Representantes da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e da Comunicação (ABEP) e do Governo Federal participaram de quatro reuniões, na última quarta-feira, 30, em que discutiram ações para melhorar a tecnologia da informação nos estados. Entre os temas, Software Público Brasileiro, a contratação de serviços públicos pelos estados e o Plano Nacional de Banda Larga.
Na primeira reunião do dia, o presidente da ABEP, Graciano dos Santos Neto (Subsecretário de Modernização de TI de Tocantins), o presidente do Conselho de Associadas, Joaquim Costa (presidente da ATI de Pernambuco), e o diretor executivo Antônio Torres (diretor de Gestão Estratégica da ATI do Piauí) se encontraram com o secretário Delfino de Souza, da Secretaria de Logística, Tecnologia e Informação (SLTI) do Ministério Público Federal. Na pauta, um debate sobre a disseminação do Software Público Brasileiro entre os estados. “Entendemos que os Softwares Públicos podem agilizar a melhoria e a modernização da gestão pública dos estados, ao mesmo tempo em que contribuem para a economia de recursos em tecnologia”, disse Graciano Neto. Também foi discutida a contratação de serviços públicos por meio de atas de registro de preço que proporcionem uma redução dos custos com os desenvolvimentos tecnológico dos estados.
A partir dos debates iniciados nesse encontro, Antônio Torres e o coordenador da SLTI, Corinto Meffe, manterão uma agenda em comum contemplando os assuntos de mais destaque. “Houve muita receptividade da SLTI para tratar desses temas. Essa é uma parceria que já vinha sendo construída ao longo do tempo e que está sendo retomada pelo secretário Delfino de Souza”, comentou Torres.
Sinergia com o SERPRO
Ainda na parte da manhã, os gestores da ABEP falaram com representantes do Serviço Nacional de Processamento de Dados (SERPRO): José Luiz de Aquino, diretor da área de desenvolvimento, e Wilton Mota, superintendente de Relacionamento com Clientes. A conversa foi sobre como o SERPRO pode colaborar com o desenvolvimento tecnológico dos governos estaduais. “Um dos pontos tratados foi uma parceria para que mais estados tenham acesso a softwares como o Expresso Livre, que já é usado pelo Governo Federal”, explicou Costa.
Por meio da ABEP, a normatização de processos do SERPRO pode chegar de forma mais ágil aos estados, de forma a melhorar a integração entre os órgãos públicos e aumentar o desempenho do atendimento à população. Ficou definida, ainda, uma nova reunião entre o SERPRO e o diretor executivo da ABEP para tratar do Termo de Cooperação Técnica entre os estados, referente ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
PNBL e FUST em pauta
O período da tarde marcou uma aproximação com o deputado Bruno Araújo, presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara Federal, seguida por um encontro com o Senador Eduardo Braga, presidente da CCTCI do Senado. Na Câmara, Araújo se mostrou receptivo em compartilhar projetos de interesse das associadas da ABEP e aberto para receber sugestões dos estados.
Um dos assuntos que serão discutidos é a utilização de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST). “A importância da ABEP no processo de verbas do FUST será estimular os estados a desenvolverem bons projetos para capturarem esse recurso”, disse Graciano Neto. A participação da ABEP, segundo o presidente do Conselho de Associadas, é um fator que pode impulsionar a universalização da Banda Larga no País. “O estado oferece a estrutura básica, e a ABEP vem com a tecnologia de ponta para complementar. Nós conhecemos a realidade de cada estado e sabemos quais tecnologias podem ser aplicadas em cada caso”, observou Costa.
Para o presidente da ABEP, a Associação será participativa também no desenvolvimento do PNBL: “A ABEP terá um papel importante no cenário brasileiro, estimulando as agências estaduais a liderarem o processo de iluminação das cidades e do próprio estado”. Segundo ele, os encontros fortalecem o relacionamento com o Governo Federal por facilitarem a comunicação e a integração entre os estados e os órgãos públicos estaduais. O resultado, de acordo com a ABEP, seriam mais agilidade e melhor desempenho nos serviços, tanto em relação a projetos existentes quanto na elaboração de novas ideias.
Fonte: Grecco Comunicação