Olá, pessoal!
Vamos para mais um artigo da nossa série O Líder Ágil? Nosso papo agora será sobre a conexão entre as mudanças que o ágil traz x a alegoria da caverna!
Antes de continuar, leia outros artigos da série:
- Série O Líder Ágil: Agile Coach e o demônio de Laplace
- Série O Líder Ágil: Agile Coach, Monte Cristo e o status quo
- Série O Líder Ágil: Agile Coach e os 3 Mosqueteiros
A alegoria da caverna – ou mito da caverna – é um experimento mental concebido por Platão, que mostra um cenário que pode se parecer muito com a realidade: como o ser humano lida com mudanças no seu dia a dia.
Imagine você e seu time como prisioneiros em uma caverna, amarrados em frente a uma parede. Atrás de todos, há uma fogueira, separada deles por uma parede baixa, por detrás da qual passam pessoas carregando objetos que projetam sombras. Devido à escuridão e a baixa capacidade de visão, a percepção que o seu time é de que as sombras e seus “sons” são, na verdade, a realidade.
Caso um de vocês se liberte, e veja o que há do outro lado, a luz iria ferir os seus olhos e ele não poderia ver bem. Se lhe disserem que o presente era real e que as imagens que anteriormente via não o eram, ele não acreditaria. Na sua confusão, o prisioneiro tentaria voltar para a caverna, para aquilo a que estava acostumado e podia ver.
Esta é a primeira associação: a mudança assusta. Com o advindo das práticas ágeis, várias empresas buscaram nesses modelos e técnicas uma nova forma de resolver seus problemas, porém, não consideraram o que deveria mudar no dia a dia, seja na execução operacional dos projetos e processos, ou na definição e distribuição da estratégia organizacional.
Para atuar com a agilidade precisamos de algo além de frameworks e ferramentas. Precisamos de comportamentos, metas, atitudes e perfis diferentes. A grande questão é o quão disposta a empresa está em mudar, aceitando as consequências e as dores dessa mudança. Para ter flexibilidade em entregas, é preciso abrir mão de funcionalidades e regras. Para melhorar a comunicação e colaboração, é preciso abrir mão da burocracia e do ego, e por aí vai.
No modelo de gestão de mudanças de Virgínia Satir, coloca-se que, logo após uma mudança, os resultados tendem a cair e mergulhamos em um caos profundo. É nesse momento que muitas pessoas tendem a retornar ao estado anterior, para o status quo que o mantinha seguro dos resultados e do controle que possuía. E a recomendação principal é NÃO VOLTE!
As mudanças sempre irão acontecer e sempre haverá uma dor, uma restrição, resistências ou entropia em relação à mudança.
Porém, O líder ágil precisa apoiar a organização a perseverar. Continuar tentando e evoluindo para alcançar de fato um novo patamar de gestão ágil, onde consigamos influenciar diretamente nos resultados de negócio, com uma liderança ágil eficaz e visionária. A nova realidade precisa ser a próxima, não a anterior.
O Agile Coach se torna responsável por ajudar a organização no uso das práticas ágeis sim, mas, principalmente, trazer os comportamentos, atitudes e valores que o ágil traz e, assim, garantir que o prisioneiro não volte para a caverna.
O que acharam? Comentem!
Grande abraço!