Os rápidos avanços tecnológicos e o surgimento de ferramentas e infraestruturas baseadas em nuvem abriram espaço para uma abordagem mais integrada e automatizada das práticas desenvolvidas no segmento de tecnologia da Informação. O DevOps, por exemplo, é um termo que se popularizou nas companhias e impulsionou novos modelos de integrar operações com outros times de uma empresa.
No entanto, várias outras metodologias nasceram a partir disso, como DataOps, BizOps, MLOps, AIOps, entre outras. Assim, como as corporações necessitam cada vez mais das vantagens proporcionadas pelos diferentes tipos de operações, um conceito fundamental para o desenvolvimento dos negócios é se tornar XOps.
Neste artigo, veremos quais as funções de operações de XOps categorizadas em gerenciamento e governança em nuvem, além de analisar se esse conceito se tornará uma tendência como método operacional na TI. Continue lendo!
Como surgiu?
As ações de desenvolvimento ágil de programas estão em constante crescimento nos negócios há bastante tempo. Desde o início dos anos 2000, os gestores empresariais têm percebido que seus negócios necessitam ser mais ágeis com o intuito de se tornarem mais competitivos.
Enquanto isso, diversas equipes de desenvolvimento de softwares adotaram o DevOps, permitindo que eles possam, cada vez mais, avançarem ao aliar a integração com a entrega contínua que é capaz de automatizar atividades a fim de possibilitar um pipeline de ponta a ponta.
Isso faz com que haja uma melhor visibilidade em todos a fluxos de processos, já que, por exemplo: DevOps, MLOps, DataOps e AIOps são metodologias multifuncionais com foco na otimização constante, eficiência e melhoria de processos.
Hoje em dia, com o aumento do trabalho remoto, times geograficamente distribuídos e a transformação digital incentiva que as empresas tenham que se adaptar a uma cultura de trabalho mais contemporânea e flexível.
Quando se fala no setor de TI, há uma tendência de que seus profissionais trabalhem mais de forma remota por conta do surgimento de infraestruturas e ferramentas baseadas em nuvem. Sendo assim, as equipes distribuídas devem encontrar meios para otimizar a forma como atuam.
Enfim, tudo isso pavimentou o caminho para XOps, um termo genérico que está sendo amplamente utilizado para descrever como as operações de negócios e as experiências do cliente podem ser otimizadas, possibilitando que ocorra uma melhor comunicação e colaboração de todos os envolvidos, ao mesmo tempo em que estimulam técnicas de automação para construir uma equipe de TI eficaz e competente.
As corporações estão passando por uma grande transformação cultural, que se reduz a times de operações que utilizam funções claramente determinadas, comunicação transparente e funções integradas à nuvem.
Quais são as principais funções operacionais ligadas ao XOps?
O termo XOps foi formulado a partir de quatro operações principais em nuvem que podem se amplamente classificadas em duas categorias. Veja quais são elas a seguir.
DevOps
Trata-se de um modelo que permite que o desenvolvimento e as operações de TI trabalhem simultaneamente em todo o ciclo de vida de desenvolvimento de um programa. Sua meta é reduzir o processo de desenvolvimento de aplicativos e, ao mesmo tempo, garantir a entrega contínua e de alta qualidade do software.
Seu objetivo principal é construir um ambiente ágil de comunicação, colaboração e confiança entre as equipes de TI e proprietários de aplicações.
SecOps
SecOps é o esforço mútuo entre a segurança e as operações de TI para integrar tecnologia e processos que reduzem os riscos, mantêm os dados seguros e aumentam a agilidade dos negócios.
Conforme as operações de TI aumentam com a rápida inovação, as equipes de segurança devem se preocupar com a identificação de vulnerabilidades e problemas de conformidade. Se houver alguma invasão, as empresas correm o risco de perder clientes, além de manchar a imagem de sua marca.
Assim, para que haja uma segurança mais efetiva, o processo SecOps deve integrar equipes de segurança e operações para proteger as operações de negócios corrigindo falhas ao mesmo tempo em que auxiliam a infraestrutura.
FinOps
FinOps, uma abreviatura de Cloud Financial Management, é o conjunto das equipes de finanças e operações. Trata-se do procedimento de gerir operações financeiras ligando pessoas, processos e tecnologia. FinOps endossa uma estrutura segura para gerenciar despesas operacionais de negócios na nuvem.
Essa metodologia traz flexibilidade nas operações, cria responsabilidades financeiras para os gastos variáveis da nuvem e ajuda no desenvolvimento de melhores ações para compreender melhor os custos da nuvem.
CloudOps
CloudOps é o processo de identificação e de definição dos procedimentos operacionais corretos para melhorar os serviços de TI no ambiente de nuvem. Quando os aplicativos migram para a cloud, eles podem precisar de assistência para gerenciar todos os produtos e serviços existentes.
Portanto, as operações em nuvem é o resultado de DevOps e operações de TI tradicionais que permitem que plataformas, aplicativos e dados baseados em cloud se fortaleçam tecnicamente enquanto unem os processos e as pessoas que mantêm os serviços.
XOps é somente um termo de TI ou uma tendência?
Uma das razões para não buscar várias formas de operações é pelo fato de que elas contradizem as tendências da tecnologia. Geralmente, a especialização era considerada uma excelente opção, porém, de uma perspectiva mais moderna, as funções de TI estão se tornando cada vez mais complexas e as empresas esperam que seus colaboradores desempenhem diversas funções.
Na realidade, as equipes de TI modernas preferem a combinação de certas habilidades em vez de métodos comuns no setor. Ter as funções corretas é mais importante do que como elas são praticadas geralmente. Dessa forma, assim como o DevOps, o XOps é expressivo e importante para o setor de TI.
Enfim, o XOps reforça a ideia de que diferentes equipes de desenvolvimento são multifuncionais e trabalham umas com as outras. Esse conceito se assimila com a adoção de princípios Agile em um ambiente DevOps, o que auxilia uma empresa a escalar e a produzir com maior eficiência. Essa infraestrutura pode ajudar os negócios a formalizarem processos em que já estão engajados a fim de otimizar a escalabilidade e a automação de seus fluxos de trabalho.