Projeto busca dobrar a duração das baterias de smarphones

Conforme a tecnologia vai melhorando, a quantidade de informações que podem ser trocadas aumenta, assim como a velocidade dessa troca, e isso é bom, mas não tanto. Essa melhoria na tecnologia pode trazer uma certa frustração às pessoas que utilizam aparelhos movidos a baterias, já que o gasto delas com tecnologias mais avançadas é muito maior. Porém, segundo o site Technology Review do MIT, isso pode ser revertido. A ETA Devices, companhia formada pelos professores do MIT Joel Dawson e David Perreault, está trabalhando em um sistema que poderá diminuir em cerca de 50% o consumo de energia das torres de sinal de telefone, e eventualmente conseguirá fazer o mesmo com a bateria dos smartphones.

O sistema trabalha otimizando o amplificador de energia, que converte eletricidade para sinais de rádio, tanto nas torres quanto nos smartphones. Em ambos o amplificador opera em um modo de consumo de energia elevado na hora de transferir informações e em um modo de consumo baixo quando em modo standby. Porém, como fazer saltos nas diferenças de energia pode distorcer os sinais, o modo standby utiliza muito mais energia do que necessita. “Significa que você está gastando uma quantidade grande de energia apenas para manter a coisa funcionando,” afirma Dawson. “Com uma alta taxa de envio de informações, você acaba precisando muito mais energia para o standby do que energia necessária para os sinais.” Para trazer uma maior eficiência, a ETA Devices instala um sistema que pode escolher entre voltagens diferentes em uma quantia de 20 milhões de vezes por segundo, selecionando assim a mais apropriada no momento.

A ETA Devices está apenas em estágio de pesquisa, mas espera anunciar um produto para as torres de envio na Mobile World Congress de 2013, que acontece em fevereiro. Ela também está desenvolvendo um sistema que poderá funcionar em smartphones, dobrando o tempo de duração da bateria quando usando uma conexão de dados. O objetivo final é fazer uma versão que poderá funcionar em múltiplos padrões, incluindo CDMA, GSM e LTE. Apesar de que as versões para smartphones ainda são um projeto e estão, de certa forma, longe de serem concluídas, o projeto é animador e traria muitas vantagens para o nosso cotidiano.

Fonte: The Verge


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