Passado o período de exultação e expectativa sobre o impacto dos tablets no mercado virtual brasileiro, veio a pesquisa que comprova a expressividade desses aparelhos. Segundo a ComScore, eles já respondem por 40% do ainda inexpressivo tráfego (1,3%) gerado pelos dispositivos móveis dos brasileiros.
O índice de navegação do Brasil por aparelhos como smartphones e os próprios tablets ainda é o menor de toda Ámerica Latina, mas a propensão é de um crescimento ascendente, o que já deve servir de parâmetro para os varejistas virtuais se adequarem à demanda. “A tendência é o fortalecimento do mobile commerce em todo mundo. No Brasil, há uma popularização de dispositivos móveis que prepara o consumidor para mais essa vertente de mercado”, explica Daniel Ribas, coordenador de novos negócios da JET Tecnologia em Comércio Eletrônico.
Para Ribas, o tablet ainda funciona como um chamariz para todo esse potencial de vendas e reflete no varejo, em geral. “O tablet é o presente preferido deste Natal. As pesquisas apontam para esse comportamento. E toda essa familiarização dos consumidores com as novas tecnologias serve como uma promoção involuntária do e-commerce.”
Híbrido
O e-commerce aponta para um crescimento de aproximadamente 26% em 2011, com a soma de cerca de 32 milhões de e-consumidores, de acordo com dados divulgados pela e-bit no 24º Relatório WebShoppers. O potencial de vendas representado pela internet cria variações da forma como ela tradicionalmente é feita. Ou seja, há uma geração de comércio híbrido, que mistura a essência do varejo virtual com as ferramentas que surgiram para potencializar o poder das vendas à distância: por exemplo, o f-commerce, o s-commerce, o m-commerce e, finalmente, o t-commerce, resultado da força com que os tablets chegaram para esse mercado.
“Os tablets possuem características que favorecem as compras virtuais, como as telas de polegadas superiores as dos smartphones. Eles também apresentam recursos que ajudam a transformar o processo de compra em algo mais pessoal, divertido, interativo”, ressalta Daniel Ribas.
Ao que tudo indica, o e-commerce ganhou um representante de peso e que irá crescer proporcionalmente aos investimentos dos varejistas.