Dando prosseguimento à primeira parte, vamos falar sobre o Windows Phone, que desde a sua versão 7.5 começou a disputar mercado diretamente com Android e iOS (as versões anteriores do Windows para dispositivos móveis, além de estarem obsoletas, se mostraram um fracasso em termos de usabilidade e experiência para o usuário).
O Windows Phone 8, lançado recentemente, promete entrar com tudo no mundo mobile oferecendo uma interface totalmente nova para o usuário se diferenciado bastante de seus dois principais concorrentes. As primeiras avaliações após seu lançamento apontam que a Microsoft desenvolveu um grande produto, apesar de ainda existirem ausências notáveis no sistema como, por exemplo, uma central de notificações. A plataforma utilizada para o desenvolvimento de aplicativos é o já conhecido Visual Studio e após a conclusão do processo eles também poderão ser disponibilizados numa Store provida pela Microsoft. A previsão é que o sistema tenha uma interface de desenvolvimento fechada com imposições bem parecidas com as encontradas no iOS.
Correndo na esteira dos sistemas móveis temos ainda o WebOS desenvolvido pela Palm, que foi recentemente adquirida pela HP e que agora é a responsável pela manutenção do mesmo e o BADA, sistema operacional dos celulares low-end da Samsung e que deve ser, em breve, substituído pelo Tizen. O Tizen está sendo desenvolvido pelos coreanos em parceria com a Panasonic e a Intel. É também baseado no Linux e teve recentemente lançada sua versão alpha 2.0.
Já entre os sistemas que devem cair no esquecimento em breve temos o Symbian OS, sistema da Nokia que foi sensação alguns anos atrás e era apontado por muitos como o futuro do mundo mobile. Ainda assim, o Symbian continua presente em muitos aparelhos, inclusive em lançamentos com sua mais recente versão Belle, no entanto, ele deve estar fadado a ser descontinuado, principalmente em virtude do apoio que a Nokia tem oferecido ao Windows Phone.
Outro forte candidato ao limbo é o BlackBerry OS da RIM, que equipa os aparelhos da fabricante. Apesar de ser um sistema mais voltado para nichos de mercado, mais especificamente o mercado executivo, o BlackBerry OS não acompanhou a inovação promovida principalmente pelo iPhone e tem perdido grande relevância no mercado, sendo substituído na maioria das vezes pelo sistema da Apple. Apesar de estar trabalhando numa nova versão do seu sistema é bem improvável que a RIM consiga reverter sua perda de mercado e volte a crescer. O destino do BlackBerry OS deve mesmo ser diminuir até desaparecer.
Em se tratando de market share no mundo dos smartphones, o domínio de mercado pertence ao Android, com suas várias versões oficiais e customizadas e esse cenário deve permanecer inalterado por algum tempo, principalmente nos aparelhos de custo médio e baixo. Porém, quando se fala nas várias versões do Android é bom salientar que a grande fragmentação é o ponto mais criticado da plataforma, pois ao desenvolver um aplicativo o programador não tem garantias que o mesmo será executado de forma idêntica em todas as versões e o usuário comum tem dificuldades em decidir qual versão escolher entre um leque tão grande de opções.
Nos dispositivos high end a disputa com o iOS deve continuar acirrada e a entrada do Windows Phone 8 promete sacudir o segmento. Quanto aos outros sistemas, seu foco deve ser inicialmente fomentar a criação de um ecossistema em torno de sua plataforma para alcançar relevância e não desaparecer.
Nos tablet’s o iPad da Apple reina com uma margem considerável, mesmo com a ascenção dos tablet’s xing ling, que adotam o Android e tem custo mais acessível, e os recentes esforços do Google para lançar dispositivos topo de linha com o seu sistema. A previsão inclusive é que a Apple amplie seu domínio com o recém lançado iPad mini, uma versão menor e mais barata do iPad tradicional.
Uma nova tendência que surge no mundo mobile é a adoção dos sistemas utilizados nos smartphones e tablet’s em outros dispositivos. Um exemplo é a Nikon que, recentemente, adotou o Android 2.3 como sistema operacional da câmera digital S800c. Outro ponto em que o Android poderá ser uma opção no futuro é como middleware para TV Digital. No Brasil ele poderia substituir o Ginga que, apesar da qualidade, ainda não está presente na maioria dos televisores lançados recém-lançados. Sua substituição por uma plataforma já difundida poderia significar um grande impulso para a popularização e melhoria da interatividade da TV Digital. Obviamente para ser usado para esse fim seriam necessárias mudanças substanciais no sistema, mesmo assim esta opção pode ser considerada bastante plausível.
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