Abril de 2010 – O uso intensivo de tecnologia pode contribuir com uma redução de mais de 25% na quantidade de emissões anuais de CO2 até 2020, em comparação com os níveis de 2006, aponta um recente estudo da IDC, líder em inteligência de mercado, consultoria e eventos para as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. E o Brasil tem potencial para atingir uma redução de aproximadamente 27% em 2020, de acordo com o ICT Sustainability Índex (Índice de Sustentabilidade TIC), elaborado pela IDC para classificar as nações do G20 de acordo com sua capacidade de reduzir emissões de gases estufa por meio do uso focado de TIC: fica atrás somente do Japão e dos Estados Unidos, dividindo o terceiro posto do ranking com França, Alemanha e Reino Unido e destacando-se entre os países emergentes.
“O bom momento pelo qual passa a economia brasileira vem atraindo atenção de todos os países e mercados, e o Brasil passa a ter um papel de maior relevância na economia mundial. Consequentemente, seu peso e a responsabilidade pela redução dos gases de efeito estufa aumentam também”, comenta Roberto Gutierrez, Consulting Director da IDC Brasil. “O país vai atrair inúmeros investimentos nos próximos anos, e uma porção substancial deles deverá ser relacionada a iniciativas sustentáveis, acelerando o uso de tecnologias que irão propiciar a otimização do uso de energia”, diz Gutierrez.
O relatório especial da IDC examinou o potencial de dezessete tecnologias para reduzir as emissões de CO2 nos quatro principais setores econômicos (Geração e Distribuição de Energia, Transportes, Indústria e Construção) nas nações do G20. Os setores de transportes e indústria são apontados como os de maior potencial de redução de emissões de gases estufa no Brasil, que se posiciona no chamado “Tier 2”, grupo de países em que a tecnologia, os processos e a infra-estrutura física são considerados relativamente avançados, e ao mesmo tempo possuem grande potencial de redução de emissões.
No setor de transportes, as soluções de TIC que suportarão a otimização da logística e das cadeias de suprimento constituem a maior oportunidade de redução de carbono (37%), mais inclusive do que a média dos países pertencentes ao Tier 2 (25%). Em seguida, aparecem as soluções de otimização do transporte privado, que são responsáveis por 12% do total de reduções em 2020. Alguns fatores por trás desses números são a diminuição de viagens devido ao trabalho remoto, veículos eficientes e sistemas inteligentes de tráfego.
Na indústria, o emprego de controladores inteligentes de motor deve prover substanciais oportunidades para redução de emissão de dióxido de carbono, totalizando 14% das reduções totais (comparado com 5% dos países do Tier 2) em 2020. Melhorias na automação dos processos industriais e economias derivadas do uso de impressão digital comercial deverão corresponder a 6% e 2% respectivamente das reduções.
Fonte: Rosa Arrais Comunicação
Sobre a IDC
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