Vamos Planejar? #1: Começando

Série “Vamos Planejar?” de Artigos

Começando do básico, a série se propõe a apresentar aos leitores como escrever planos de gerenciamento de projeto e como trabalhar com as melhores práticas de gerenciamento de projetos. Serão publicados 30 artigos que apresentam conceitos e práticas a partir de dicas e sugestões de trabalho.

Este é o primeiro artigo da série e começamos do princípio: o PMI, o PMBoK e a natureza dos projetos. Caso você esteja interessado, pode realizar o Curso Preparatório para a Certificação CAPM PMP que oferecemos no Site Campus.

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Project Management Institute

Voltado para o gerenciamento de projetos, o Project Management Institute (PMI) é uma entidade de classe mundial sem fins lucrativos e com capítulos espalhados por todo o mundo. Fundada em 1969, na Filadélfia, Pensilvânia, Estados Unidos, o PMI foi iniciado com apenas 5 voluntários. Em Atlanta, Geórgia, nos Estados Unidos, aconteceu o primeiro seminário da organização, que contou com um público de cerca de 80 pessoas. Atualmente, com cerca de aproximadamente 400.000 associados, é a maior instituição de profissionais de gerenciamento de projetos do mundo. Presente em mais de 170 países, os profissionais afiliados são de diversas áreas de trabalho, desde engenharia civil, indústria automotiva, infraestrutura de informática e telecomunicações, serviços financeiros e ainda mais. O principal instrumento de comunicação do PMI para com seus membros e com a comunidade em geral são os padrões que ele estabelece de gerenciamento de projetos, programas e portfólios. Também é responsável por uma série de certificações relacionadas com os livros que edita. O mais conhecido destes livros é o PMBoK.

Project Management Body of Knowledge

Como o próprio nome esclarece, o Project Management Body of Knowledge (PMBOK) é a reunião do conhecimento em gerenciamento de projetos do Project Management Institute (PMI). As práticas em gerenciamento de projetos que são amplamente conhecidas e reconhecidas como bem sucedidas são descritas no livro, juntamente com definições e explicações sobre outras questões envolvendo o gerenciamento de projetos.

O livro PMBOK é dividido entre as 10 áreas de conhecimento em gerenciamento. Também fazem parte do volume uma introdução ao gerenciamento de projetos e o ciclo de vida de projetos. O livro é construído de maneira lógica, explorando os termos colocados e trazendo luz aos principais conceitos apresentados.

Vale ressaltar que os conhecimentos e práticas apresentados não devem ser considerados como uma fórmula pronta. Cada gerente de projeto deve tomar a decisão de utilizar ou não determinadas práticas, inclusive como utilizar e que parte utilizar.

As dez áreas de conhecimento do PMBOK são, respectivamente: Gerenciamento de Integração, Gerenciamento do Escopo do Projeto, Gerenciamento do Tempo, Gerenciamento dos Custos, Gerenciamento da Qualidade, Gerenciamento dos Recursos Humanos, Gerenciamento das Comunicações, Gerenciamento de Riscos, Gerenciamento de Aquisições e Gerenciamento das Partes Interessadas.

O gerenciamento da integração do projeto envolve as diversas atividades que garantem a integração dos diversos elementos do gerenciamento de um projeto. A gestão do escopo é responsável por garantir que todo o trabalho necessário, e não mais do que o necessário, seja incluído no projeto. O gerenciamento do tempo é responsável pela conclusão do projeto dentro do prazo estabelecido, assim como a gestão de custos é a área de conhecimento que garante que o projeto irá terminar dentro do orçamento previsto. A gestão da qualidade refere-se aos processos de garantia e controle da qualidade especificados para determinado projeto, fazendo com que o mesmo atenda os requisitos determinados. O gerenciamento de recursos humanos é dirigido à gestão de pessoas dentro do projeto, enquanto o gerenciamento das comunicações recolhe, dissemina e armazena as informações referentes ao trabalho que está sendo realizado. A gestão dos riscos identifica, analisa e controla os riscos do projeto. A gestão de aquisições é a responsável por descrever os processos de compra ou aquisição de produtos, e até mesmo de resultados para o projeto. Por fim, a gestão das partes interessadas busca gestar os interesses e necessidades das partes envolvidas no projeto para garantir seu sucesso.

Projetos São Temporários

Uma das principais características de um projeto é sua natureza temporária. Projetos não são como operações, que são contínuas e repetitivas. O produto de um projeto pode ser infinito, mas sua duração não o é.

Muitos projetos criam produtos com duração longa, como estátuas ou pontes. Operações, por outro lado, não tem data para acabar e estão intimamente ligadas com a manutenção de um negócio ou de uma empresa.

A Grande Muralha Foi Um Projeto

Pessoas tem feito parte de projetos desde o início da atividade humana organizada. Grupos de caçadores, por exemplo, uniam-se com o objetivo de buscar alimento. Estas eram atividades temporárias diretamente ligadas à necessidade de se obter carne para a comunidade. Grandes e complexos projetos também têm nos acompanhado por um longo período. As pirâmides do Egito, por exemplo, ou a Grande Muralha da China.

Projetos existem para criar produtos que ainda não existem, resultados ainda não alcançados. Por isso, um projeto é único. Isto significa que este resultado é novo e nunca foi feito antes. Talvez possa ter sido feito de maneira similar, mas nunca exatamente da mesma forma. Um projeto é concluído quando seus objetivos foram alcançados.

Operações e Projetos

Existem muitas relações entre operações e projetos, como o fato de serem realizados por pessoas, para atender necessidades de um negócio e com recursos escassos. Ambos são planejados, executados e controlados. Projetos podem levar anos, mas devem ser planejados para acabar. Um projeto pode acabar quando não se há mais perspectivas para o fim do trabalho ou maneiras de se chegar até lá, também quando não existem recursos ou quando o cliente ou o gerente cancelarem o mesmo (o gerente tem esta autoridade).

Cada Lugar Uma Lei

Por outro lado, existem diferentes formas de se trabalhar com processos, assim como formas diferentes de se trabalhar com projetos. As técnicas como Six Sigma, Lean, TOC e TLS buscam esclarecer a contribuição de cada processo para a agregação de valor, para a geração de saídas indesejadas (ISO 14000), para o controle do desempenho e para a responsabilidade social da empresa. O modo como os processos ocorrem de fato depende muito de seu contexto e do conhecimento disponível. Muitas destas discrepâncias entre os processos previstos e os processos executados decorrem da racionalidade local.

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