Quem já não fez alguma entrevista e está até hoje esperando o retorno do recrutador? Eu! E acredito que, infelizmente, muitos de vocês também.
Portanto, neste texto falaremos sobre essa atitude comum a muitos recrutadores no mercado.
Eu já vivenciei os dois papéis abordados nesse contexto: entrevistador e entrevistado. Em ambos, a transparência e o respeito ao outro fundam os pilares dessa relação.
Geralmente, só existem dois cenários para alguém buscar um emprego: a pessoa está desempregada ou deseja mudar de empresa. Para ambos há um desgaste por parte do entrevistado: se estiver desempregado, está controlando seus gastos, logo, o custo da passagem (e do lanche algumas vezes em processos demorados) é um problema.
Caso esteja empregado, possivelmente, precisou “fugir” do expediente para ir à entrevista. Estes são apenas alguns exemplos de empenho que os entrevistados dedicam à empresa ofertante da vaga a ser preenchida. Ainda tem o fator emocional: expectativa, esperança, autoconfiança todas essas emoções são colocadas em prova durante um processo seletivo.
Ninguém gosta de ser esquecido, ignorado, isso abala o emocional de qualquer um.
Então, mediante todas essas constatações, eu peço a você, recrutador, que respeite aqueles que se dispõem a atender seu chamado e comparecem as entrevistas. Todos vamos conscientes que podemos ser aprovados (ou não), portanto, um simples e-mail agradecendo a participação e informando que o mesmo não foi aprovado é um sinal de respeito a todos os candidatos.
Pratiquem, nós, os entrevistados, os agradecemos.
Sucesso na nossa trajetória!
4 Comentários
Faz seis meses que estou procurando emprego depois de ter trabalhado quase 10 anos para uma empresa e nunca vi tanta falta de respeito com o ser humano como estou vendo agora. As consultorias de RH e as empresas simplesmente não cumprem os prazos de resposta, não dão resposta, não dão feedback, é incrível como não estão nem aí com o candidato. Começo a participação nos processos seletivos super animado e, no final, com o silêncio que se instaura, termino me sentindo um lixo. Sinto como se eu estivesse em uma montanha-russa, haja estrutura para suportar tanto descaso. Uma amiga minha, recentemente, foi feita de gato e sapato em um processo seletivo do qual ela estava participando, no qual nenhum prazo informado pela empresa foi cumprido, nenhum telefonema foi dado conforme eles prometiam, os e-mails dela perguntando sobre o processo sequer foram respondidos, enfim, uma completa palhaçada. No final de tudo ela acabou sendo aprovada, mas iniciou o trabalho na nova empresa em frangalhos, abalada emocionalmente, pois são muitas as feridas a serem curadas provocadas não só pelo processo do qual ela participou, mas por outros anteriores, pois a história é sempre a mesma. Os responsáveis pelos processos seletivos, cada dia mais, demonstram não terem a mínima consciência de que, do outro lado, pode estar uma pessoa sofrendo duramente por todos os problemas ocasionados pelo desemprego, e não vejo nenhuma perspectiva de melhora nesse sentido.
Olá Marcelo,
É muito triste ler relatos como o seu, passei por isso e conheço bem essa sensação ruim. A sua amiga enfrentou uma situação bem complicada mesmo. Eu sinto muito por ver colegas enfrentarem diariamente essas questões, devido exclusivamente a falta de respeito do recrutador, o mínimo indispensável a qualquer ser humano.
Não consigo encontrar uma forma de combater essas atitudes nocivas ao bem estar físico e emocional de quem passa por um processo seletivo porque por mais que a gente fale e demonstre parece que não somos ouvidos.
Desejo boa sorte a você, sua amiga e a todos que estão lidando com estas situações.
Que a gente consiga ter resiliência para superar tudo isso.
Forte abraço.
Gostei muito do texto. Apesar de ser funcionário público concursado, tenho procurado um segundo emprego na área de escolas particulares para complementar minha renda. Participei de processos seletivos, e vejo quase sempre recrutadores e profissionais despreparados e confusos demais, que não transmitem segurança alguma no que falam. Além disso, as empresas quase nunca jogam limpo ao falar das etapas e de seus prazos. Para alguém que as imaginava como organizadas e muito profissionais, foi um choque.
Dizer que faltam recursos e tempo para dar um retorno às pessoas é mentira. No setor público (na repartição onde trabalho, pelo menos), o contribuinte faz uma solicitação e sai com um prazo para obter uma resposta seja ela qual for. Caso ele não retorne, nós retornamos. E somos treinados para isso, com cursos e reciclagens (coisas que parecem corriqueiras nas empresas privadas, mas descobri que não são).
Enfim, além de antiprofissional, é uma insensibilidade não dar qualquer retorno a um candidato a uma vaga de emprego.
Olá Marcus,
Obrigada pelo comentário.
O seu relato é muito comum, conheço pessoas que só tinham experiência no setor público e quando vieram para o privado se assustaram com a realidade – bem diferente da fantasiada nos anúncios de revistas técnicas.
Uma triste realidade nossa.
Boa sorte na sua busca.
Sucesso!!
Abraços,
Carolina.