“Como o Gerenciamento de Mudanças auxilia no controle das mudanças tecnológicas.”
Ninguém nunca falou que mudar algo é fácil, muito pelo contrário, mudar qualquer coisa independente do impacto ou risco pode se tornar um desafio dificílimo. Como disse Thomas Woodrow Wilson (28º presidente dos Estados Unidos) – “Se você quer fazer inimigos, tente mudar algo”.
A palavra Mudança tem um significado bem simples, de acordo com o dicionário Aurélio é o “ato ou efeito de mudar. / Alteração, modificação”. O significado é bem simples, mas se pensarmos na prática ao invés da teoria, toda esta facilidade cai por água abaixo.
O ambiente coorporativo precisa se atualizar constantemente para poder enfrentar todos os desafios diários e não ficar para trás no mercado tecnológico. Todas estas alterações, por mais simples que sejam, precisam de um controle e uma análise rigorosa para poder surtir os efeitos desejados e não os indesejados. E como podemos fazer isto de uma forma organizada?
O processo de Gerenciamento de Mudança foi criado com o exato intuito de gerenciar todas as mudanças que possam, ou não, causar impacto nos serviços prestados por TI através de um processo único e centralizado de validação, aprovação, programação e controle da mudança, para assegurar que toda a infraestrutura de TI permaneça alinhada aos requisitos do negócio mitigando todos os riscos possíveis. Porém, mesmo com toda essa explicação e detalhamento, as empresas continuam ríspidas a qualquer mudança, seja ela tecnológica ou processual. Então nos perguntamos – Porque mudar é tão difícil?
Lidar com novas tecnologias, máquinas, processos, entre outros apetrechos de TI é muito simples para profissionais como nós, porém lidar com as pessoas que participam destes processos e a cultura particular de cada companhia é o que dificulta qualquer mudança no ambiente coorporativo. Para evitarmos confrontos sobre qualquer mudança, devemos ter um foco muito grande na comunicação e explicação de todos os benefícios que tal mudança irá trazer para a área como um todo.
Hoje em dia, as pessoas não toleram qualquer mudança que aconteça em seu setor ou na empresa, o comodismo é o que mais fica visível nessas horas, pois ninguém quer mudar algo que acha fácil de realizar ou solicitar. Podemos citar como exemplo a implantação de um novo processo de mudança, não é muito mais cômodo a pessoa solicitar qualquer mudança (correção, projetos, novas implantações, etc.) diretamente com o responsável da área sem ter que passar por uma análise detalhada e um comitê para explicar o real motivo desta mudança? Por conta disto, quando tentamos mudar algo passamos por grandes obstáculos. O mesmo acontece quando a empresa tem uma cultura inapropriada para a constante atualização do mercado tecnológico, neste caso devemos buscar o apoio da gerencia das principais áreas da empresa, pois com isto, iremos ter um importante apoio em qualquer mudança que seja positiva para a estrutura da companhia.
Para minimizarmos qualquer conflito com pessoas e cultura a melhor coisa para fazer é comunicar tudo que será feito com clareza, explicando todos os detalhes quantas vezes forem necessárias e deixando claro todos os benefícios que virá para o trabalho diário de todos. Esta comunicação deve ser feita com muita cautela para não ocasionar diferentes opiniões. Para evitarmos isto, devemos seguir as 5 dicas fundamentais para uma boa comunicação, são elas:
- Foco
- Clareza
- Desenvoltura
- Objetividade
- Entendimento
Todas as opções acima são habilidades que você deve possuir para fazer sua comunicação ser a melhor possível quando você for “vender” a sua mudança, seja ela qual for. Você deve manter o foco no que realmente será mudado mostrando clareza sobre o que realmente será feito. No momento de explicar e ser questionado você deve ter uma desenvoltura suficiente para fazer o questionador se sentir confortável com a sua resposta e fazer com que todo o entendimento da mudança ocorra com a objetividade necessária.
Então é isso. Devemos lembrar que a palavra chave para conseguirmos realizar mudanças no ambiente de tecnologia com o intuito de termos apenas aliados ao invés de inimigos é a COMUNICAÇÂO.
No próximo artigo estarei escrevendo sobre a Governança de TI focada no Suporte a Serviços. Como construímos um ambiente seguro e confiável com as melhores práticas.
Até lá!
5 Comentários
Muito bom este artigo, parabéns.
Mudar é sempre muito difícil… mas os processos ágeis veem mudando isso aos poucos.
[]’s
Claudio
http://www.vagasti.com
Artigo muito interessante, claro e objetivo. Parabéns ao autor!!
Você participou da formação do comite de mudança na sua empresa? Qual a estratégia adotada.
Participei sim Fabricio! Um comitê de mudanças é um dos pontos mais estratégicos para ter um processo de mudança bem estruturado.
Existem algumas etapas que devem ser cumpridas e que vão ajudar você e outros, são elas:
– Traga para o comitê quem realmente deve comparecer ao comitê (para isto você deve mostrar que o seu comitê é sério e comprometido. Algo que eu fazia era se a pessoa que solicitou a mudança ou algum gestor imediato dela não comparece no comitê, a mudança seria automaticamente cancelada. Isto ajudou a trazer um publico grande e seleto para os comitês).
– O Comitê deve ser rápido e preciso, nada de horas de reunião (Um comitê inteligente, tem na média 40 a 60 minutos de duração, isto quando temos 30 mudanças para serem discutidas. Lembre-se que no comitê devem estar as mudanças que já foram avaliadas tecnicamente, testas, homologadas e com todo o conhecimento do impacto, com isto o comitê fica dinamico e de fácil decisão do OK ou NOK da mudança.
– A ata de mudança é sempre o que vai te defender contra aqueles que querem sempre arrumar uma confusão com o horário da mudança, quando ela deveria ter sido executada, etc. Então faça uma ata logo após a reunião e envie para todo o publico, isto assegura você a ter todas as informações corretas.
São 3 dicas básicas para você começar com um Comitê de Mudanças…. mas lembre-se o pessoal tem que ter a percepção que se eles não forem no comitê, o que eles estão solicitando pode sofrer algum impacto.
Eu vou detalhar isto mais no meu artigo 3 de Gestão de Mudança…. devo publicar ele na semana que vem…
Abraço,
Rodrigo