Normalmente vemos nas universidades bastante conteúdo sobre análise SWOT sendo descrita como uma poderosa ferramenta de análise de cenários. Mas o que poucos sabem é que apenas listar suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças é um mero levantamento de informações e não uma real análise que poderá definir estratégias importantes.
Para que a análise SWOT não seja um mero levantamento, deve-se cruzar as informações dos 4 quadrantes para que seja possível uma tomada de decisão eficaz.
O que é SWOT
Swot (ou FOFA) é um acrônimo de Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças). Ela consiste em uma ferramenta de análise de cenários tanto no ambiente externo quanto no interno de uma forma simples, independentemente da complexidade do cenário, desde a criação de um blog quanto a gestão de um empresa multinacional.
Aplicação
A análise SWOT pode ser usada para qualquer coisa! Ela pode ser usada de diversas formas, como análise pessoal, profissional, para uma determinada situação, em uma empresa, para análise de um ambiente externo e interno.
Entendendo os ambientes internos e externos
Como já conversamos, a matriz SWOT é uma importante ferramenta para analisarmos os cenários internos e externos e como eles influenciam no ambiente. O ambiente interno é formado pelas forças e fraquezas da organização e é influenciado por fatores podem ser controlados com maior facilidade, como por exemplo recursos humanos e procedimentos. Já o ambiente externo é composto pelas oportunidades e ameaças, esse ambiente não é possível ser controlado por pessoas ou entidades e também deve ser monitorado constantemente pois servirá como base para a estratégia a ser traçada.
SWOT na prática
O primeiro passo para realizarmos uma boa análise SWOT é levantar as informações dos cenários. Para o levantamento dessa informação pode-se levar em consideração autoconhecimento, feedbacks e outros meios.
Caso a análise esteja sendo feita sobre o ambiente de uma organização o cliente deve-se considerar o que eles têm a dizer sobre produtos, serviços, a imagem da empresa e os processos de negócios.
A partir do autoconhecimento e informações levantadas uma lista de forças e fraquezas percebidas deve ser criada, é importante lembrar que a análise dessas forças deve-se levar em consideração seus concorrentes diretos ou futuros desejados
Da mesma forma que levantamos informações do ambiente interno devemos fazer com o ambiente externo. Essas informações podem ser obtidas por meio de fontes no setor, como jornais, relatórios, pesquisas, opinião de especialistas ou qualquer coisa que possa realizar uma análise futura de eventos que poderão impactar o cenário. A partir das informações coletadas uma lista de oportunidades e ameaças deve ser elaborada.
Agora vamos montar a matriz SWOT, a partir das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças priorizamos os itens que mais têm relevância para a análise de cenários. Lembre-se que priorizar itens demais torna a análise muito complexa e utilizar poucos itens a torna pouco efetiva, o ideal é que tenhamos ao menos 5 itens por categoria.
Depois da priorização precisamos criar relações entre todos os itens que foram colocados na matriz para podermos cruzar e classificar as relações. Nesses cruzamentos podemos classificar as relações como 0 – Sem Relação, 1 – Relação Fraca, 2 – Relação moderada e 3 – Relação Forte.
Agora chegou a hora de definir as ações estratégicas. Nos itens abaixo vamos elaborar estratégias ofensivas, de confronto, de reforço e de defesa.
Estratégia ofensiva
Pontos fortes + oportunidades = estratégia ofensiva
Do cruzamento de pontos fortes e ameaças surge a estratégia ofensiva. A ideia desta estratégia é identificar a ajuda que determinada força dá para que uma oportunidade aconteça. De maneira geral, essa é uma estratégia que visa mostrar oportunidades que não estão sendo aproveitadas.
Estratégia de confronto
Pontos fortes + ameaças = estratégia de confronto
Os pontos fortes e ameaças originam as estratégias de confronto. A ideia desta estratégia é identificar a ajuda que determinada força dá para que uma oportunidade aconteça. Aqui temos a nossa capacidade de defesa e dependendo da análise realizada podemos desenvolver uma estratégia de confronto, ou seja, de embate entre essas forças, mantendo a nossa capacidade defensiva.
Estratégia de reforço
Pontos fracos + oportunidades = estratégia de reforço
Os pontos fracos e oportunidades quando cruzados originam estratégias de reforço. O cruzamento desta pode originar o fortalecimento de pontos fracos de acordo com as ameaças do cenário.
Estratégia de defesa
Pontos fracos + ameaças = estratégia de defesa
Os pontos fracos somados às ameaças originam as estratégias de reforço. A ideia desta estratégia é a melhoria de pontos específicos, ou seja tira vantagens das fraquezas de forma à amenizar, fortalecer ou eliminá-las do seu cenário.
Plano de Ação
Com base nas estratégias elaboradas, deve-se traçar um plano de ação para atacar os pontos mais importantes revelados pela análise. Para cada ação estratégica deverá ter um responsável, prioridade e um prazo. Só por meio do plano de ação iremos garantir que os pontos analisados serão transformados em ações efetivas.
Se elaborada da maneira correta a SWOT cruzado poderá se uma poderosa e simples ferramenta para o fim que está sendo aplicada. Ela poderá ajudar a tomada de decisão através de cenários presentes, tanto internos (que você poderá controlar) quanto externos (onde pessoas ou entidades não possuem controle).
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2 Comentários
Análise e prática precisam andar de mãos dadas, ótimo artigo Victor, simples, objetivo.
Estava tentando montar uns cenários e não tinha pensado no SWOT para isso, o artigo me fez olhar qual caminho devo seguir, abraços.
Poxa Orlando, muito obrigado pelo seu feedback!
Minha paixão sempre foi ajudar as pessoas e ver o seu comentário é muito importante pra mim.