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Análise Qualitativa = Subjetiva
Depois de termos identificado os riscos do projeto, iremos realizar a análise qualitativa dos riscos. Este é o processo de priorização dos riscos para análise ou ação adicional através da avaliação e combinação de sua probabilidade de ocorrência e impacto. Neste processo, faremos uma análise subjetiva com o propósito de priorizar riscos a partir da probabilidade de impacto medida durante a análise dos riscos e, também, determinar o que precisa ser analisado quantitativamente ou não antes de ser construído o plano de resposta aos riscos.
As Entradas
As entradas deste processo são o plano de gerenciamento dos riscos, o registro dos riscos, a linha de base do escopo e os ativos de processos organizacionais. Com o plano de gerenciamento dos riscos temos o como fazer a análise e como priorizar os riscos, pois no plano encontraremos a matriz de impacto e e probabilidade. A linha de base do escopo irá nos apresentar as entregas que precisam de maior atenção devido a “estranhezas”, como tecnologias modernas ou entregas que nunca foram geradas pela organização. O registro dos riscos é fundamental, pois a partir do registro poderá ser feita a análise e a priorização. Por fim temos os ativos de processos organizacionais, que irão nos dar os subsídios para a elaboração da análise.
As Técnicas
As técnicas são seis: avaliação de probabilidade e impacto dos riscos, matriz de probabilidade e impacto, avaliação de qualidade dos dados sobre os riscos, categorização dos riscos, avaliação da urgência dos riscos e opinião especializada.
Quando falamos em avaliação de probabilidade, acredito que seja mais importante apresentar a fórmula ER=P*I . Determinar probabilidades é algo subjetivo, mas uma vez que você tenha chegado ao número provável, pode ser produzido o Escore de Risco (ER) multiplicando a probabilidade (P) pelo impacto (I). É na matriz de probabilidade e impacto que podemos de fato utilizar a fórmula, pois iremos definir escalas de probabilidade e escalas de impacto. Em artigos futuros iremos apresentar no detalhe as ferramentas e técnicas, por ora é importante você manter em mente que tendo determinado as escalas, pode calcular o escore facilmente e, em consequência, montar sua matriz de probabiliade e impacto.
Avaliar a qualidade dos dados sobre os riscos é validar os dados relacionados aos riscos. Categorizar os riscos é aprofundar o trabalho iniciado na identificação dos riscos a partir da matriz de impacto e probabilidade para poder utilizar este trabalho como entrada para o planejamento de resposta aos riscos. A avaliação da urgência dos riscos é a aplicação de uma escala pré-determinada de urgência ao escore de risco (ER) por meio da fórmula ER=P*I*U, sendo U a escala de urgência. Por fim, como quase sempre, temos a opinião especializada que, mais uma vez, dispensa comentários.
A Saída
A saída deste processo é a atualização do registro dos riscos. Podemos entender este processo e sua saída como um incremento à saída do processo de identificação de riscos. Iremos classificar os riscos identificados a partir de grupos, causas, lista de riscos urgentes, riscos que precisarão de análise quantitativa e ainda outros resultados obtidos durante a análise qualitativa dos riscos.
Análise Quantitativa = Números!
Este é o processo de analisar numericamente os efeitos dos riscos nos objetivos gerais do projeto. Iremos considerar, por meio de análises, a exposição que o projeto tem aos riscos identificados. Para tais análises são utilizadas, em geral, simulações de cenários como a técnica de Monte Carlo. Este processo pode ser realizado com a entrada dos riscos registrados e priorizados pela análise qualitativa. Vale lembrar que os riscos a serem analisados aqui serão aqueles que podem trazer maior prejuízo ou impacto significativo ao projeto. Em projetos pequenos não são aplicadas as técnicas que veremos a seguir.
As Entradas
As entradas são super próximas as entradas da análise qualitativa, a diferença aqui é a utilização da linha de base do escopo – que é substituída pelo plano de gerenciamento dos custos e do cronograma.
As Ferramentas
Aqui temos técnicas mais apuradas e caras, como a de coleta e apresentação de dados, técnicas de modelagem e análise quantitativa de riscos e opinião especializada. Por meio da análise quantitativa vamos, com base em dados, reavaliar e aprofundar as análises feitas de forma subjetiva durante a análise qualitativa dos riscos.
As técnicas de coleta e apresentação incluem entrevistas e distribuições de probabilidade. As entrevistas não só puro bate-papo, podem incluir cálculos como PERT e outros. As distribuições de probabilidade são de vários tipos e demonstram as incertezas relacionadas aos riscos identificados e afunilados neste processo. Você já viu este tipo de distribuição justamente quando aprendemos a fazer os cálculos de PERT pelas distribuições beta e triangular, recorda? Gostaria de poder ir mais a fundo nas ferramentas de análise quantitativas e assim o farei em artigos específicos sobre ferramentas no futuro.
No que diz respeito as técnicas de modelagem e análise, temos a análise de sensibilidade, que nos ajuda a avaliar os eventos de risco com maior impacto no projeto. Para esta técnica é comum a utilização dos gráficos/diagramas em tornado que nos ajudam a avaliar impactos em diferentes categorias de riscos e, ao mesmo tempo, as oportunidades. A técnica que é muito importante fixar, principalmente para a prova PMP, é a técnica do Valor Monetário Esperado (VME):
VME = PxI, sendo P a probabilidade e I o valor do seu impacto potencial no projeto. Lembre-se que a probabilidade e o impacto são escalas determinadas pela equipe de gerenciamento de projetos e partes interessadas, sendo assim este tipo de cálculo depende diretamente das premissas apresentadas. Os resultados para riscos é sempre negativo e oportunidades são sempre positivos. O cálculo de VME nos ajuda a ranquear os riscos do projeto em termos de VALOR MONETÁRIO ESPERADO, ou seja, o custo dos riscos em termos de impacto e também as oportunidades de ganho. Utilizaremos o VME total para determinar as reservas de contingência, lembra dela? As reservas para utilizarmos para garantir o projeto frente aos riscos conhecidos.
Outra técnica dentro das técnicas de modelagem é a árvore de decisões, uma técnica relativamente fácil. Coloca-se em uma ponta a decisão a ser tomada e decompõe-se as alternativas e chega-se, ao fim, ao custo das alternativas tendo como resultado final o VME calculado das alternativas.
Encerrarei a apresentação de ferramentas de análise quantitativa com a técnica de Monte Carlo. Um dos motivos de construir, assim que concluir a série “Vamos Planejar?”, uma série de artigos apenas sobre ferramentas é poder falar mais sobre ferramentas como a técnica de Monte Carlo, tão interessante e com resultados incríveis.
Em suma: a técnica de Monte Carlo reúne diversos cenários possíveis e nos apresenta as probabilidades de cada cenário ocorrer. Incrível!
A Saída
Como na análise qualitativa, iremos atualizar o registro dos riscos com as análises probabilísticas do projeto, chances de o projeto atingir os objetivos relacionados ao custo, tempo e ainda outros, uma lista com os riscos quantificados priorizados e tendências encontradas relacionadas aos riscos.
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1 Comentários
Observação na Análise Qualitativa/
Entrada faltou:
-Fatores ambientais da empresa
Na saída:
Atualizações nos documentos do projeto, onde pode está contido também a matri de probabilidade
Observação na Análise Quantitativa
Entrada só relembrando:
-Fatores ambientais da empresa
Saída, só relembrando:
Atualizações nos documentos do projeto