BYOD é a abreviação para o conceito de “Bring Your Own Device”, uma tendência que está pegando no mercado.
Esta tendência começou com o telefone celular. Antigamente, antes do surgimento do telefone celular, o telefone convencional era uma base de comunicação fixa. Você tinha um na sua casa e outro sobre a sua mesa de trabalho. Estes eram os dispositivos que você usava para se comunicar. Com o surgimento do celular, a mobilidade do equipamento e a sua disseminação quebraram o paradigma do ponto fixo de comunicação e as pessoas, tanto pessoalmente quanto no trabalho, passaram a se comunicar de qualquer lugar, pois possuíam seu próprio equipamento de comunicação móvel.
Agora estamos no início de uma nova quebra de paradigma e uma forte tendência: o computador deixou de ser um posto fixo de trabalho e passou a ser um dispositivo móvel. Não há mais necessidade da pessoa estar perto da sua mesa e do seu computador desktop no trabalho pra trabalhar. Os computadores móveis, coisa que começou com os notebooks, e está decolando com a proliferação dos Tablets, está permitindo que se trabalhe de forma móvel, em seu próprio equipamento portátil. Esta é uma tendência irreversível. O tsunami dos tablets (iPad, Xoom, Galaxy Tab, etc) irá se consolidar de vez.
Agora uma questão, que eu mesmo vou responder: Quer dizer que todos os programas que usávamos na era do computador fixo vão precisar de uma versão para o computador móvel? Não, isto não é verdade. Não há necessidade que todos os programas sejam rodados no dispositivo móvel, muito pelo contrário. Muito antes do surgimento dos Tablets, a tecnologia já permitia o acesso remoto às aplicações rodando em servidor central, e os Tablets agora apenas estão demandando uma utilização maior desta tecnologia. O Tablet vai ser uma forma móvel e alternativa de acessar as aplicações corporativas com uma mobilidade similar ao celular. Através de comunicação Wireless dentro das empresas, e 3G fora delas, a aplicação estará disponível de qualquer lugar, a qualquer momento. Esta liberdade de acesso veio pra ficar, assim como aconteceu com os celulares.
Existem produtos que vão ajudar e acelerar esta tendência como o GO GLOBAL da empresa americana Graphon, que permite que qualquer aplicação rodando em qualquer plataforma (Windows, Linux ou Unix) possa ser acessada a partir da tela de um Tablet. E o trabalho para instalar este produto é mínimo. Em menos de meia hora esta infraestrutura pode estar instalada e dando acesso móvel, sem ter que modificar ou reescrever nenhuma das suas aplicações.
Atualmente, as corporações estão procurando exatamente esta facilidade. A área de TI precisa estar a serviço da corporação para que ela consiga realizar a sua atividade fim de forma mais eficiente. Há sistemas que permitem avançar para a computação móvel, com baixo custo, disponível imediatamente, e sem nenhum impacto na infraestrutura atual de TI.
E trazer seu próprio dispositivo de acesso às informações, título deste artigo, vai ficar tão comum como as pessoas hoje carregarem seu próprio equipamento móvel de comunicação, o celular. Inclusive alguns celulares inteligentes, apesar da inconveniência da tela pequena, podem vir a ser uma alternativa emergencial de acesso remoto às aplicações e informações corporativas. Para resolver esta questão da tela pequena dos Smartphones, a Motorola lançou na CES (Consumer Electronic Show) em Las Vegas, um produto genial que transforma um Smartphone em Laptop. Trata-se do LapDock for Motorola Atrix, uma Docking Station onde você pode espetar o Smartphone Atrix com Android, e passar a operá-lo como se fosse um laptop. O LapDock passa a ser a sua estação de trabalho através da qual você pode acessar suas aplicações corporativas ou locais.
Talvez num futuro não muito distante, equipamentos como um Smartphone e um Tablet passem a fazer parte do repertório de ferramentas do próprio funcionário. O desktop corporativo e o telefone fixo em cima da mesa de trabalho vai ser coisa do passado, basta ter um produto com as funções do LapDock para tornar um Smartphone seu computador móvel pessoal.
Autor: Otto Pohlmann é CEO da empresa Centric System