Como dizia o saudoso Raul Seixas, “Viva a sociedade alternativa”. Ninguém sabia bem ao certo, mas acho que era sobre as redes sociais que o Raul falava na música. Uma sociedade com todo tipo de gente num universo paralelo ao nosso. Uma rede social é isso.
As redes sociais se tornaram um mundo público/particular das pessoas. Tem gente que vive e respira esse mundo alternativo. Levanta pela manhã e antes de mais nada dá uma twittada para animar, orkuta tomando café e trabalha facebookiando.
Esse tipo de ferramenta que virou febre no mundo também é o ganha pão de muita gente.
É comum a gente passar na rua por uma pessoa que faz parte de nossa rede de amigos, uma pessoa de quem não esquecemos de mandar recadinhos no aniversário, pessoa que vez por outra encontramos bisbilhotando nosso perfil, mas quando nos deparamos na rua a nossa comunicação se limita a um meio sorriso e um olhar relâmpago que não sabemos se foi para os olhos ou para as orelhas. Enfim, somos amigos apenas numa sociedade alternativa conhecida como rede social, por que na vida real é cada um no seu quadrado.
É fato que as pessoas utilizam as redes para comunicação, e que utilizam essas ferramentas para mandar mensagem mais até do que os emails. Email já é considerado coisa de velho e velho que é velho faz questão de não saber por que o contato do neto agora é, @seunetinho, diferente do seu email que é vovo@…
Há quem diga que todo mundo agora tem um perfil na internet, se não são todas as pessoas, pelo menos 101% delas têm. Seja no Orkut, no Facebook, no Twitter, ou em todos ao mesmo tempo. Isso parece já fazer parte do ser humano, isso já nasce com cada um de nós. Quem nunca viu o Orkut de um recém nascido? Está lá o bebê de olho fechado, rosto enrugado, parecendo um filhote de rato, mas ele já tem o se perfil no Orkut, onde os amigos dos pais ficam puxando saco e comentando: olha que bebezinho lindo, olha isso, olha aquilo… – isso se chama perfil precoce.
Há também os especuladores que apostam que a nova geração de “humanos 2.0”, já venha com conectores USB e Bluetooth. Eu não duvido, mas também não pago pra ver.
Estamos todos ligados dia e noite, querendo ou não fazemos parte da grande rede de devotos da web. Que o santo Ctrl+Z desfaça qualquer mau olhado virtual que nos queira afligir. É impossível viver sem essas ferramentas nos dias atuais. No trabalho com chefe pirado monitorando, no cotidiano de pernas para o alto no sofá, na escola dormindo na cadeira por que passou a noite no PC ou na rua twittando no smartphone, em qualquer lugar, a qualquer hora, tudo é web.
A vida em si é uma rede social, acostume-se (ou não)!
2 Comentários
Apesar da falta de tato paterno “filhote de rato”, ótima reflexão 😉
Oi Sheila,
Me perdoe a ignorância, mas não entendi seu comentário – Apesar da falta de tato paterno “filhote de rato”. Podes traduzir? 🙂