Datacenter, Nuvem, Alta Disponibilidade, etc.
Segurança e Privacidade – a despeito do movimento geral de terceirização da infraestrutura e migração para nuvem, o profissional de segurança tem sido cada vez mais valorizado. Com a pandemia, os profissionais foram enviados para trabalhar em casa (Home Office), aumentando sobremaneira a superfície de ataque. Tal cenário foi agravado com a valorização dos dados pessoais em meio à ascenção da LGPD. Resultado: os Governos não tiveram descanso nos últimos anos com os crescente número de ataques em larga escala. Resumo da ópera, atual e finalmente, segurança cibernética e sua “sobrinha” privacidade viraram prioridade de Estado, pelo menos na oferta de vagas.
– Ah, Walter, mas olhei nas vagas e esses perfis não ficam explícitos nos nomes dos cargos.
De fato, algumas vezes existem cargos com nomenclatura intuitiva. Já em outras, apesar de o cargo ser o mesmo (na Lei), são ofertadas provas diferentes como forma de atrair o perfil desejado. Ainda, a prova pode ser a mesma, mas a ementa deixa claro o viés. E como não falar das tendências dos cargos gerais (ex. fiscais) que trazem “tecnologia da informação” como disciplina obrigatória. Notem que eu não estou falando da boa e velha informática. Estou falando sim da cobrança de tópicos avançados, especialmente em relação ao segundo perfil citado por mim (BD/BI). Embora o Excel seja eterno, hoje o conhecimento do profissional geral requer alguma destreza para trabalhar os dados.
– Ah, Walter, mas eu não correspondo a nenhum desses perfis…
Lembre-se que eu falei OS MAIS DESEJADOS, não OS ÚNICOS perfis. E nada impede que, para resolver sua vida, você meta a caras nos estudos e passe em um perfil não nativo. Aí, depois de aprovado, pode aproveitar para se firmar na área de aprovação e/ou tentar uma realocação futura. Vários órgão e entidades permitem e até incentivam a mobilidade interna.
E aí, galera, o que acharam? Concordam, discordam ou muito pelo contrário? Compartilhe as suas opiniões sobre as ideias do texto nos comentários ou mesmo no pvt.
Até o próximo artigo! (Aceito sugestões)
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